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quarta-feira, 21 de maio de 2025

O "Morte Futebol Clube" dos estudantes do Atheneu (II)

O rubro-negro Sport Club de Natal e o alvinegro Centro Náutico Potengi, "parede e meia" no bairro da Ribeira (Rua Chile), participaram da fundação da Federação de Basquetebol

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Uma importante reportagem que menciona o time “funerário” é de autoria do falecido jornalista esportivo José Procópio Filgueira Neto. Publicada no “Diário de Natal” (quarta-feira, 22/6/1988). Com o título “Mais antiga federação completa meio século”.

Evidente que o texto é a base do verbete “Federação de Basquetebol do Rio Grande do Norte”, no livro “Os Esportes em Natal”, de autoria de Procópio Neto. Em primeira e única edição da Fundação de Esportes de Natal (Fenat – dezembro/1991). E é certo de que foi nesta obra, agora lembrada ao consultar a minha biblioteca particular de esporte, que li sobre o “Morte” pela primeira vez.

A mais antiga federação esportiva amadora é fundada (22/6/1938) pelos representantes do Andrade Neves, Tupã, Brasil, Sport Club de Natal, Centro Náutico Potengi (os dois do remo), Alecrim, Associação Feminina de Atletismo (AFA), Sociedade dos Reservistas do Tiro de Guerra e até mesmo um clube denominado Morte Futebol Clube. (negrito nosso)

As agremiações já praticavam o basquete, introduzido em Natal por Severino Estevam dos Santos, o “Jaú”. Em homenagem a FNB posteriormente criou a “Taça Disciplina” com o nome dele. O basquete sempre teve presença marcante nas competições graças ao bom nível técnico. Os clubes jogavam contra os militares estacionados em Natal na II Guerra, inclusive norte-americanos.

Estes contatos, segundo Procópio, serviram para o aperfeiçoamento do esporte em exibições nas quadras da Praça Pedro Velho (Petrópolis) e na antiga Escola Industrial da Avenida Rio Branco, no bairro da Cidade Alta (Centro). Dez anos depois do surgimento a FNB ganha mais associados: Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), o tricolor Santa Cruz, Tirol, Rio Branco e Aero Clube.

No auge as campanhas nacionais memoráveis: campeão brasileiro (Garanhuns/PE) com melhor desempenho em lance livre e o cestinha da competição (José Moacir de Albuquerque); quinto lugar adulto em Porto Alegre com Nilo Machado campeão no lance livre (janeiro/1958); quarto lugar em Fortaleza (março/1961); terceira colocação juvenil no Rio de Janeiro (1965).

Antes da FNB havia uma liga com Gentil Ferreira de Souza presidente. A partir da estruturação (1948) foram presidentes: Carlos José Silva (três mandatos intercalados), jornalista José Alexandre de Amorim Garcia (1954/55), Túlio Fernandes de Oliveira, (60/61), professor Geraldo Serrano (64/65), o radialista Mário Dourado, professor José Maria Pinto, Gileno Vilar, Humberto Nesi, Fernando José Nesi, jornalista Fernando Farias (atualmente residente em João Pessoa) e Joaquim Jairo Tinoco.

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