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O clube náutico de Armando Barros de Góis, também jogador amador do "River Plate" |
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O leitor pode achar esquisito (e com toda razão)
o detalhe de que o “Cruzmaltino” e o “River Plate” vão disputar na tarde da segunda-feira (1 de maio de 1939), uma taça "Ditadores”, oferta dos “senhores” Vicente Farache
Neto e Lauro Veiga.
O time da camisa preta com o escudo da Cruz de Malta
forma com os seguintes jogadores: Wallace, Nené, Aldo, Duda, Teixeira, Ebenezer,
Ferreira, Cabral, Ademar, Fernandes e Geraldo.
O time da faixa diagonal semelhante ao homônimo argentino
é previamente escalado: Chico, Oliveira, Murilo, Valdemar, Hermes, Garibaldi,
Armandinho, Geraldo, Alberto, Rivadavia e Bening.
Assim, de memória, entre os “players” da segunda
esquadra, o repórter aponta Francisco Lamas (o futuro primeiro narrador esportivo
e irmão do fundador da Rádio Educadora de Natal – REN – Carlos B. Lamas).
Mais Valdemar Matias de Araújo (um dos quatro
fundadores de “O Diário” dali a alguns meses), Hermes Marques de Amorim
(atacante do ABC campeão pelo Torre do Recife nos anos 20).
Além do remador Armando Barros de Goés, do alvinegro
Centro Náutico Potengi, rival do rubro-negro Sport Club de Natal, com sedes
separadas por menos de dez metros na Rua Chile (Ribeira).
E ainda o futuro economista Alberto Galvão de
Moura, conselheiro do Sport Clube Recife nos anos 50, e Rivadavia, filho do
coronel Tavares Guerreiro, que apontou a pista de pouso de Parnamirim para os pioneiros
da aviação.
Alguns destes jogaram pelo América de Natal (como
Ebenezer). Ou pelo Sport Clube de Natal, o do remo, de onde foram dissidentes
para fundação do segundo clube Santa Cruz, casos de Alberto Moura e Rivadavia
Tavares Guerreiro.