sexta-feira, 21 de julho de 2023

O treinador de Bececê com apelido de anão do cinema

Manoel Conrado no Santa Cruz

José Vanilson Julião

Um negro forte, com um chapéu de massa atolado na cabeça, todo de branco, camisa e calça, passaria desapercebido não fosse a identificação pelo apelido.

Está na postagem anterior, em pé, na fotografia do time do Usina Ceará (ao lado do ônibus da Chevrolet).

Nos anos 40/60 foi jogador e treinador requisitado no Nordeste (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Ceará) e em Belém do Pará.

É o treinador Manoel Conrado do Nascimento (Aracaju, 15/7/1923 - Fortaleza, 23/2/2011), o "Dengoso", falecido aos 93 anos, diz o jornalista cearense Tom Barros.

Campeão estadual pelo Ceará (61/62) e pelo Fortaleza. E vice-campeão pelo Ferroviário (1963).

Antigo centroavante do selecionado alagoano (1944) passou pelo CSA (1945 e 1952), Santa Cruz (1946), Paysandu (1947), Sport (1951), Ceará (1951), Moto e Auto Esporte.

Escritor José Octávio de Arruda Mello

Em 1954 treina o Auto de João Pessoa. No alvirrubro, dizem, não recebia para treinar e ainda abrigava sem pagamento atletas vindos de fora.

Na pensão dele (Rua da Areia), diz o repórter Hilton Gouvêa. Em reportagem de página inteira sobre o lançamento do livro no aniversário de 81 anos da fundação (7/9/1936).

“Na saga do Autinho do Amor – As peripécias do Macaco Altino”: do historiador José Octávio de Arruda Mello, é lançado no Estádio Evandro Lélis (bairro Mangabeira)

Torcedor do Auto e Santos/SP, escreveu a obra em cinco meses (setembro/2016 – janeiro/2017) com pesquisas dos jornalistas Ivan Bezerra e Otinaldo Lourenço

Como treinador do Auto Dengoso perde para o América/RN (1 x 2 – domingo, 28/6/1953) e ainda apita Botafogo 4 x 1 (29) contra o alvirrubro potiguar. No Estádio do Cabo Branco (João Pessoa). Em Natal perde (3 x 1 – sábado, 29/1/1954)

Dengoso pede demissão do Auto em fevereiro de 1955. Justamente no período em que o ponta-esquerda Bececê (ver postagem anterior) estaria no Usina Ceará

É substituído pelo uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres, que acabara de ser demitido do América/RN (história relatada com exclusividade pelo blog).

Fernando Sátiro: primeiro gol no Morumbi

É protagonista sem querer no episódio que culmina com a transferência de Fernando Cordeiro Sátiro (4/6/1937) para o São Paulo, sendo autor do primeiro gol no Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Bairro do Morumbi). 1 x 0 Sporting/Lisboa (2/10/1960).

Ao chamar a atenção do treinador tricolor, Manoel Raymundo Paes de Almeida, em amistoso contra o Ceará (2 x 2 – 16 de janeiro de 1958), pois o meia do Gentilândia fora requisitado pelo Dengoso como reforço para o alvinegro.

História é relatada pelo sobrinho, o paulista José Renato Sátiro Júnior, autor dos almanaques do São Paulo e Fortaleza, fundado pelo tio-avô Alcides Santos.

Do Tricolor (1961) passa pelo XV de Novembro/Piracicaba e Ferroviária/Araraquara (1963/65), Fortaleza (1966) e Uberaba (1967).

Escritor paulista José Renato Sátiro Júnior, sobrinho de Fernando, fez os almanaques dos tricolores


FONTES

A União

Diário da Manhã

Diário de Natal

Diário do Nordeste

Diário de Pernambuco

O Povo

O Liberal

O Norte

O Poti

Almanaque do Ferroviário

Arquivo Coral

Aventuras na História

Blog do FM

Blog do Marcão

Futebol Maranhense Antigo

Globo Esporte/PB

Grandes Clubes Brasileiros – Ceará

Jornal da Grande Natal

Medium

Museu do Esporte

O Gol

Súmulas Tchê

Terceiro Tempo

Wikipedia

Zé Duarte

 

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