José Vanilson Julião
Jornalista Manoel Dantas
É quase certo de que a excelente reportagem da cobertura,
com todos os detalhes, do casamento da filha do senador Pedro Velho de
Albuquerque Maranhão,
Sophia Eugênia
com o deputado federal Augusto Tavares, tenha sido escrita por um dos dois
redatores que aparecem no expediente do jornal “A República”, mas o difícil mesmo é escolher a autoria.
Além dos cargos de chefia no impresso, já uma “folha
diária
da tarde” e
não
mais semanal como no início
(os três
primeiros anos), e o envolvimento com cargos públicos e os políticos da época
como homens de confiança,
de intimidades e aliados do fundador do regime republicano no Rio Grande do
Norte.
Eles
estão
entre os convivas e no “corpo
redacional” como
redator-chefe o bacharel em Direito Manoel Gomes de Medeiros Dantas (Caicó, 1867 –
Natal, 1924) e redator o também advogado Antônio José
de Melo e Souza Filho (Nísia
Floresta, 1867 –
Recife, 1955).
Jornalista Antônio de Souza
O
primeiro ficou bem mais famoso para a história como autor de fotografias de pessoas, cenários e logradouros públicos como amante da fotografia. Como também por ser o autor de uma conferência, em 1909, bastante conhecida: “Natal a 50 anos...”
Dantas
foi advogado, jornalista, promotor de Justiça, procurador do Estado, deputado estadual, prefeito da
capital (intendente), juiz federal, sendo patrono-fundador (cadeira 26) da
Academia Norte-rio-grandense de Letras.
Souza
foi diretor geral da Instrução
Pública,
procurador da República,
secretário
de governo, procurador geral/RN, deputado estadual senador e veio a ser
governador em duas oportunidades (alternadamente). E escritor de renome com o
pseudônimo
Polycarpo Feitosa.
É autor de romances: “Sertaneja”
(1899), “Flor
do Sertão” (1928), “Gizinha” (1930), “Alma
Bravia”
(1934), “Encontros
do Caminho”
(1936), “Os
Moluscos”
(1938), “Jornal
de vila”
(1939), “Gente
Arrancada”
(1941) e “Dois
Recifes” (‘945).
O
chefe das oficinas tipográficas
de “A República”,
José
Pinto, também
comparece a festa do casamento. Mas é descartado como autor. Apesar de também ser metido a publicar notas no jornal de Pedro Velho,
sob o pseudônimo
“Lulú”.
FONTES/IMAGENS
A
República
Assembleia
Legislativa/RN
Fatos
e Fotos de Natal Antiga
Fundação José Augusto
Gazeta
de Natal
Jornal
Zona Sul
Mensagem
Espírita
Papo
Cultura
Silveira
Dias Advogados
Universidade
Federal/PE
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