terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Começa fama do radialista Ubiratan Camilo de Souza

Manoel de Medeiros Brito

De presidiário ao mais destemido repórter policial da cidade

José Vanilson Julião

O árbitro Ubiratan Camilo de Souza é um dos auxiliares no jogo CRB 0 x 3 América/RN no Rei Pelé (domingo, 11/11/1973), pelo Campeonato Nacional.

Três dias depois, na quarta-feira (14), mata com um tiro de revólver o funcionário do Instituto Brasileiro do Café (IBC) Ivan do Rego Monteiro, de 52 anos, no bairro San Martin.

No “Diário de Natal” (quarta-feira, 21/11/1973) o “Cartão Amarelo” do jornalista Everaldo Lopes Cardoso noticia na seção "Pente Fino":

- O jovem, por motivo fútil, assassinou um comerciante. A causa do crime: um cheque de 24 cruzeiros que lhe fora cobrar a vítima, por uma despesa numa churrascaria.

Em 10/10/1974 é condenado a 14 anos de prisão. Depois de cumprir parte da pena no "Aníbal Bruno", no Recife, é transferido para Natal.

Coronel Pinheiro Veiga

Na capital potiguar ainda chega a ser bandeirinha em jogo do campeonato estadual: América 1 x 2 Alecrim (domingo, 5/8/1979). Auxiliar de José Sampaio de Barros Neto.

Em janeiro do ano seguinte continua nas páginas dos jornais. Só que muda de endereço: da esportiva para a policial: no jornal Associado em Natal (terça-feira 29).

É o repórter do diário matutino "Tribuna do Norte" que denuncia maus tratos na Penitenciária Central João Chaves.

Onde tem de comparecer de oito em oito dias, para dormir, como detento do regime semiaberto.

Na ocasião manda o repórter fotográfico Anderson Lino acionar o “flash” ao encontrar o presidiário “Pinote” amarrado a um mastro da bandeira.

O caso ganhou repercussão pelo furo de reportagem. Ocasionando apuração da responsabilidade do diretor do presídio, coronel Virgílio Tavares.

Por determinação dos secretários de Interior e Justiça, Manoel de Medeiros Brito, e de Segurança Pública, coronel João José Pinheiro Veiga.

Coronel PM Virgíilo Tavares

Este fuzuê é depois do governo de Tarcísio de Vasconcelos Maia, no poder indiretamente indicado pelo regime militar.

Em março de 1979 assume o médico Lavoisier Maia Sobrinho, a quem Ubiratan pede emprego ao subir a escada do Palácio Potengi (Cidade Alta) sem conhecer ninguém.

E vai para o jornal “A República” para ser subordinado ao editor Givaldo Batista, o “Gigi da Mangueira”.

Somente extinto em 1987 na gestão do ex-vice-governador de Tarcísio, Geraldo José Ferreira de Melo.

Em setembro de 1985 o colunista Valdyr Espínola Monterrey, no "Bola Cheia", anuncia a ida dele para a Rádio Difusora (Maceió/AL), mas é um blefe.

Ele só muda de estação em outubro de 1987. Vai para a Rádio Tropical (antiga Trairi), que só depois virou CBN (Central Brasileira de Notícias)...

 

FONTES

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Tribuna do Norte

Cerro Corá News

 

 

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