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quarta-feira, 4 de junho de 2025

O atleta com detalhe da faixa da corrida (III)

América/RJ (campeão do Torneio Extra/1952): Edson, Osni do Amparo, Didi, Miguel, Hélio, Godofredo, Guilherme, Valeriano (participante da primeira eliminatória da corrida de "São Silvestre" no Rio Grande do Norte em 1948), Dimas, Ari e Romeiro

Dia de domingo cheio de atrações para o público antecipa principal clássico do futebol natalense

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A data marcada para a competição de Atletismo – uma novidade para a ocasião – coincide com uma manhã e à tarde preenchidas para o esporte em geral.

O domingo (12 de dezembro de 1948) prévia três atividades esportivas: uma regata entre os dois tradicionais clubes de remo da cidade (a tarde);

e o maior clássico futebolístico da urbe: entre o alvinegro ABC e o alvirrubro América (na decisão vespertina do segundo turno do campeonato oficial).

Para não acontecer conflitos de interesses, sobrecarregar o público, principalmente os torcedores dos clubes, a solução foi antecipar o futebol para o sábado (11).

Permanecendo para a vesperal dominical apenas a preliminar de aspirantes entre o Clube Atlético Potiguar e o Santa Cruz ("Esporte e Cultura" dos anos 60).

Assim o natalense poderia ainda ter as opções de prestigiar separadamente: a corrida pela manhã e no final da tarde a Regatas no estuário do Rio Potengi.

São inscritos: Euclides (avulso), Gonzaga e "Pixe" (ABC). Pelo América: Paulo Dieb. "Cuíca" ainda era do rubro-negro Atlético.

O mossoroense Valeriano jogou pelo Potiguar (Parnamirim), ABC e América, antes de se transferir para outros clubes americanos: o alviverde pernambucano e o carioca.

 

COMPETIDORES

Alcivan Vanderlei de Miranda

Clóvis Gomes da Costa

Euclides Linhares de Melo

Francisco Canindé de Brito (Pixe)

Francisco Valeriano de Almeida

Geraldo Manoel do Nascimento

Geraldo Moreira de Aguiar

João Francisco do Nascimento

José Morais Mamede (Cuíca)

Luiz Gonzaga de Araújo

Paulo Abraão Dieb

Paulo Batista de Souza

 

 

terça-feira, 3 de junho de 2025

O atleta com detalhe da faixa da corrida (II)

"Pernambuco", do bairro das Rocas, venceu a eliminatória da corrida três vezes seguidas. Numa delas pela manhã e a tarde jogou pelo América no Estadual/Imagem: Blog No Ataque

"Pernambuco": segundo em pé no ano
em que o alvirrubro foi vice-campeão

Jogadores do ABC e América costumavam participar da “São Silvestre” nos anos 40/50

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Não era pretensão imediata do repórter escrever sobre a história da eliminatória da “São Silvestre” em Natal, mas o falecimento do corredor e fundista potiguar Luiz Cabral de Souza, aliada a divulgação da fotografia dele em ação nos anos 60, com o detalhe da faixa em homenagem ao diretor de “A Gazeta Esportiva”, motivou a série.

Mas o assunto ou tema acabou pertinente. Pois, coincidentemente, a famosa corrida de rua da capital paulista completa 100 anos no final de 2025. Com as nuances de que o último brasileiro a vencer a competição foi Marilson dos Santos (2010). Na ala feminina a última vencedora foi Lucélia Peres (2006).

A primeira etapa eliminatória na capital do Rio Grande do Norte começou a ser organizada quando o bacharel em Direito e redator esportivo do diário vespertino católico, o ex-dirigente do ABC Vicente Farache Neto, recebe telegrama do antigo atleta olímpico, ex-treinador e jornalista paulista Carlos Joel Nelli, diretor do jornal paulistano.

12 atletas se inscreveram para a primeira competição doméstica. Sendo uns dois avulsos e alguns destes competidores amadores eram jogadores de futebol agregados aos dois principais clubes natalenses: ABC e América.

São os casos do abecedista Francisco Canindé de Brito, conhecido como “Pixe”, o primeiro vencedor da eliminatória (dezembro de 1948), seguido do jogador americano “Pernambuco” (ganhador três vezes seguintes: 1949/51).

Também na primeira lista o zagueiro Paulo Abraão Dieb (irmão do atacante Pedro Abraão Dieb), falecido em São Paulo, e o zagueiro José Morais Mamede (“Cuíca”), ambos do alvirrubro, sendo este também jogador do Clube Náutico Capibaribe.

O atleta com detalhe da faixa da corrida (I)

Luiz Cabral ultrapassa a faixa que homenageia diretor de "A Gazeta Esportiva" na reta final de uma competição de pedestrianismo pelas ruas da capital potiguar

Carlos Joel Nelli com enorme
"walkie-talkie" assistido pelo
repórter Sílvio Luiz da rádio
e TV Record de São Paulo


Os seis anos das eliminatórias da “São Silvestre” organizadas pelo jornal “A Ordem” em Natal

JOSÉ VANILSON JULIÃO

O falecimento aos 87 anos (domingo, 1/6) do antigo atleta Luiz Cabral de Souza, aos 87, suscita mais uma série inédita, por sua vez inspirada no detalhe da faixa da corrida de rua como eliminatória doméstica, em Natal, da “São Silvestre”.

