sexta-feira, 28 de abril de 2023

O conhecido jogador anunciado que nunca chegou

Famoso site especializado em futebol mente ocasionalmente sem intenção

José Vanilson Julião

1) Série C: América-RN acerta com Rodrigo Lindoso e anuncia mais 2 reforços;

2) Já chegaram à capital potiguar, o meia Kaio Cesar, meia Rodrigo Lindoso e o atacante Caio Nunes;

3) O trio reforça o Mecão na Série C;

4) De acordo com informações do repórter Marco Lira, da Rádio 98 FM de Natal, Lindoso se encontra em Natal resolvendo questão de moradia.

5) O jogador, de 33 anos, tem passagens por Botafogo, Internacional e no ano passado fez três jogos pelo Ceará.

O que tem em comum o título, o subtítulo, mais uma chamada desnecessária e redundante, e dois parágrafos de uma reportagem?

Esclareço: - Tudo faz parte de uma matéria do site da Agência do Futebol do Interior, um dos primeiros a fazer sucesso na rede.

A situação demonstra a pressa dos repórteres e editores especializados na área esportiva em dar furos sem checar informações com o site oficial da agremiação.

Ou no, no mínimo, dá continuidade a reportagem ou esperar o desfecho das negociações. Pois sabe-se que a reportagem radiofônica é por demais imediatista.

Com a alternativa de consultar outros sites e blogs que acompanham diariamente os assuntos do clube, como o "Vermelho de Paixão", "Gente Americana" ("Tribuna do Torcedor Alvirrubro") e "Tribuna Americana".

O FI é sediado em Campinas, interior paulista, e tem 24 anos de atuação. Foi fundado em março de 1999.

Em reportagem de 22 de fevereiro de 2013, veiculada no site "Verminosos por Futebol", o repórter Rafael Luís Azevedo informa que o FI (na época) tinha 18 milhões de acessos por mês.

 

quinta-feira, 27 de abril de 2023

O goleiro da “Seleção Fantasma” do Nordeste (VI)

As primeiras três vitórias sobre os selecionados paraibano, pernambucano e cearense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Gentil Ferreira
Cumprido o exíguo período de treinamentos, iniciados no final de dezembro/1933, chega o momento, na primeira semana de janeiro, da viagem de trem da companhia concessionária Great Western (capital inglês). Um dia antes da estreia embarca na estação central da Ribeira para a capital paraibana.

A delegação com jogadores e dirigentes (Gentil Ferreira de Souza e Vicente Farache entre eles) conta com um representante do jornal A República (Waldemar Araújo). Domingo (7) pela primeira vez vence a Paraíba (0 x 3) no estádio do Cabo Branco, o alvirrubro, uma das forças do futebol de João Pessoa na época.

A embaixada potiguar retorna no dia seguinte e na passagem por Nova Cruz (parede e meia com a PB) recebe homenagem com fala do poeta Barreto Sobrinho e a entrega de um ramalhete de flores pela senhorita Aniole Pessoa Ramalho.

Vicente Farache

Na gare em Natal apresentação da banda de música da Polícia Militar (fundada no Império como Batalhão de Segurança e que se chamou ainda Força Pública). Com as presenças de autoridades, desportistas, inclusive o capitão Luís Cândido representando o interventor federal. Discursam o doutor Afonso Saraiva Júnior e o presidente da Associação de Atletismo (ARA), Luiz Potiguar de Oliveira Fernandes.

Segue-se longo cortejo, com 12 automóveis, destino a Vila Cincinato (imediações da atual Praça Pedro Velho) para os cumprimentos do interventor Mário Câmara, que profere breves palavras de agradecimento no jardim da residência oficial.

Passados o nervosismo do jogo inauguram a saga futebolística prossegue com a primeira vitória também sobre outro rival nordestino. No Recife. 4 x 2 (domingo, 21/1). Campo da Jaqueira. Pertencente ao rubro-negro Sport Clube Recife.

