Relato inédito na imprensa potiguar sobre os desportistas e irmãos Gomes Pedrosa
José Vanilson Julião
Ramiro Gomes Pedrosa (falecimento) – Regina
Joppert Pedroza, Roberto Gomes Pedroza, Pedro da Cunha Filho, senhora e filha,
Nelson Pedroza e senhora, comunicam o falecimento de seu querido esposo, pai,
sogro e avô, RAMIRO GOMES PEDROZA, e convidam para seu sepultamento, a
realizar-se, hoje, dia 22, às 17 horas, saindo o féretro da Capela Real
Grandeza para o Cemitério de São João Batista.
Pelo anúncio fúnebre na edição da quinta-feira
(janeiro de 1953, na página 14, de um total de 16), no diário carioca "A Noite"
(edição 14.308), logo nota-se de que se trata de algum membro da tradicional
família Gomes Pedrosa, bastante ativa no comércio, indústria e política do Rio
Grande do Norte entre a segunda metade do século XIX e pelo menos por igual
período do século XX, e ainda com descendentes morando na capital potiguar.
E não se trata só disso. É um dos irmãos mais
novos de Fernando e Fabrício, tidos como introdutores do futebol em Natal no
segundo semestre de 1903, provavelmente entre novembro e dezembro, quando retornam
das férias escolares na Inglaterra. Com uma bola na bagagem. Fato este repetido
a exaustão por jornalistas e pesquisadores respeitados, como Luís da Câmara
Cascudo, Luiz Gonçalves Meira Bezerra e Everaldo Lopes Cardoso.
Entretanto as informações parciais, repassada
por fontes secundárias e terciárias, provavelmente carece de prova concreta e
escrita sobre quem realmente trouxe o esférico, dúvida suscitada ao redator por
Renato Cunha Lima Filho, neto de dona Branca Toledo Piza (paulista), esposa de
Fernando, o industrial que alavancou a cultura algodoeira no interior do Estado
entre os anos 20/30. Assunto este que será desvendado em posterior entrevista
com a referida fonte.
O primeiro e único registro encontrado sobre
Ramiro Gomes Pedrosa na imprensa norte-rio-grandense, pelo menos pelo redator,
vem na quarta e última página do jornal "A República" (edição 53 -
10/3/1902) com a nota "Passageiros – Desembarcados do vapor
"Alagoas" vindos dos portos do sul: Pio Lopes Pinhel, Ramiro Pedrosa
(com S), João Narciso, ex-corneteiro João Carlos de Lima, sua mulher e dois
filhos. em trânsito - 112."
Conformidade a breve notícia publicada no alto
da página, a direita de quem ler, pode-se afirmar que, ao contrário dos irmãos
mais velhos, que foram enviados para estudar na Europa, Ramiro fica baseado na
metrópole e capital federal. Fabrício Gomes Pedrosa Filho, nascido em 1888,
falece na Suíça (em 18 ou 19 de março de 1907). Fernando (Macaíba, 30/3/1886 –
Rio de Janeiro, 9/3/1936)
Ramiro, nascido em 1889, ainda tem como irmãos
Damiana Maria (Macaíba, abril de 1885), Esther Pedrosa Faria Souto (Macaíba,
1887 – Taubaté/SP, abril de 1975), Maria das Dores Pedrosa Piza (Macaíba,
23/2/1895 – Rio de Janeiro, 14/7/1975), Mário (Macaíba, 1890) e Raul (Natal,
1892 – Rio de Janeiro, 1962).
FONTES
A Noite
A República
Geni
História e Genealogia
Nenhum comentário:
Postar um comentário