Manoel de Medeiros Brito |
De presidiário ao mais destemido repórter policial da cidade
José Vanilson
Julião
O árbitro
Ubiratan Camilo de Souza é um dos auxiliares no jogo CRB 0 x 3 América/RN no
Rei Pelé (domingo, 11/11/1973), pelo Campeonato Nacional.
Três dias
depois, na quarta-feira (14), mata com um tiro de revólver o funcionário do
Instituto Brasileiro do Café (IBC) Ivan do Rego Monteiro, de 52 anos, no bairro
San Martin.
No “Diário de
Natal” (quarta-feira, 21/11/1973) o “Cartão Amarelo” do jornalista Everaldo
Lopes Cardoso noticia na seção "Pente Fino":
- O jovem, por
motivo fútil, assassinou um comerciante. A causa do crime: um cheque de 24
cruzeiros que lhe fora cobrar a vítima, por uma despesa numa churrascaria.
Em 10/10/1974 é
condenado a 14 anos de prisão. Depois de cumprir parte da pena no "Aníbal Bruno", no Recife, é
transferido para Natal.
Coronel Pinheiro Veiga |
Na capital potiguar ainda chega a ser bandeirinha em jogo do campeonato estadual: América 1 x 2 Alecrim (domingo, 5/8/1979). Auxiliar de José Sampaio de Barros Neto.
Em janeiro do
ano seguinte continua nas páginas dos jornais. Só que muda de endereço: da
esportiva para a policial: no jornal Associado em Natal (terça-feira 29).
É o repórter do
diário matutino "Tribuna do Norte" que denuncia maus tratos na
Penitenciária Central João Chaves.
Onde tem de
comparecer de oito em oito dias, para dormir, como detento do regime semiaberto.
Na ocasião manda
o repórter fotográfico Anderson Lino acionar o “flash” ao encontrar o
presidiário “Pinote” amarrado a um mastro da bandeira.
O caso ganhou
repercussão pelo furo de reportagem. Ocasionando apuração da responsabilidade
do diretor do presídio, coronel Virgílio Tavares.
Por determinação
dos secretários de Interior e Justiça, Manoel de Medeiros Brito, e de Segurança
Pública, coronel João José Pinheiro Veiga.
Coronel PM Virgíilo Tavares |
Este fuzuê é depois do governo de Tarcísio de Vasconcelos Maia, no poder indiretamente indicado pelo regime militar.
Em março de 1979 assume
o médico Lavoisier Maia Sobrinho, a quem Ubiratan pede emprego ao subir a
escada do Palácio Potengi (Cidade Alta) sem conhecer ninguém.
E vai para o jornal “A República” para ser subordinado ao editor Givaldo Batista, o “Gigi da Mangueira”.
Somente extinto em 1987 na gestão do ex-vice-governador de Tarcísio, Geraldo José Ferreira de Melo.
Em setembro de
1985 o colunista Valdyr Espínola Monterrey, no "Bola Cheia", anuncia
a ida dele para a Rádio Difusora (Maceió/AL), mas é um blefe.
Ele só muda de
estação em outubro de 1987. Vai para a Rádio Tropical (antiga Trairi), que só
depois virou CBN (Central Brasileira de Notícias)...
FONTES
Diário de Natal
Diário de
Pernambuco
Tribuna do Norte
Cerro Corá News
Nenhum comentário:
Postar um comentário