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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Detalhes da entrevista do biógrafo do memorialista Ribamar Cavalcante

O bate-papo do jornalista Kolberg Luna Freire com o radialista Santos Neto

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após deixar uma filha no colégio, esquecer o convite e ser lembrado por um telefone da emissora, o jornalista pede cinco minutos de atraso no programa “Super Resenha” e corre para casa ainda a tempo bater o fio para a Rádio Mix Retrô para ser sabatinado pelo radialista Santos Neto.

Em torno de 30 minutos de entrevista, nesta quarta-feira, ele esmiunça alguns pormenores do personagem central, com resumo do roteiro sobre o que o leitor lerá no livro a ser lançado pela Editora Primeiro lugar praticamente daqui a duas semanas.

A vida pessoal, futebolística e profissional – recheada com outros afazeres – é o trio de assuntos focado pelo biógrafo. Desde a infância e adolescência em Macau (região salineira do Rio Grande do Norte) e a chegada em Natal para começar a jogar futebol no antigo Globo (não se trata do atual) em maio de 1964.

Passando pela definição de uma profissão no Serviço Social da Industrial (SESI), em Palmares, interior pernambucano, carreira como sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) e, com a aposentadoria, a posterior colaboração em instituições públicas ou entidades esportivas (clubes, Federação, Fundação de Esportes de Natal/Fenat – vinculada a Prefeitura de Natal – o Kartódromo Governador Geraldo Melo).

Certamente o biografado terá falado da iniciativa de começar a promover a memória dos companheiros de gramado, vivos e falecidos.

Atitude que teve o primeiro apoio do jornalista e editor de Esportes do extinto “Diário de Natal”, Edmo Sinedino, responsável por publicar no jornal Associado perfis de antigos jogadores, árbitros e dirigentes do tempo do Estádio Juvenal Lamartine, geralmente redigidos pelos repórteres Rogério Torquato ou Fabio Pacheco, torcedor do gaúcho Internacional de Porto Alegre.

Algumas dessas entrevistas com ídolos do passado eram baseadas em apresentações na antiga Rádio Poti AM – que tanto mudar de nome posteriormente não sei nem como se chama hoje – em programa noturno semanal, "Jogo Aberto", veiculado na segunda-feira, e comandado por Armando Viana Neves e Jaime Dantas.

Depois que Edmo Sinedino saiu do cadeia do Condomínio fundado pelo paraibano Assis Chateaubriand criou na rede o blog “No Ataque”, onde também foram franqueadas as recordações com dados dos craques da bola, como relação de clubes na carreira, datas de nascimento e falecimentos, conforme o caso do personagem focado.

Posteriormente as memórias de Ribamar Cavalcante alcançaram diversas emissoras de televisão em canal por assinatura ou fechado, em programas como o apresentado pelo radialista Pedro Neto.

Estes pormenores ditos agora, de memória, são frutos de uma entrevista com Ribamar, que era destinada ao jornal mensal “A Esperança”, entre 2012 e 2014, não recordo exatamente o ano, abortada por questões administrativas e técnicas inesperadas.

Esta conversa com Ribamar foi acompanhada pelo repórter-fotográfico Reginaldo Damasceno (colaborador do extinto semanário “Jornal de Natal”, em um dos saguões de um dos shopping center da cidade.

Foi a primeira vez que conversei ao vivo com Ribamar, ocasião em que rimos de uma situação, quando ele ficou admirado dos meus parcos conhecimentos sobre jogadores do passado, e dados e situações que eu confirmava ao longo da entrevista. Até revelou o descompasso hilário com uma repórter de televisão sobre o tema futebol.

Com Ribamar obtive uma cópia de um áudio do antigo jogador potiguar Demóstenes César da Silva, aquele que chegou ao Botafogo carioca e um dos ídolos do futebol colombianos no tempo do “El Dourado” ou “Liga Pirata” (começo dos anos 50), tanto citada pelo falecido colunista Everaldo Lopes Cardoso.

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