O bate-papo do jornalista Kolberg Luna Freire com o radialista Santos Neto
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Após deixar uma filha no colégio, esquecer o convite e ser lembrado
por um telefone da emissora, o jornalista pede cinco minutos de atraso no
programa “Super Resenha” e corre para casa ainda a tempo bater o fio para a
Rádio Mix Retrô para ser sabatinado pelo radialista Santos Neto.
Em torno de 30 minutos de entrevista, nesta quarta-feira, ele esmiunça
alguns pormenores do personagem central, com resumo do roteiro sobre o que o
leitor lerá no livro a ser lançado pela Editora Primeiro lugar praticamente
daqui a duas semanas.
A vida pessoal, futebolística e profissional – recheada com outros afazeres
– é o trio de assuntos focado pelo biógrafo. Desde a infância e adolescência em
Macau (região salineira do Rio Grande do Norte) e a chegada em Natal para
começar a jogar futebol no antigo Globo (não se trata do atual) em maio de
1964.
Passando pela definição de uma profissão no Serviço Social da Industrial
(SESI), em Palmares, interior pernambucano, carreira como sargento da Força
Aérea Brasileira (FAB) e, com a aposentadoria, a posterior colaboração em instituições
públicas ou entidades esportivas (clubes, Federação, Fundação de Esportes de Natal/Fenat
– vinculada a Prefeitura de Natal – o Kartódromo Governador Geraldo Melo).
Certamente o biografado terá falado da iniciativa de começar a promover a memória dos companheiros de gramado, vivos e falecidos.
Atitude que teve o
primeiro apoio do jornalista e editor de Esportes do extinto “Diário de Natal”,
Edmo Sinedino, responsável por publicar no jornal Associado perfis de antigos
jogadores, árbitros e dirigentes do tempo do Estádio Juvenal Lamartine, geralmente redigidos pelos repórteres Rogério Torquato ou Fabio Pacheco, torcedor do gaúcho Internacional de Porto Alegre.
Algumas dessas entrevistas com ídolos do passado eram baseadas em
apresentações na antiga Rádio Poti AM – que tanto mudar de nome posteriormente
não sei nem como se chama hoje – em programa noturno semanal, "Jogo Aberto", veiculado na
segunda-feira, e comandado por Armando Viana Neves e Jaime Dantas.
Depois que Edmo Sinedino saiu do cadeia do Condomínio fundado pelo
paraibano Assis Chateaubriand criou na rede o blog “No Ataque”, onde também
foram franqueadas as recordações com dados dos craques da bola, como relação
de clubes na carreira, datas de nascimento e falecimentos, conforme o caso do
personagem focado.
Posteriormente as memórias de Ribamar Cavalcante alcançaram diversas
emissoras de televisão em canal por assinatura ou fechado, em programas como o
apresentado pelo radialista Pedro Neto.
Estes pormenores ditos agora, de memória, são frutos de uma entrevista
com Ribamar, que era destinada ao jornal mensal “A Esperança”, entre 2012 e
2014, não recordo exatamente o ano, abortada por questões administrativas e
técnicas inesperadas.
Esta conversa com Ribamar foi acompanhada pelo repórter-fotográfico Reginaldo
Damasceno (colaborador do extinto semanário “Jornal de Natal”, em um dos saguões
de um dos shopping center da cidade.
Foi a primeira vez que conversei ao vivo com Ribamar, ocasião em que
rimos de uma situação, quando ele ficou admirado dos meus parcos conhecimentos
sobre jogadores do passado, e dados e situações que eu confirmava ao longo da
entrevista. Até revelou o descompasso hilário com uma repórter de televisão
sobre o tema futebol.
Com Ribamar obtive uma cópia de um áudio do antigo jogador potiguar Demóstenes
César da Silva, aquele que chegou ao Botafogo carioca e um dos ídolos do futebol
colombianos no tempo do “El Dourado” ou “Liga Pirata” (começo dos anos 50),
tanto citada pelo falecido colunista Everaldo Lopes Cardoso.
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