O selecionado papa-jerimum permanece na capital pernambucana para aguardar o Ceará e a essa altura um grupo de torcedores potiguares se deslocam para assistir à partida, entre eles o poeta açuense Renato Caldas (1902 1991), famoso pelo livro Fulô do Mato, o ex-jogador americano e médico João Tinoco Filho e Paulo Teixeira, também outro antigo player alvirrubro.

Vencidos os cearenses pelo mesmo placar anterior, de virada (primeiro tempo dois a zero) na mesma praça de esportes, mas numa quarta-feira, 31/1. Novo retorno, mais festa, com a colônia potiguar no Recife distribuindo medalhas douradas aos briosos atletas (LGMB).

O quarto e último jogo resulta na única derrota. Para os baianos. Domingo, 4 de fevereiro. 5 x 3. Na final a Bahia zebra contra os paulistas: 2 x 0 (11 de março).

Nas próximas postagens fichas dos jogos que culminam com o inédito e inesperado terceiro lugar na competição, colocação repetida na campanha de 26 anos depois, entre 1959/60, com a desclassificação para o selecionado carioca no Estádio Juvenal Lamartine.

E detalhes sobre os personagens paralelos que aparecem nas homenagens aos vitoriosos jogadores potiguares.

 

FONTES

A Tarde

Correio da Manhã

Diário de Pernambuco

Assú na Ponta da Língua

 

Detalhes da entrevista do biógrafo do memorialista Ribamar Cavalcante

O bate-papo do jornalista Kolberg Luna Freire com o radialista Santos Neto

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após deixar uma filha no colégio, esquecer o convite e ser lembrado por um telefone da emissora, o jornalista pede cinco minutos de atraso no programa “Super Resenha” e corre para casa ainda a tempo bater o fio para a Rádio Mix Retrô para ser sabatinado pelo radialista Santos Neto.

Em torno de 30 minutos de entrevista, nesta quarta-feira, ele esmiunça alguns pormenores do personagem central, com resumo do roteiro sobre o que o leitor lerá no livro a ser lançado pela Editora Primeiro lugar praticamente daqui a duas semanas.

A vida pessoal, futebolística e profissional – recheada com outros afazeres – é o trio de assuntos focado pelo biógrafo. Desde a infância e adolescência em Macau (região salineira do Rio Grande do Norte) e a chegada em Natal para começar a jogar futebol no antigo Globo (não se trata do atual) em maio de 1964.

Passando pela definição de uma profissão no Serviço Social da Industrial (SESI), em Palmares, interior pernambucano, carreira como sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) e, com a aposentadoria, a posterior colaboração em instituições públicas ou entidades esportivas (clubes, Federação, Fundação de Esportes de Natal/Fenat – vinculada a Prefeitura de Natal – o Kartódromo Governador Geraldo Melo).

Certamente o biografado terá falado da iniciativa de começar a promover a memória dos companheiros de gramado, vivos e falecidos.

Atitude que teve o primeiro apoio do jornalista e editor de Esportes do extinto “Diário de Natal”, Edmo Sinedino, responsável por publicar no jornal Associado perfis de antigos jogadores, árbitros e dirigentes do tempo do Estádio Juvenal Lamartine, geralmente redigidos pelos repórteres Rogério Torquato ou Fabio Pacheco, torcedor do gaúcho Internacional de Porto Alegre.

Algumas dessas entrevistas com ídolos do passado eram baseadas em apresentações na antiga Rádio Poti AM – que tanto mudar de nome posteriormente não sei nem como se chama hoje – em programa noturno semanal, "Jogo Aberto", veiculado na segunda-feira, e comandado por Armando Viana Neves e Jaime Dantas.

Depois que Edmo Sinedino saiu do cadeia do Condomínio fundado pelo paraibano Assis Chateaubriand criou na rede o blog “No Ataque”, onde também foram franqueadas as recordações com dados dos craques da bola, como relação de clubes na carreira, datas de nascimento e falecimentos, conforme o caso do personagem focado.

