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O atacante "Carestia" (primeiro agachado), filho de "seu" Mota, se aventurou no futebol paraibano |
“Charanga do Mota: com o Potiguar, onde ele estiver” (TERCEIRA PARTE)
Rogério Bastos Cadengue
Diário de Natal (segunda-feira,
7/6/1976)
Segunda-feira, muitos comentários sobre o jogo que o Potiguar perdeu. Para
Mota o início de nova luta, luta pela vida de um cidadão que não é rico, luta
pela sobrevivência de uma grande paixão, a de torcer e chefiar a galera da mais
tradicional torcida de Mossoró.
Enquanto vende sua carne, Mota deve recordar os bons e maus momentos passados
lutando pela defesa de suas cores.
Quem encontra aquela figura de cabelos brancos totalmente revoltos, vestido
em um macacão tão branco quanto os seus cabelos e conduzindo ora um reco-reco,
ora uma bandeira de seu clube, dificilmente vai conhecer e identificar o mesmo
marchante tranquilo e churrasqueiro famoso Antônio Mota da Silva.
Para aqueles que o encontram nestas roupas, gritando, vibrando e
conclamando a torcida do Potiguar, ele é simplesmente o Mota, organizador de
uma charanga e desde muito tempo conhecido como “chefe da torcida” da
Associação Cultural e Desportiva Potiguar.
Antônio Mota da Silva tem 64 anos. Destes, mais da metade dedicada ao time
que escolheu para torcer. Nestes quase 40 anos como torcedor/símbolo, teve
muitas alegrias e também várias tristezas.
Com alegria viu os títulos conquistados pelo Potiguar, o seu crescimento e
a sua participação no Campeonato Estadual do Rio Grande do Norte, sempre com
uma participação destacada.
Com alegria ainda assistiu por muito tempo o seu filho Carestia (negrito
do blog) ser saudado como o grande ídolo
No entanto, mais tarde este mesmo filho que havia sido motivo de uma das grandes alegrias, transformou-se no fator que determinou o seu afastamento
da torcida e dos campos, passando dois anos sem assistir jogos do Potiguar... (continua: “HOMEM COMUM”)
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