As primeiras três vitórias sobre os selecionados paraibano, pernambucano e cearense
JOSÉ VANILSON
JULIÃO
Gentil Ferreira |
A delegação com
jogadores e dirigentes (Gentil Ferreira de Souza e Vicente Farache entre eles)
conta com um representante do jornal “A República” (Waldemar
Araújo). Domingo (7) pela primeira vez vence a Paraíba (0 x 3)
no estádio do Cabo Branco, o alvirrubro, uma das forças do
futebol de João Pessoa na época.
A embaixada potiguar retorna no dia seguinte e na passagem por Nova Cruz (parede e meia com a PB) recebe homenagem com fala do poeta Barreto Sobrinho e a entrega de um ramalhete de flores pela senhorita Aniole Pessoa Ramalho.
Vicente Farache |
Na “gare” em Natal
apresentação da banda de música da Polícia Militar
(fundada no Império como Batalhão de Segurança e que se
chamou ainda Força Pública). Com as presenças de autoridades, desportistas,
inclusive o capitão Luís Cândido representando o interventor federal. Discursam o doutor Afonso
Saraiva Júnior e o presidente da Associação de
Atletismo (ARA), Luiz Potiguar de Oliveira Fernandes.
Segue-se longo cortejo, com 12 automóveis,
destino a Vila Cincinato (imediações da atual Praça Pedro
Velho) para os cumprimentos do interventor Mário Câmara, que
profere breves palavras de agradecimento no jardim da residência
oficial.
Passados o nervosismo do jogo inauguram
a saga futebolística prossegue com a primeira vitória também sobre
outro rival nordestino. No Recife. 4 x 2 (domingo, 21/1). Campo da Jaqueira.
Pertencente ao rubro-negro Sport Clube Recife.
O selecionado papa-jerimum permanece na
capital pernambucana para aguardar o Ceará e a essa
altura um grupo de torcedores potiguares se deslocam para assistir à partida,
entre eles o poeta açuense Renato Caldas (1902 – 1991),
famoso pelo livro “Fulô do Mato”, o
ex-jogador americano e médico João Tinoco
Filho e Paulo Teixeira, também outro antigo “player”
alvirrubro.
Vencidos os cearenses pelo mesmo placar
anterior, de virada (primeiro tempo dois a zero) na mesma praça de
esportes, mas numa quarta-feira, 31/1. Novo retorno, mais festa, com a colônia
potiguar no Recife distribuindo “medalhas douradas aos briosos atletas” (LGMB).
O quarto e último jogo
resulta na única derrota. Para os baianos. Domingo, 4 de fevereiro. 5 x 3. Na final
a Bahia zebra contra os paulistas: 2 x 0 (11 de março).
Nas próximas postagens fichas dos jogos que culminam com o inédito e
inesperado terceiro lugar na competição, colocação repetida
na campanha de 26 anos depois, entre 1959/60, com a desclassificação para o
selecionado carioca no Estádio Juvenal Lamartine.
E detalhes sobre os personagens paralelos que aparecem nas homenagens aos vitoriosos jogadores potiguares.
FONTES
A Tarde
Correio da Manhã
Diário de
Pernambuco
Assú na Ponta
da Língua
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