Dois atacantes americanos enfrentam o antigo clube no interior baiano
José Vanilson Julião
Adilson Ribeiro da Silva, o "Santa Cruz", é o centroavante do Itabuna/BA em 1971/72
Itabuna 0 x 0 América acontece 21 dias
antes da estreia americana na primeira fase do Campeonato Brasileiro, no
Estádio Castelo Branco (inaugurado no ano anterior), também sem abertura de
contagem contra o Rio Negro de Manaus (sábado, 25/8).
Com mais um amistoso meia boca no meio
contra o Força e Luz, na época também chamado de Cosern, por força do apoio
logístico e financeiro da então companhia de economia mista concessionária dos
serviços elétricos no Rio Grande do Norte.
O lateral Perivaldo é o terceiro em pé depois da miss Itabuna no elenco alvo e azul de 1973
Além da curiosidade do atacante
pernambucano José Walter, o “Tuta”, jogar contra o alvirrubro após sair do
elenco em torno de 1 ano e 8 meses atrás, há o inusitado dos atacantes Adilson
Ribeiro da Silva, o “Santa Cruz”, e Hélcio Batista Xavier protagonizarem o
contrário.
Outro personagem paralelo desta
história é o falecido lateral baiano Perivaldo Lúcio Dantas (Itabuna, 1953 –
Rio de Janeiro, 2017), o “Peri da Pituba”, que saiu do Itabuna para o Botafogo
de Futebol e Regatas e ser convocado para a seleção brasileira.
Santa Cruz e Hélcio, posteriormente,
jogaram no Itabuna (vice-campeão baiano em polêmica decisão), respectivamente
em 1972 e 1969, antes de fazerem sucesso, respectivamente, no América de Natal
e Ceará.
Outra coincidência interessante e singular: começaram a carreira juntos e no mesmo clube: o carioca alvirrubro Bangu. De onde alçaram voo primeiro para o futebol paulista. Interior. O primeiro no Comercial/Ribeirão Preto. O segundo com passagens no Corinthians e Portuguesa de Desportos.
O Santa Cruz havia chegado no começo da temporada por indicação do treinador Maurílio José da Silva, o “Velha”, que ganhou a Taça Cidade de Natal (a terceira edição e a segunda conquista americana na competição), mas foi demitido com o insucesso no Estadual.
Hélcio é contratado para o Nacional e
no final é uma das peças chaves na conquista da Taça Almir Albuquerque –
paralela a competição da Confederação –, instituída pela revista semanal PLACAR
em homenagem ao antigo atacante do Vasco da Gama e Santos assassinado em Copacabana.
Do jogo – excetos os personagens
citados – é importante mencionar a participação de Antônio Gomes da Silva, Canxinguelê,
que esteve nos jogos finais contra o Tricolor da capital em dezembro de 1970, e
que, ao pendurar as chuteiras, passou a usar as mãos como massagista do clube.
Antonio Gomes da Silva, o "Canxiguelê", vice-campeão baiano em 1970, virou massagista do clube
FONTES
Diário de Natal
Placar
Revista do Esporte
Tribuna do Norte
Arquivo do Futebol Brasileiro
BANGU.NET
Blog do Marcão
Charles Henri
Giro em Piau
História do Futebol
Memória do Futebol
O Gol
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