Manoel Francisco dos Santos: confundido com cavalo de corrida "Gualicho" |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Potiguar: Dequinha é corruptela de José |
Em duas páginas: “GUERRA CONTRA OS APELIDOS NO FUTEBOL” (153 – 19/2/1962). É a reportagem da “Revista do Esporte” realizada anos depois da campanha engendrada pelo locutor Pedro Luiz e encampada, sem qualquer sucesso, pelo jornal paulistano “A Gazeta Esportiva”.
- Embora muitos desconheçam há uma antiga resolução do Conselho
Nacional dos Desportos proibindo os apelidos dos jogadores. Entretanto, como as
alcunhas não constam oficialmente das súmulas, nas quais assinam o nome
próprio, a observância nunca foi levada a sério.
Agora, porém, a crônica esportiva da capital paraense
resolveu fazer uma campanha contra os apelidos, lembrando que a proibição do
órgão máximo do esporte brasileiro ainda se encontra em pleno vigor.
Para provar que têm razão em mover uma guerra contra as
alcunhas os jornalistas paraenses formaram um escrete dos “bichos” que
proliferam no futebol do seu estado e outros de apelidos realmente esquisitos:
“Carangueijo, Cobra, Macaco, Curió, Socó, Peruzinho,
Morcegão, Coruja, Piranha, Paturi, Borrrachão (peixes, répteis, mamíferos e pássaros),
Vassoura, Gigandando (sic), Fogão, Cabo Valdemar, Cavalo do Major, Espírito
Seboso, Tô com Medo, Vela Branca, Carrão de Sena, Língua de Pau e Chupa Gelo!”
Para o Norte não ficar por baixo a revista relaciona, com
fotografias, os apelidos do Sudeste, bem menos espalhafatosos: Jaburu, Delém, Luís
Morais (Cabeção), Onofre de Souza (Sabará), Yustrich (até o ex-jogador e
treinador entra), Coutinho, Dequinha (o potiguar José Mendonça dos Santos), Manoel
Francisco dos Santos (Garrincha) e Oreco.
E relaciona nomes com as alcunhas: José Lázaro Robles
(Pinga), Augusto Vieira de Oliveira (Tite), Francisco Ferreira Aguiar
(Formiga), José Eli de Miranda (Zito), Agenor Epifânio (Pitico), Marcos Cortez
(Pavão), Edson Arantes do Nascimento (Pelé!) e Valdir Cardoso Lebrego
(Quarentinha).
“E por aí afora, já que seria um não acabar se fossemos desfilar os apelidos que marcam a grande maioria dos craques brasileiros”, finaliza a revista.
Luís Morais ("Cabeção"): reserva quase eterno de Gilmar no time "mosqueteiro" |
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