Manoel Conrado no Santa Cruz
José Vanilson Julião
Um negro forte, com um
chapéu de massa atolado na cabeça, todo de branco, camisa e calça, passaria
desapercebido não fosse a identificação pelo apelido.
Está na postagem anterior,
em pé, na fotografia do time do Usina Ceará (ao lado do ônibus da Chevrolet).
Nos anos 40/60 foi jogador e
treinador requisitado no Nordeste (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Ceará) e em Belém do Pará.
É o treinador Manoel
Conrado do Nascimento (Aracaju, 15/7/1923 - Fortaleza, 23/2/2011), o
"Dengoso", falecido aos 93 anos, diz o jornalista cearense Tom Barros.
Campeão estadual pelo
Ceará (61/62) e pelo Fortaleza. E vice-campeão pelo Ferroviário (1963).
Antigo centroavante do selecionado
alagoano (1944) passou pelo CSA (1945 e 1952), Santa Cruz (1946), Paysandu
(1947), Sport (1951), Ceará (1951), Moto e Auto Esporte.
Escritor José Octávio de Arruda Mello
Em 1954 treina o Auto de
João Pessoa. No alvirrubro, dizem, não recebia para treinar e ainda abrigava
sem pagamento atletas vindos de fora.
Na pensão dele (Rua da
Areia), diz o repórter Hilton Gouvêa. Em reportagem de página inteira sobre o lançamento
do livro no aniversário de 81 anos da fundação (7/9/1936).
“Na saga do Autinho do
Amor – As peripécias do Macaco Altino”: do historiador José Octávio de Arruda
Mello, é lançado no Estádio Evandro Lélis (bairro Mangabeira)
Torcedor do Auto e
Santos/SP, escreveu a obra em cinco meses (setembro/2016 – janeiro/2017) com
pesquisas dos jornalistas Ivan Bezerra e Otinaldo Lourenço
Como treinador do Auto
Dengoso perde para o América/RN (1 x 2 – domingo, 28/6/1953) e ainda apita
Botafogo 4 x 1 (29) contra o alvirrubro potiguar. No Estádio do Cabo Branco
(João Pessoa). Em Natal perde (3 x 1 – sábado, 29/1/1954)
Dengoso pede demissão do
Auto em fevereiro de 1955. Justamente no período em que o ponta-esquerda Bececê
(ver postagem anterior) estaria no Usina Ceará
É substituído pelo
uruguaio Emiliano Graciano Acosta Torres, que acabara de ser demitido do
América/RN (história relatada com exclusividade pelo blog).
Fernando Sátiro: primeiro gol no Morumbi
É protagonista sem querer
no episódio que culmina com a transferência de Fernando Cordeiro Sátiro (4/6/1937)
para o São Paulo, sendo autor do primeiro gol no Estádio Cícero Pompeu de
Toledo (Bairro do Morumbi). 1 x 0 Sporting/Lisboa (2/10/1960).
Ao chamar a atenção do
treinador tricolor, Manoel Raymundo Paes de Almeida, em amistoso contra o Ceará
(2 x 2 – 16 de janeiro de 1958), pois o meia do Gentilândia fora requisitado
pelo Dengoso como reforço para o alvinegro.
História é relatada pelo
sobrinho, o paulista José Renato Sátiro Júnior, autor dos almanaques do São
Paulo e Fortaleza, fundado pelo tio-avô Alcides Santos.
Do Tricolor (1961) passa pelo XV de Novembro/Piracicaba e Ferroviária/Araraquara (1963/65), Fortaleza (1966) e Uberaba (1967).
Escritor paulista José Renato Sátiro Júnior, sobrinho de Fernando, fez os almanaques dos tricolores |
FONTES
A União
Diário da Manhã
Diário de Natal
Diário do Nordeste
Diário de Pernambuco
O Povo
O Liberal
O Norte
O Poti
Almanaque do Ferroviário
Arquivo Coral
Aventuras na História
Blog do FM
Blog do Marcão
Futebol Maranhense Antigo
Globo Esporte/PB
Grandes Clubes
Brasileiros – Ceará
Jornal da Grande Natal
Medium
Museu do Esporte
O Gol
Súmulas Tchê
Terceiro Tempo
Wikipedia
Zé Duarte
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