sábado, 30 de janeiro de 2016

O filme os Dez Mandamentos e a relação com uma pequena cidade do Estado do Rio Grande do Norte

José Vanilson Julião
Jornalista

O primeiro e único filme Os Dez Mandamentos que assisti, entre 1968 e 1970, ainda no século XX, foi no Cine Canário, na cidade onde nasci, Cerro Corá (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal, a capital do Rio Grande do Norte.
As latas com os rolos de filmes eram trazidas numa perua Kombi, de Natal, pelo meu pai, Zé Julião Neto, toda terça-feira, para exibição na sessão noturna do dia seguinte e na matiné do domingo e na noite domingueira. 
Era o máximo ver o exibidor, Sebastião Canário, manuseando a máquina. Na outra semana, as fitas eram devolvidas aos distribuidores. A maioria ficava no bairro da Ribeira, na capital potiguar.
Pelo menos duas ficavam na antiga estação rodoviária Presidente Kennedy, inaugurada em 1963 pelo prefeito Djalma Maranhão. o desativado terminal fica no largo Dom Bosco ou Praça Augusto Severo.
A citada película colorida, de 1956, é a segunda versão cinematográfica do diretor Cecil B. DeMille, o mesmo da primeira produção, em preto e branco (1923).
O épico de 229 minutos (três horas) é estrelado pelos atores Charlton Heston (Moisés), Yul Brynner (Ramsés), Anne Baxter (Nefertiti) e Yvonne de Carlo (Séfora)
Outros astros foram Edward G. Robinson, John Derek (Josué), John Carradine, Vicent Price e Judith Anderson..
O épico, curiosamente, teve quatro roteiristas, sendo baseado em livros de três escritores diferentes, tendo como base, claro, o Antigo Testamento da Bíblia do Cristianismo.
O filme ganhou a estatueta dourada Oscar de melhor efeitos visuais (1957) e de melhor ator para Heston no Golden Globe (Globo de Ouro).
A primeira versão do clássico, na época do cinema mudo, tem duração de 136 minutos, sendo, a exemplo do filme posterior, um longa-metragem.
O mais interessante é que também foi editado um álbum de figurinhas sobre o filme de 1956. e quem tinha ele completo era dona Ana, esposa de Arian Félix da Silva, mãe dos amigos Ariomar e Arijóy.
O álbum também era sensacional, inclusive com a passagem do Mar Vermelho pelos hebreus e afogamento do exército do faraó. 

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