José Vanilson Julião
Governador Alberto Maranhão
O
perspicaz, bom de memória
e fisionomista redator de “A
República”, provavelmente sem anotar nada a bico de pena, registra
e desfila na folha a nata da sociedade de então no casamento da filha do senador Pedro Velho de
Albuquerque Maranhão,
Sophia Eugênia,
com o deputado federal Augusto Tavares de Lira.
Personagens
que podem ser relacionados na história da política norte-rio-grandense, em atividades particulares e
profissionais específicas,
como militares, magistrados e comerciantes, no decorrer das quatro últimas décadas
do século
XIX e as três
primeiras do século
XX, compreendendo um período
de 70 anos.
Além dos já
citados nas duas últimas
reportagens com papéis
específicos
no consórcio
matrimonial –
Alberto Maranhão
(governador), Ferreira Chaves (senador), Meira e Sá (desembargador), Luís Fernandes (juiz de Direito) e João Lyra (pai do noivo) – são
relacionados em torno de uma centena e meia de convidados ao baile.
Entre
os principais e mais conhecidos, alguns são patronos de ruas em diferentes bairros da cidade. Casos
de Afonso Magalhães
(Petrópolis),
Desembargador Ferreira Chaves
Joaquim Manoel (idem), Teófilo
Brandão
(idem), Teotônio
Freire (Ribeira) e Tomás
Landim, em Igapó
(do outro lado do Rio Potengi), na Zona Norte da capital.
Também entre os convivas três dos quatro estrangeiros, naturalizados ou não, que assassinaram a ata da proclamação da República:
o italiano Ângelo
Roseli, o dinamarquês
(ou norueguês)
Felipe Leinhardt e o austríaco
(Iugoslavo segundo fonte diversa) Nicolau Bigois (os dois últimos sócios
da empresa do encanamento).
O
quarto assinante da ata da implantação do regime republicano, o cônsul americano e depois holandês, nome de rua em São José
do Mipibu (grafada errada), Lyle Nelson, não aparece na relação.
Uma
novidade. A ser explicada. Aparece um quinto estrangeiro, o engenheiro inglês Samuel Hewett Agnew, vindo da Paraíba, cuja história nordestina, dentro do possível, conta-se adiante.
A
maioria deles comparece acompanhados das esposas, filhas e irmãs. A minoria sem acompanhamento do sexo feminino. Como o Leinhardt.
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