Posteriormente as memórias de Ribamar Cavalcante alcançaram diversas emissoras de televisão em canal por assinatura ou fechado, em programas como o apresentado pelo radialista Pedro Neto.

Estes pormenores ditos agora, de memória, são frutos de uma entrevista com Ribamar, que era destinada ao jornal mensal “A Esperança”, entre 2012 e 2014, não recordo exatamente o ano, abortada por questões administrativas e técnicas inesperadas.

Esta conversa com Ribamar foi acompanhada pelo repórter-fotográfico Reginaldo Damasceno (colaborador do extinto semanário “Jornal de Natal”, em um dos saguões de um dos shopping center da cidade.

Foi a primeira vez que conversei ao vivo com Ribamar, ocasião em que rimos de uma situação, quando ele ficou admirado dos meus parcos conhecimentos sobre jogadores do passado, e dados e situações que eu confirmava ao longo da entrevista. Até revelou o descompasso hilário com uma repórter de televisão sobre o tema futebol.

Com Ribamar obtive uma cópia de um áudio do antigo jogador potiguar Demóstenes César da Silva, aquele que chegou ao Botafogo carioca e um dos ídolos do futebol colombianos no tempo do “El Dourado” ou “Liga Pirata” (começo dos anos 50), tanto citada pelo falecido colunista Everaldo Lopes Cardoso.

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Lançamento da biografia de Ribamar Cavalcante tem ampla divulgação

Autor do livro, jornalista Kolberg Luna Freire, é entrevistado pelo âncora Santos Neto

JOSÉ VANILSON JULIÃO

As quase duas horas da “Super Resenha” (Rádio Web Retrô) desta quarta-feira, apresentado pelo veterano radialista Santos Neto, foi também preenchida com detalhes da obra sobre a vida do ex-jogador de futebol e militar aposentado da Aeronáutica José Ribamar Cavalcante.

Depois do blog postar com ineditismo a data de lançamento da biografia, logo depois começa a divulgação em redes sociais do “cartaz” do evento, programado para as 17 horas da segunda-feira, 8/5, no piso dois da “Central Aprova”, na Rua Joaquim Fagundes, 764, Barro Vermelho (nas imediações da rotatória por trás da Afonso Pena).

O jornalista Rafael Morais, “manager” da Editora Primeiro Lugar (especializada em publicações sobre esporte em geral e principalmente futebol), havia estabelecido pré-lançamento com o fim dos amigos reservarem exemplares como plataforma de custo.

A publicidade espontânea indica que o lançamento terá sucesso absoluto com o esgotamento dos 150 exemplares impressos numa gráfica paulista e remetida em tempo recorde para Natal.

Kolberg Freire, com a voz de barítono, ressaltou o que foi registrado por este espaço, a iniciativa do professor e advogado João Maria Fraga em fazer acontecer a biografia do “memorialista do futebol potiguar”, como define o título da biografia do macauense mais famoso do momento.

Fraga e Morais escolhem o já experiente autor de livro esportivo, com veia de escritor e pesquisador herdada do falecido pai, o primeiro plantão esportivo da cidade, Mirocem Ferreira Lima. E o jornalista e escritor Rubens Manoel Lemos Filho para escrever o prefácio.

As entrevistas virtuais com o personagem – durante o período virótico – e depoimentos de personalidades que conviveram e convivem com o biografado, como o ex-jogador Alciney Wanderley de Miranda Filho, Rui Barbosa da Costa (ex-presidente da FNF, ex-presidente do ABC e ex-deputado estadual) e o ex-árbitro e professor Anecildo Batista de Carvalho.

Aproveito a oportunidade e agradeço a citação do responsável pelo blog como colaborador em algumas informações (especialmente fichas técnicas de jogos com a participação do biografado).

As mentiras da enciclopédia eletrônica sobre o América de Natal

Um trabalho de conserto da gafe deveria ser encampado pelos abnegados políticos e fiscalizadores das redes sociais

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Quando eu vejo jornalistas, radialistas e blogueiros sendo a favor da censura e controle das redes sociais vislumbro que são os criteriosos de araque.

