quinta-feira, 20 de junho de 2024

O zagueiro que saiu do ABC para o Madureira (IX)

Porfírio da Paz, em idade avançada

Enquanto a bola não rola o presidente eleito da Federação faz política e consegue beneficiamentos

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O resto do ano o capitão José Porfírio da Paz (Araxá, 24/1/1903 – São Paulo, 27/11/1983) continua participando de atividades inerentes como militar, em solenidades religiosas e até é eleito para um cargo mais honorífico na direção do alvinegro Centro Náutico Potengi (CNP), o rival do remo do rubro-negro Sport Club Natal (SCN).

No futebol ao que parece, com a condução dele para presidente da instituição esportiva, os bons ventos sopram para as bandas da FND. Pois entra 1943 com uma subvenção auxiliar (cinco mil cruzeiros) do governo estadual destinados a melhorias no Estádio Juvenal Lamartine.

Na realidade a posse – não sei por qual cargas de água foi noticiada antes pela imprensa até com a presença de personalidades do esporte – acontece na quarta-feira (13 de janeiro) na sede da Cruz Vermelha, na Avenida Rio Branco, no bairro da Cidade Alta (Centro), prédio localizado vizinho ao cinema Rex (sentido Ribeira).

Rafael Fernandes

A solenidade foi conduzida pelo presidente do Conselho Regional de Desportos (CRD), José Gurgel do Amaral Valente, quando discursam o dirigente do ABC, Vicente Farache Neto, e o conduzido. São efetivados Paulo Barros de Góis (secretário) e Epitácio Fernandes de Oliveira (tesoureiro) e como diretor técnico Aparício Martins Cavalheiro.

Dia seguinte Porfírio e companheiros de diretoria visitam o interventor federal no Estado (1937/43), o médico Rafael Fernandes Gurjão (Pau dos Ferros/RN, 1891 – Rio de Janeiro, 1952) – assessorado pelo secretário-geral Aldo Fernandes Raposo de Melo.

Na mesma notícia sobre a cordialidade o jornal católico informa que o prefeito Mário Eugenio Lira (Macaíba, 1892 – Natal, 1965) promete melhorias no gramado, na arquibancada e calçar a paralelepípedo a área do portão de entrada.

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