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quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Jornalista paulista foi ‘colega’ de faculdade de Henrique

Durante o programa “Os Pingos no Is”, da Rádio Jovem Pan, o jornalista Augusto Nunes revelou que chegou a frequentar a mesma sala na Faculdade de Direito, no Rio, ao lado do ex-deputado federal e ex-ministro Henrique Eduardo de Lira Alves.

A revelação aconteceu no final da tarde/começo da noite desta quarta-feira, na esteira da notícia sobre mais uma denúncia do Ministério Público Federal em desfavor do ex-parlamentar potiguar. Segundo o jornalista, Henrique era caladão, porém se manifestava nos rachões de futebol.

Nunes cita outro aluno filho de um político mineiro, que depois foi eleito deputado federal.

O jornalista foi contemporâneo deles em 1968 e comete uma inadvertida mentira, ao afirmar que, na ocasião, Henrique se preparava para substituir o pai, o ex-governador e então deputado federal Aluizio Alves.


Henrique realmente segue carreira política. Porém somente aconteceu mais prematuramente devido a cassação dos direitos políticos do pai no ano seguinte.

domingo, 12 de novembro de 2017

O diferencial da tecnologia japonesa e o uivo tupiniquim

Sem entrar diretamente na complexa questão da invasão de supostos trabalhadores campônios ligados ao Movimento dos Sem-Terra a uma propriedade privada, uma fazenda pertencente a uma família de japoneses, nestes dias de novembro, o que mais me chamou a atenção mesmo foram os uivos selvagens e fanáticos da turma de mascarados.
Depois o que me veio à mente foi o diferencial para a cultura nipônica e a tecnologia das fábricas do país do sol nascente. Todas multinacionais com filiais nos cinco continentes, inclusive na América do Sul, precisamente em território tupiniquim, onde se encontra uma das maiores concentração de descendentes da nação do imperador Akihito, ao lado do Peru.
Enquanto os desordeiros invadem uma fazenda produtiva, na cidade de Correntina, no oeste da Bahia, os japoneses – sem terem inventado o automóvel, a motocicleta, o televisor, a máquina fotográfica e relógio – tem as maiores e mais respeitadas marcas destas áreas industriais.
Vejamos: autos (Toyota, Honda, Daihatsu, Nissan, Suzuki, Mazda, Mitsubishi, Subaru, Isuzu, Kawasaki, Yamaha e Mitsuoka); motos (Yamaha, Kawasaki, Honda e Suzuki) e eletrônicos (Pentax, Nikon, Canon, Sony, Casio, Citizen, Fujifilm, Hitachi, NEC, Nitendo, Olympus, Panasonic, Pioneer, Ricoh, Seiko, Sharp, TDK e Toshiba.

A Fazenda Iragashi cultiva batatas, cenouras, feijão, tomate, cebola, soja, entre outros. O crime aconteceu na quinta-feira (2). Cerca de mil pessoas participaram da depredação. Parte dos invasores se concentrou na entrada da cidade para novos “protestos”. O caos só teve fim após a Polícia Militar garantir que ninguém seria preso. Para os proprietários, só resta o prejuízo absurdo.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Uma homenagem póstuma para Zé Maia

Não pude ir ao velório e sepultamento do amigo José Maia, falecido esta semana, em decorrência de seqüelas de acidente vascular cerebral, o AVC.
Como testemunha ocular do empenho dele pelo esporte amador, principal o futebol, a partir de meados dos anos 90, com total apoio do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Natal, o torcedor do Fluminense e abecedista Edmilson Lima.
Zé, torcedor americano e botafoguense, foi o principal articulador para o aproveitamento de uma área, entre os conjuntos Pirangi e Jiqui, na Zona Sul da capital potiguar, transformada em um pequeno estádio de futebol, dotado de vestiários, gramado e iluminação.
O equipamento esportivo passou a ser local de encontro de futebolistas amadores e antigos jogadores aposentados. Em homenagem transcrevo reportagem do Diário de Natal sobre uma audiência pública no Poder Legislativo municipal, publicada na edição de 30 de março de 2010.

“A destinação do campo foi tema de audiência pública desta quarta-feira (3), por iniciativa do vereador Júlio Protásio (PSB). A área não possui regulamentação, servindo para a prática de esporte na comunidade e as atividades de um centro comercial.
O ministério público impetrou uma ação questionando o uso da área pública em benefício de particulares. Segundo o presidente do Centro Esportivo do Jiqui, José Maia, não houve sequer uma visita do órgão ao local.
“O Centro serve a comunidade não só do Jiqui, mas a toda Natal. Não temos como manter o campo sem a verba já que a Prefeitura não tem gastos com o esporte na comunidade”, pontua.
Outro questionamento do Ministério Público seria sobre a cobrança de taxas à comunidade que estaria limitando a participação da comunidade mais carente. “Se chegar alguém alegando que não tem como pagar a taxa, que serve unicamente para a manutenção do campo, não deixa de jogar. Cuidamos do campo, sem deixar falta a estrutura necessária para o esporte na comunidade. Essa é uma função social que não pode acabar no bairro”, declara José Maia.
O representante dos comerciantes, Glênio Chagas Queiroz, lembrou o papel social do centro ao evitar que o bairro abrigasse uma favela no local. “O que existia antes era um abandono total e uma invasão de posseiros que poderia causar um impacto negativo na comunidade do Jiqui com problemas inerentes a esse tipo de ocupação”, justifica.
Segundo ele, o objetivo maior da construção do centro é a valorização do esporte. “O Jiqui sempre foi destaque na prática esportiva, craques renomados passaram por este centro. Com muito sacrifício levantamos aquela área construída. Comerciantes dedicaram toda uma vida ao comércio, pagam IPTU, possuem alvará e não acho justo chegar ao ponto de acabar uma área importante para a comunidade”, alega.
Segundo o secretário adjunto da secretaria municipal de Esporte e Lazer, Robson Coelho, não é intenção requerer a área, mas de regularizar junto ao Ministério Público a situação. “Temos em Natal 19 campos e 19 quadras. É inegável que a Prefeitura não tem como arcar com a manutenção de todas essas instalações. A minha sugestão é que seja feita uma minuta de cessão de usos para que os centros esportivos não só de Jiqui, mas também de todos os outros bairros que enfrentam ação semelhante, possam continuar a prática do esporte. O Ministério Público achou excelente a idéia, desde que uma série de critérios de funcionamento sejam fixadas”.
As regras deveriam cumprir com algumas diretrizes, como abrir gratuitamente em determinados dias da semana para a comunidade. O vereador Júlio Protásio, acredita que deve haver uma reunião entre o Ministério Público, comerciantes, comunidade para que haja um acordo para solucionar o impasse. Para o uso do centro comercial, vamos viabilizar uma minuta de lei autorizando a área pública para o uso comercial. “Vamos lutar em prol da regularização da área, garantindo a prática do esporte na comunidade do Jiqui”, ressalta.

O vereador Chagas Catarino apresentou sensibilidade à causa, como apreciador e esportista de futebol. Os vereadores Hermano Morais (PMDB) e Júlia Arruda (PSB) justificaram ausência. O Ministério Público justificou sua ausência na audiência, tendo em vista outros compromissos."