Escudo e padrão uniforme do ARA |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O empresário aposentado e desportista Luiz Gonçalves Meira Bezerra (Acari/RN, 21/6/1923 – Natal/RN, 4/11/2019) e o jornalista e pesquisador Everaldo Lopes Cardoso (1930 – 2018) se debruçaram sobre o tema.
Novamente esmiuçado com mais detalhes pela rede.
O primeiro em artigo inédito para o jornal cultural O POTIGUAR (Ano VII, número 39, junho/julho – 2004).
O segundo no primeiro livro “Da Bola de Pito ao Apito Final: Memória do Futebol Potiguar (2006)”.
Luiz G. M. Bezerra, como gostava de ser chamado e assinava textos, teve a primazia de relacionar todas as fichas da campanha da “Seleção Fantasma” do Nordeste no Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais (1934) em mídia impressa (jornal, revista ou livro).
Iniciativa repetida pelo colunista da TRIBUNA DO NORTE (onde começou a carreira em meados dos anos 50 e para onde retornou na segunda metade dos anos 80) e do DIÁRIO DE NATAL e O POTI (edição dominical e semanal do DN).
A diferença: Bezerra detalha em duas páginas – a segunda ilustrada com a formação tricolor – as circunstâncias do IX Campeonato Brasileiro de Seleções com 14 representações, incluindo-se até a Liga de Esportes da Marinha: Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Ceará, Piauí e Maranhão (pela Região Meio Norte, pois ainda não havia sido feita uma nova divisão política da Federação com nove unidades nordestinas), Bahia (considerada a época como da Região Sudeste), Espírito Santos, São Paulo e Distrito Federal (Rio de Janeiro).
O elenco da Associação Riograndense de Atletismo, do conhecido acrônimo ARA, para participar da competição entre 4 de janeiro e 4 de fevereiro, tem um mês exato de disputas em várias fases.
Sucessora das primeiras ligas era composta por Luiz Potiguar Fernandes (presidente), Carlos Fernandes Barros (vice), Miguel Ferreira da Silva (tesoureiro) Waldemar Araújo (secretário), Gentil Ferreira de Souza (1901 – 1962) e Vicente Farache Neto (diretores técnicos).
O engenheiro Ferreira de Souza (de oligarquia oriunda de Santa Cruz/RN) foi três vezes prefeito de Natal e presidente da Federação Norte-rio-grandense de Futebol (1942), sucessora da ARA; o advogado Farache Neto (1902 – 1967) foi jogador alvinegro (1920) e dirigente (secretário, membro do Conselho Deliberativo e treinador), o “dono do ABC”; o jornalista Araújo, cinco anos depois, funda o “O Diário” (sem o “de Natal” pela aquisição de Assis Chateaubriand, o capo do Condomínio Associado), ao lado de Djalma de Albuquerque Maranhão (depois prefeito nos anos 60), Rivaldo Pinheiro e Aderbal de França, o “Danilo”, o primeiro cronista social natalense; Potiguar Fernandes, um dos fundadores do ABC (1915) e da Liga Norte-rio-grandense de Desportos Terrestres
(27/2/1916), a primeira tentativa de organização do futebol no Estado, e da segunda (14/7/1918), é irmão de um dos fundadores do América.
A versão com a participação potiguar envolve seleções de amadores com organização da Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual CBF, filiada da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associação).
No mesmo ano acontece outra entre profissionais, patrocinada pela Federação Brasileira de Futebol (FBF) com o Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e também a Liga da Marinha, mas não reconhecida oficialmente.
Tempos de cisões, transição e pacificação entre ligas, associações e federações ao gosto do freguês...
FONTES
A Ordem
Tribuna do Norte
Campeões do Futebol
Federação Internacional de Estatísticas de Futebol
Futebol Nacional
História do Futebol
Net Vasco
Projeto V.I.P
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