Se eles são tão cuidadosos deviam passar o tempo, as 24 horas do dia, fiscalizando e consertando as mentiras e gafes escritas em sites e portais.

Como exemplo cito o caso da “Wikipedia”. Ao relacionar os cinco treinadores estrangeiros que comandaram o elenco do América de Natal.

A famosa enciclopédia aponta os seguintes técnicos pela ordem: Graciano Acosta, Walter Luck (1950), Steban Hory, Dante Bianchi e Daniel Neri.

A “Wiki” acerta ao declinar o uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres, o húngaro Steban Hory, o argentino Dante Jorge Bianchi (1969) e o português Daniel Jorge Neri (2021).

Então pergunto aos muitíssimos senhores preocupados: - Onde estão os erros?

Respondo: - Hans Walter Luck é potiguar, filho de um alemão que residiu em Natal nos anos 30/40, e faleceu no Recife como empresário no ramo de agência de viagens.

Mais a enciclopédia eletrônica, feita por usuários da rede, também se engana ao informar que Graciano Acosta treinou o alvirrubro em 1943.

Na verdade o jogador-treinador com passagens pelo Grêmio, São Paulo, Santa Cruz/PE e Ferroviário/CE acumulou a função como jogador em poucas partidas em 1939/40.

Além disso teve uma segunda permanência a beira do gramado do Estádio Juvenal Lamartine: 1947/49. E uma terceira no segundo semestre de 1954. Quando sucede Steban Hory.

Sobre o assunto treinadores estrangeiros o blog tem uma série de mais de dez postagens sobre Acosta no Rio Grande do Norte.

Definida data para lançamento da biografia sobre Ribamar Cavalcante

Jornalistas e professor tarimbados, fanáticos por futebol, são os responsáveis pelo texto principal, apresentação e prefácio

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Finalmente chega o dia para ficar marcado na vida do ex-jogador de futebol e militar aposentado da Aeronáutica.

O macauense de corpo e alma José Ribamar Cavalcante, o memorialista do esporte, como define a excelente biografia escrita pelo jornalista Kolberg Luna Freire.

“Ribamar: O Guardião da Memória do Futebol Potiguar” será lançado na segunda-feira, 8/5, a partir das 17h, no piso dois da “Central Aprova”, Rua Joaquim Fagundes, 764, Barro Vermelho.

A obra biográfica, além do personagem central em si, tem apresentação do professor João Maria Fraga, idealizador do projeto sobre o conterrâneo.

Também é atrativo e agrega valor prefácio do jornalista e escritor Rubens Lemos Filho, bom de prosa e de informações peculiares e inusitadas sobre futebol ao longo de seis livros publicados.

É autor da biografia do uruguaio Danilo Nuñes Menezes (o primeiro) e do recente “Juvenal Lamartine – Primeiro Estádio – Minha Versão.”

De Kolberg digo que é outro excelente proseador de futebol. Comprovado pelo primeiro livro que lançou, “Um tempo de futebol e de um poema”, em novembro de 2018.

São histórias de 45 jogos emblemáticos no Castelo Branco/João Machado, entre 1972, ano da inauguração, e 2017, pós Copa do Mundo (2014), alcançando a Arena das Dunas.

Parabéns a Editora Primeiro Lugar, especializada em literatura esportiva, por abraçar o projeto e eternizar a vivência do Ribamar.

Ele mesmo um idealista que promove a lembrança dos colegas que partiram e ainda vivem, com os quais conviveu e desfilou nos anos 60/70 pelos gramados da vida.

 

sexta-feira, 21 de abril de 2023

Uma opinião definitiva sobre as estripulias de Lula e seus asseclas

Marco Gonçalves Dias, chefe do GSI, promovido a general durante o governo Lula, cuidou da segurança do presidente desde 2003

J. R. Guzzo

JORNALISTA

A verdade começou, finalmente, a aparecer. Depois de três meses de esforços desesperados, por parte do presidente Lula, do seu sistema de apoio e do Supremo Tribunal Federal, para esconder essa verdade da população, a casa caiu e os fatos vieram à luz do dia. Não demorou, quando se pensa com alguma frieza sobre o assunto; eles queriam ocultar essa verdade para sempre, e não conseguiram aguentar muito mais que 90 dias. Também foram incompetentes, pois seu grande plano não deu certo. Não há dúvida nenhuma, enfim, sobre o que houve.

