José Vanilson Julião
Sem medo de errar.
Desde que frequento rede social nunca vi tamanha repercussão pela passagem
terrena de uma personalidade em qualquer área da atividade humana. Como a morte
do ex-jogador de futebol Alberi José Ferreira de Matos.
Até cometo o
sacrilégio e arrisco dizer que nem mesmo o falecimento do lateral-esquerdo
Francisco das Chagas Marinho, ocorrida antes da Copa do Mundo de 2014,
guardadas as devidas proporções, pela maior fama deste no cenário futebolístico
nacional, teve tanta comoção.
Enquanto a
morte de Marinho Chagas meio que apanhou de surpresa seus fãs e admiradores,
por ele se encontrar em um evento em João Pessoa, o estado de saúde de Alberi vinha
sendo acompanhada desde agosto com os internamentos para tratamento,
principalmente, do diabetes.
Pelo que vi
na internet um dos primeiros a noticiar o passamento do “Negrão” foi o blog do
polêmico jornalista Gustavo Negreiros (23h18) e logo em seguida o portal G1, o
site do diário vespertino “Tribuna do Norte”, de Mossoró Carlos Santos, e
outros.
Acionados
pela curiosidade em verificar o que cada um informava sobre a longa carreira do
pernambucano que fez história no futebol norte-rio-grandense entre o final dos
anos 60 e meados da década de 80.
Todos, com
detalhes a mais ou a menos, números, estatísticas e depoimentos de ex-colegas
de profissão, companheiros nos clubes, dirigentes, comentaristas e até torcedores
deram a opinião consagradora de um craque diferenciado. Apesar da restrição
local e a deferência de uma meia dúzia de blogs, como o “Terceiro Tempo”.
Para
autenticar e legitimar o que todos pensam do Alberi como um grande futebolista
fui buscar na rede mundial de computadores um depoimento com distanciamento no
tempo e desvinculado do vínculo emocional do momento. Que, acredito, poucos
potiguares tomaram conhecimento.
O conceituado
blog do pesquisador gaúcho de Viamão, J. B. Lopes (“A História do Futebol
Brasileiro – Súmulas Tchê”) transcreve uma longa entrevista do ex-jogador
potiguar com carreira em outros estados, Gilson Lustosa de Lira (Natal – 7/3/1948
– Rondonópolis, 24/7/2017), bicampeão pelo ABC (1970/71).
Gilson Lira,
a quem é atribuído sem um levantamento oficial a contagem de pelo menos 600
gols (é o maior artilheiro do Rondonópolis, 199, e o maior do Mato Grosso, 285,
na frente de Bife, 274), começou a carreira no Rio de Janeiro (bases do
Fluminense e Bangu) e passou pelo Grêmio Maringá (68), Náutico (69), Grêmio
Anapolina (1971), Galícia (1972), Operário/MT (1973/74), Comercial/MS (76/77),
Friburgo e União Rondonópolis.
Em meio as
perguntas de praxe do meio esportivo, familiar, amizades, o entrevistador
pergunta quais os melhores jogadores com quem jogou citou três: Alberi, Ruiter
e Bife. “Eram craques e me deixaram inúmeras vezes na cara do gol...”
José da Silva
Oliveira, o “Bife” (28/9/1948 – 16/2/2007), fez carreira no Operário, Mixto, Nacional,
São Bento, Porto e Belenenses, os últimos portugueses. O goiano Jorge de
Carvalho, o “Ruiter” (não confundir com o pernambucano com o mesmo apelido que
fez fama no Confiança e Santa Cruz), fez carreira no Centro-Oeste.
FONTES
Futebol do
Interior
Olho no
Esporte
O GOL
Portal Mato
Grosso
Súmulas Tchê
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