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quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Colunista envolvido em hilária ocorrência como treinador


Coluna do "Batatinha"

Ricardo Nelson Lima da Fonseca

Doublé de professor, preparador físico, técnico e comentarista

Após boa campanha em 1995 no time dos Vigilantes de Natal (Emserv), do deputado estadual Rui Barbosa da Costa (ex-presidente do ABC), no ano seguinte, levado por um amigo do esporte, Luiz Carlos, fiz acerto com Ranilson Cristino da Silva para dirigir o Força e Luz para o ano de 1996.
Acordei treinar as categorias sub-20 e profissionais, algo inédito no futebol do Rio Grande do Norte, pelo meu conhecimento à época.
Ranilson Cristino da Silva/Foto: "No Ataque"

Para deixar o time pronto para o estadual o patrono Ranilson marcou jogo amistoso contra a Pauferrense, em Pau dos Ferros, lá para bandas da Tromba do Elefante. Longe...!
Quando nos hospedamos ouvimos um carro com alto falante anunciar o jogo, convidando à população, ir ao Estádio 9 de Janeiro.
Lá pelo estertor do segundo tempo, com o placar em 3 x 2 para a Pauferrense, uma batalha campal aconteceu, pelo fato do zagueiro do time local ter cometido jogada violenta ao goleiro Berg, do time elétrico.
Preocupante com a situação conflituosa envolvendo todos participantes, resolvi adentrar o campo de jogo, visando serenar os ânimos.
Sem explicação recebi um impacto por trás na altura do pescoço, em rápido movimento de giro, me deparei com uma cena inusitada: o massagista dos locais, um anão, foi quem me agrediu!
Pensei comigo: "Com esse aí, eu posso! Sentei uma bolacha no anão! Pluff! Foi anão para todos os lados...
Neste interim, revoltados por minha ação, os torcedores de lá, que, confesso, serem deveras brabos, resolveram em massa nos pegar dentro campo.
Neste instante incito todos da nossa delegação correrem aos vestiários próximos do ocorrido.
A polícia, já avisada e reforçada, tentava serenar a revolta da "hincha".
Dentro do vestiário, do lado de fora, preocupado com a integridade física dos meus jogadores, ouvia um grito em coro que, com a seguinte frase repetida: "Pega o caçula! E, mata o caçua!
Repetidas vezes com insistência.
Fui em direção da porta para contornar a situação, olhando para o meu zagueiro Nita das Roças, disse-lhe:
"Avisa para este caçula que vão matá-lo!
Ele, me olhou e setenciou: - Professor! O caçula que eles dizem é o senhor!
Sempre é bom e aconselhável saber termos do local onde se vive, pois, ia morrer de graça!

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