As imagens gravadas, e publicadas no maior furo jornalístico da CNN desde que iniciou as suas atividades no Brasil, mostram o general Gonçalves Dias, homem da confiança pessoal de Lula, em atitude de colaboração com os invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A “tentativa de golpe” e os “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília foram feitos com a participação, ou com o incentivo, ou com a cumplicidade, de agentes do próprio governo. É por isso que Lula e o PT passaram os últimos meses lutando com tanta ferocidade para impedir a CPMI que a oposição quer abrir – e agora vai abrir – sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

Desde o começo essa história toda pareceu esquisitíssima. Tentativa de “golpe militar”? Não poderia ser: as Forças Armadas estavam a favor de Lula e contra os manifestantes – a prova é que mentiram para eles e se juntaram à polícia para enfiar na cadeia quem estava na frente dos quartéis em Brasília. É o exato contrário: as imagens gravadas mostram um general do Exército, e chefe supremo dos serviços de segurança do governo, circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água. Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima e jogar a mídia numa frenética tempestade de denúncias contra a “direita” – e a favor da repressão cada vez mais ilegal que o STF, transformado em delegacia de polícia, faz contra os acusados em seus inquéritos.

Com a revelação da verdade, até agora escondida como um segredo de Estado, as coisas se explicam: foi o próprio governo, com a participação direta de militares que estão ao seu serviço e juram todos os dias que defendem a “legalidade”, quem armou a baderna do 8 de janeiro. Está provado no mínimo que foi omisso, não fez nada para evitar as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer) e tinha um efetivo ridículo para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados. Dá na mesma, em termos práticos.

Tudo fica ainda mais claro quando se verifica que o general foi demitido do cargo no dia em que a CNN publicou os vídeos. Se não fez nada de errado, por que raios foi demitido? E se era culpado, o que estava fazendo dentro do Palácio do Planalto durante esse tempo todo? Não há saída para isso; é xeque-mate. O governo, o PT e os seus militantes na mídia, como fazem em 100% de histórias como essa, desde o primeiro flagrante em que Lula foi pego, estão tentando dar a desculpa sempre absurda de que ele “não sabia” de nada. Se não sabia, por que passou quase todo o seu governo lutando de modo tão furioso para impedir a CPMI? Vendeu cargos, fez ameaças, usou o presidente do Senado como um serviçal para violar prazos e deveres legais, na tentativa de enterrar a comissão. Agora, depois dos vídeos, quer fugir. Não convence uma criança de dez anos de idade.

Tão mal quanto Lula, seu governo e os militares fica o STF. O ministro Alexandre Moraes, no momento mais destrutivo que a Justiça brasileira já viveu em sua história, prendeu 1.400 pessoas pelas invasões em Brasília, mantém até hoje 200 delas encarceradas e começou um espantoso julgamento dos acusados por “lotes” de 100 ou 200 pessoas de cada vez – coisa que simplesmente não existe em nenhuma lei conhecida no mundo. Os advogados, para efeitos práticos, estão impedidos de defender os seus clientes. Pessoas que nem estavam no local dos crimes foram presas, são obrigadas a usar tornozeleiras e já cumpriram – antes mesmo de serem julgadas – mais da metade da pena máxima prevista para o delito de que são acusadas.

Muitos fizeram exatamente o que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas, no dia 8 de janeiro. Na injustiça mais escandalosa de todas, o ex-secretário de Segurança de Brasília, que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso há três meses – e o general de Lula, que estava dentro do palácio, está solto, ou esteve solto durante esse tempo todo.

