domingo, 24 de março de 2024

O "Mister Magoo" da "Tribuna do Norte" (II)


JOSÉ VANILSON JULIÃO

Não sei como é hoje.

Para se chegar à redação do diário fundado por Aluízio Alves o sujeito primeiro se apresentava na portaria a recepcionista Núbia para informar o que desejava fazer nos andares de cima.

Com a autorização. ela, do balcão de mármore, apontava a porta logo a direita após a escadaria de entrada. Do lado oposto era o pequeno cubículo da central telefônica, que ligava a cidade a redação.

O visitante então partia para subir uma escada em caracol. No primeiro andar ficava as salas da burocracia e da diretoria. Em seguida se descia, não se subia, um pequeno lance de escada a direita.

Daí o novato já se encontrava no andar da redação, da sala refúgio do colunista Woden Coutinho Madruga, uma outra sala do pessoal administrativo, e o arquivo de José Mussolini Fernandes.

Todos estes setores eram interligados por um amplo salão anterior a redação. Onde Mussolini, aparecia para saber das novidades e atender os pedidos de fotos para o fechamento das páginas das respectivas editorias.

Me chamou a atenção, repito, o cigarro sempre apoiado no canto dos lábios, ou entre os dedos, com a calça frouxa e esvoaçante, camisa de manga curta ensacada, roupas seguras por um costumeiro cinturão fino marrom ou preto.

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