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O rubro-negro Sport Club de Natal e o alvinegro Centro Náutico Potengi, "parede e meia" no bairro da Ribeira (Rua Chile), participaram da fundação da Federação de Basquetebol |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Uma
importante reportagem que menciona o time “funerário” é de autoria do falecido
jornalista esportivo José Procópio Filgueira Neto. Publicada no “Diário de Natal”
(quarta-feira, 22/6/1988). Com o título “Mais antiga federação completa meio
século”.
Evidente
que o texto é a base do verbete “Federação de Basquetebol do Rio Grande do Norte”,
no livro “Os Esportes em Natal”, de autoria de Procópio Neto. Em primeira e única
edição da Fundação de Esportes de Natal (Fenat – dezembro/1991). E é certo de
que foi nesta obra, agora lembrada ao consultar a minha biblioteca particular
de esporte, que li sobre o “Morte” pela primeira vez.
A mais
antiga federação esportiva amadora é fundada (22/6/1938) pelos representantes
do Andrade Neves, Tupã, Brasil, Sport Club de Natal, Centro Náutico Potengi (os
dois do remo), Alecrim, Associação Feminina de Atletismo (AFA), Sociedade dos Reservistas
do Tiro de Guerra e até mesmo um clube denominado Morte Futebol Clube.
(negrito nosso)
As agremiações
já praticavam o basquete, introduzido em Natal por Severino Estevam dos Santos,
o “Jaú”. Em homenagem a FNB posteriormente criou a “Taça Disciplina” com o nome
dele. O basquete sempre teve presença marcante nas competições graças ao bom
nível técnico. Os clubes jogavam contra os militares estacionados em Natal na
II Guerra, inclusive norte-americanos.
Estes contatos,
segundo Procópio, serviram para o aperfeiçoamento do esporte em exibições nas
quadras da Praça Pedro Velho (Petrópolis) e na antiga Escola Industrial da
Avenida Rio Branco, no bairro da Cidade Alta (Centro). Dez anos depois do
surgimento a FNB ganha mais associados: Associação Atlética Banco do Brasil
(AABB), o tricolor Santa Cruz, Tirol, Rio Branco e Aero Clube.
No auge
as campanhas nacionais memoráveis: campeão brasileiro (Garanhuns/PE) com melhor
desempenho em lance livre e o cestinha da competição (José Moacir de Albuquerque);
quinto lugar adulto em Porto Alegre com Nilo Machado campeão no lance livre (janeiro/1958);
quarto lugar em Fortaleza (março/1961); terceira colocação juvenil no Rio de
Janeiro (1965).
Antes da
FNB havia uma liga com Gentil Ferreira de Souza presidente. A partir da
estruturação (1948) foram presidentes: Carlos José Silva (três mandatos intercalados),
jornalista José Alexandre de Amorim Garcia (1954/55), Túlio Fernandes de
Oliveira, (60/61), professor Geraldo Serrano (64/65), o radialista Mário
Dourado, professor José Maria Pinto, Gileno Vilar, Humberto Nesi, Fernando José
Nesi, jornalista Fernando Farias (atualmente residente em João Pessoa) e Joaquim
Jairo Tinoco.
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