Como sustentar, por três minutos, que alguma coisa dessas seja legal? Como sustentar, sequer, que sejam lógicas? O ministro Alexandre, como Lula, também vai dizer que “não sabia” dos vídeos, nem das omissões, nem de nada? Não estamos, como diz a maioria da mídia, diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

quinta-feira, 20 de abril de 2023

ABC x América não acontece por pane na torre de iluminação do Estádio Maria Lamas Farache

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Com um problema em disjuntor de uma das torres de iluminação do Estádio Maria Lamas Farache, na noite desta quinta-feira, o jogo ABC x América, o segundo clássico pelo quadrangular classificatório para as finais do campeonato estadual, acaba não acontecendo.

Depois de várias tentativas para solucionar o problema técnico e pouco mais de 1h40 de atraso os organizadores decidiram pelo adiamento da partida.

Resta agora readaptar a tabela, mas fica confuso encontrar uma nova data.

Até porque os jogos das finais entre o alvinegro e o alvirrubro já foram definidos para duas quartas-feiras, dias 17 e 31 de maio.

O árbitro Zandick Gondim Alves Júnior decidiu não começar a partida após conversar com os capitães dos dois times.

Quando o torcedor começava a abandonar o estádio para não perder o horário do transporte coletivo na volta para casa.

O problema desse jogo pode não ter ligação direta, mas é mais uma consequência dos tumultos da bandidagem dias passados.

Os treinadores haviam até escalado estreias no elenco. Do lado americano um novo contratado, Mateus Ludke. E pelo menos dois do lado alvinegro.

Esta é a segunda vez que um problema de iluminação causa atraso em uma partida oficial nos ultimos 16 anos.

Na segunda partida da decisão da Copa Rio Grande do Norte, em dezembro de 2007 (América 2 x 3 Baraúnas), aconteceu atraso também de mais de uma hora.

Só que na ocasião, quando foi repetido o placar do primeiro jogo em Mossoró, o problema era atraso do pagamento para a concessionária.


Jornalista comenta no "Cerro Corá News" solução momentânea para o tráfego das carretas das "eólicas"

A solução viável - para a economia como um todo e para evitar os problemas imediatos - é readaptar a estrada asfaltada ainda no primeiro governo de José Agripino Maia.

Se os recursos não estão disponíveis ainda para uma duplicação - difícil pelo nível de tráfego baixo - o problema pode ser solucionado com "trechos de escape".

O que seriam essas alternativas: alargamentos em pontos estratégicos, principalmente nas retas, depois da subida da serra.

Como também acostamentos pontuais ao longo do trajeto deste o começo da rodovia estadual na localidade que era conhecida como "Ligação", de novo em algumas retas existentes neste primeiro trecho.

Com isso os carros menores podiam adiantar-se das carretas no momento oportuno.

Vi em redes sociais reclamações. Mas ninguém conseguiu vislumbrar a "solucionática". Só reclamar.

Está aí o esquema montado por um conterrâneo atento... (jornalista José Vanilson Julião)

O goleiro da “Seleção Fantasma” do Nordeste (V)

 
JOSÉ VANILSON JULIÃO

Pelo curto espaço de tempo para o começo do Campeonato Brasileiro de Seleções é traçado um programa intensivo de treinamentos e convocados jogadores dos três únicos clubes em atividade na ocasião: América, ABC e Sport Club Natal (conforme o relato da competição estadual no artigo anterior). O elenco é dividido em quadros “A” e “B”.

E conta apenas com poucos mais de duas semanas, ou 12 dias para ser exato, para os exercícios físicos, treinamentos táticos e atividades de aprimoramento técnico, desde a suspensão das finais do campeonato estadual em 24 de dezembro do ano anterior. Com a ressalva de dois feriados nacionais, o Dia do Natal, e o Ano Novo, que caem numa segunda-feira.

A formação do primeiro: Domício Bezerra das Neves, o Nenê (goleiro alvo desta série), Dorcelino Pereira, Manoel Francisco do Nascimento (Nezinho), João Teixeira de Carvalho (tio do preparador físico Artur Ferreira de Melo Júnior, o Arturzinho do futebol de salão), Hemetério Canuto de Souza, Jeremias Pinheiro da Câmara Filho, João Acioli (Cabo João), José Simão, Renato Teixeira da Mota (Neném), Francisco Rodrigues da Silva (Xixico) e Mário Crise

Jeremias Pinheiro

O segundo: Edson Pinto da Silva, Ponciano Damasceno, Campelo, Waldemar Junqueira, Otacílio Ferreira, Adalberto Carvalho, Glicério (cearense), Cesário (mossoroense, atuou pelo Sport, América, ABC e deu guarida a Dequinha em Natal), Toseli, Marinheiro e Raimundo (também de Mossoró, irmão de Hemetério, carpinteiro, envolvido na Intentona Comunista no segundo semestre de 1935 e condenado a oito anos de prisão).

Também participam dos treinamentos os reservas a seguir: Daniel, Severino, Rivadavia Tavares Guerreiro (vem a compor no primeiro esquadrão do Santa Cruz/RN fundado no segundo semestre do mesmo ano), Garapa e Oscar (outro que passa a onzena tricolor após cisão no seio do rubro-negro Sport Club Natal).

O ABC cede Edson (goleiro), Dorcelino, Nezinho (zagueiros), Xixico, Hermes, Crise, Simão e Adalberto(atacantes); América: Neném, Teixeirinha, Pinheiro, Hemetério e Raimundo; Sport: Nenê (goleiro), Ponciano, Guerreiro, Toseli, Cesário e Glicério (campeão pelo América quatro anos antes).

Xixico

O sorteio das chaves indica como adversários dos potiguares, em casa e fora, os selecionados: cearense (jogo no Recife), paraibano, pernambucano, todos derrubados um a um, até chegar ao semifinalista baiano.

FONTES

A Ordem
Diário de Natal
O Potiguar

terça-feira, 18 de abril de 2023

O goleiro da “Seleção Fantasma” do Nordeste (IV)

Escudo e padrão uniforme do ARA

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O empresário aposentado e desportista Luiz Gonçalves Meira Bezerra (Acari/RN, 21/6/1923 – Natal/RN, 4/11/2019) e o jornalista e pesquisador Everaldo Lopes Cardoso (1930 – 2018) se debruçaram sobre o tema. 

Novamente esmiuçado com mais detalhes pela rede.

O primeiro em artigo inédito para o jornal cultural O POTIGUAR (Ano VII, número 39, junho/julho – 2004). 

O segundo no primeiro livro “Da Bola de Pito ao Apito Final: Memória do Futebol Potiguar (2006)”.

Luiz G. M. Bezerra, como gostava de ser chamado e assinava textos, teve a primazia de relacionar todas as fichas da campanha da “Seleção Fantasma” do Nordeste no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (1934) em mídia impressa (jornal, revista ou livro).

Iniciativa repetida pelo colunista da TRIBUNA DO NORTE (onde começou a carreira em meados dos anos 50 e para onde retornou na segunda metade dos anos 80) e do DIÁRIO DE NATAL e O POTI (edição dominical e semanal do DN).

A diferença: Bezerra detalha em duas páginas – a segunda ilustrada com a formação tricolor – as circunstâncias do IX Campeonato Brasileiro de Seleções com 14 representações, incluindo-se até a Liga de Esportes da Marinha: Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Ceará, Piauí e Maranhão (pela Região Meio Norte, pois ainda não havia sido feita uma nova divisão política da Federação com nove unidades nordestinas), Bahia (considerada a época como da Região Sudeste), Espírito Santos, São Paulo e Distrito Federal (Rio de Janeiro).

O elenco da Associação Riograndense de Atletismo, do conhecido acrônimo ARA, para participar da competição entre 4 de janeiro e 4 de fevereiro, tem um mês exato de disputas em várias fases.

Sucessora das primeiras ligas era composta por Luiz Potiguar Fernandes (presidente), Carlos Fernandes Barros (vice), Miguel Ferreira da Silva (tesoureiro) Waldemar Araújo (secretário), Gentil Ferreira de Souza (1901 – 1962) e Vicente Farache Neto (diretores técnicos).

O engenheiro Ferreira de Souza (de oligarquia oriunda de Santa Cruz/RN) foi três vezes prefeito de Natal e presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (1942), sucessora da ARA; o advogado Farache Neto (1902 – 1967) foi jogador alvinegro (1920) e dirigente (secretário, membro do Conselho Deliberativo e treinador), o “dono do ABC”; o jornalista Araújo, cinco anos depois, funda o “O Diário” (sem o “de Natal” pela aquisição de Assis Chateaubriand, o capo do Condomínio Associado), ao lado de Djalma de Albuquerque Maranhão (depois prefeito nos anos 60), Rivaldo Pinheiro e Aderbal de França, o “Danilo”, o primeiro cronista social natalense; Potiguar Fernandes, um dos fundadores do ABC (1915) e da Liga Norte-rio-grandense de Desportos Terrestres

(27/2/1916), a primeira tentativa de organização do futebol no Estado, e da segunda (14/7/1918), é irmão de um dos fundadores do América.

A versão com a participação potiguar envolve seleções de amadores com organização da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual CBF, filiada da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associação).

No mesmo ano acontece outra entre profissionais, patrocinada pela Federação Brasileira de Futebol (FBF) com o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e também a Liga da Marinha, mas não reconhecida oficialmente.

Tempos de cisões, transição e pacificação entre ligas, associações e federações ao gosto do freguês...

FONTES

A Ordem

Tribuna do Norte

Campeões do Futebol

Federação Internacional de Estatísticas de Futebol

Futebol Nacional

História do Futebol

Net Vasco

Projeto V.I.P

segunda-feira, 17 de abril de 2023

A escolha de um grande clube vermelho e branco

O acordo para transformação do alvirrubro em Sociedade Anônima Futebol (SAF)

José Vanilson Julião

Andei lendo as repercussões da implantação de uma SAF no América. Principalmente com torcedores, jornalistas e conselheiros ouvidos pelo site Vermelho de Paixão.

As opiniões expuseram vantagens e desvantagens com as primeiras sobrepujando as segundas como saldo positivo para um passo adiante na história de um dos maiores clubes nordestinos.

Não procurei saber exatamente quem são os investidores. A escolha não foi aleatória. Tem uma razão de ser como produto de visibilidade e provocador de retorno econômico.

O investidor é experiente pelo controle de um jovem clube representante do sudoeste paranaense (região com 42 municípios) e sediado na cidade de Pato Branco.

Trata-se do Azuris, fundado pela família Ramos e um fundo de investidores, com a escolha da cidade pelo fato de abrigar um polo de futebol de salão, com o fim de revelar jogadores.

Ao firmar parceria com a Prefeitura, para uso do Estádio Os Pioneiros estreia na terceira divisão estadual (2019).

No ano seguinte, com a desistência do Foz do Iguaçu e pendências do Arapongas, com a Federação, está na segunda divisão.

O ano passado é eliminado (invicto) da Copa do Brasil (terceira fase). Pelo Bahia. Após passar pelos paulistas Botafogo (Ribeirão Preto) e Mirassol.

A mascote do clube é a Gralha Azul (Azure Jay), a ave que dissemina as belas araucárias pelo Sudoeste.

O que faltava ao grupo era a vinculação a um clube tradicional, colecionador de títulos e campanhas memoráveis, mais uma enorme torcida.

A escolha certamente teve como ponto de partida o respeito e a confiança no presidente José Ivanaldo de Souza.

Inclusive por ele ter morado um tempo em Curitiba, quando procurava tratamento para uma filha, e colheu relacionamentos na capital paranaense.

O estopim para o acordo: o título da Série D, que coloca o elenco, os que saíram e os que ficaram, e o treinador Leandro Ribeiro Sena, nos anais do futebol norte-rio-grandense.

Por isso creio que a parceria renderá bons frutos.