A faixa faz uma homenagem ao jornalista paulista Carlos Joel Nelli (Sorocaba, 3/12/1902 – São Paulo, 29/6/1992), diretor do jornal paulistano “A Gazeta Esportiva”, organizador da famosa corrida de pedestrianismo realizada no final de ano na capital bandeirante.

Luiz Cabral participa da etapa inicialmente pelo Ferroviário, depois como representante do licenciado (julho de 1967) tricolor Santa Cruz Esporte e Cultura e América Futebol Clube.

Ele concorreu entre 1963/74. Obteve as melhores colocações entre os brasileiros, o terceiro lugar, nas competições de 1968 e 1971. Ao aposentar os tênis e as sapatilhas foi massagista da equipe de futebol de salão do alvirrubro.

Carlos Joel Nelli foi um dos representantes na história das Olímpiadas do Clube Atlético Paulistano. Fez parte da equipe de Atletismo em 1932, nos Jogos de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América.

Competiu na modalidade de salto com vara (oitava colocação). Chefiou a delegação e foi correspondente do jornal “A Gazeta” (associado e atleta). O diário vespertino católico "A Ordem" promove a primeira eliminatória local da corrida de São Silvestre em 1948.

A primeira organização do jornal ligado ao Centro Mariano de Imprensa esteve a cargo do redator esportivo e antigo dirigente alvinegro, Vicente Farache Neto. A sexta e última em dezembro de 1953, já com a organização do jornalista Aluízio Menezes de Melo.

 

FONTES/IMAGENS

A Gazeta Esportiva

A Ordem

Diário de Natal

O Poti

Clube Atlético Paulistano

Grande Ponto

Terceiro Tempo

Acervo: José Ribamar Cavalcante

segunda-feira, 2 de junho de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (FINAL)

Valério Mesquita discursa no "Pax Clube" de Macaíba, começo dos anos 60, a esquerda o desportista Francisco das Chagas Souza e o ator de teatro e radialista Gutemberg Marinho de Carvalho (o segundo com o papel)

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A apresentação da peça no Teatro Alberto Maranhão é uma homenagem a Meira Pires. Mas a estreia mesmo dia 6.

“Teatro de Amadores apresentará ‘Luz de Gas’ no dia três”, do escritor ingles Patrick Hamilton, informa “O Poti” (sexta-feira, 21/11/1958).

Houve uma versão para o cinema, “A Meia Luz” (Gazlight), com a atriz sueca ingrid Bergman e o americano Charles Boyer.

Os ensaios de “apuro” no Teatro Sandoval Wanderley com os atores Zete Wanderley, Gutemberg Marinho, Luiz Messias, Amariles Furtado e Eliete Regina.

Os detalhes dos bastidores, como o guarda-roupas a cargo de Zete Wanderley, luz de José Leão e cenários de Dilson Bezerra.

FUTEBOLEIRO

O curioso: depois de aparecer em nota na “Revista do Rádio” (maio/1956) o doublé goleiro, cantor e agora ator, o paraibano Josil Mendonça de Oliveira surge em nota da coluna “Show Bussness”, assinada por “S. C”, no “Diário de Natal” (sexta-feira, 6/3/1959).

Como um dos interpretes da peça “A Hora Marcada”, de Isaac Gondim Filho, a ser encenada em abril no ano de aniversário do Teatro de Amadores de Natal. Ao lado de Gutemberg Marinho, Euclides Lira, Nice Fernandes, Austeclésia de Oliveira e Eliete Regina.

 

FONTES

Diário de Natal

O Poti

domingo, 1 de junho de 2025

Modificada lista dos treinadores americanos com mais jogos

Moacir Júnior conquistou dois campeonatos estaduais pelo alvirrubro e projeta a entrada na relação dos dez técnicos com mais intervenções até final da temporada

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Até o final da temporada a projeção indica Moacir Vieira Júnior definitivamente no rol dos dez treinadores com maior número de partidas no comando do elenco do América/RN.

Atualmente está com 46 partidas (19 vitórias nas duas passagens): 24 na primeira passagem (campeão estadual em 2019) e 12 na atual, completados sobre o Sousa (2 X 0), na Arena das Dunas, na rodada (a sétima) desde domingo da Série D.

Faltam oito jogos para Moacir terminar a primeira fase da quarta divisão nacional com 54 jogos, número suficiente para se tornar o décimo treinador com maior número de intervenções.

Neste patamar também está incluído o jogo do próximo sábado (7), em casa, contra o Centro Sportivo Alagoano, do acrônimo CSA, de Maceió, pela fase de classificação da Copa do Nordeste.

A lista dos dez começa com o potiguar Ferdinando Teixeira (na casa dos 250) e termina com o também norte-rio-grandense Osiel Lago de Souza (casa dos 50).

Na faixa dos 12 é completada com Carlos Moura Dourado e Júlio César de Castro Espinosa (50). O gaúcho Paulo Mendes abre a casa dos 40 com 49 jogos.

 

OS DEZ MAIS

Ferdinando José de Araújo Teixeira 256

Baltasar Germano de Aguiar 233

Sebastião Leônidas 206

José Roberto Fernandes Barros 168

Francisco Barbosa Gomes (Caiçara) 130

Laerte Koetz Doria 112

Otávio César Correia Filho 88

Emiliano Graciano Acosta Torres 72

Álvaro Barbosa 67

Osiel Lago de Souza 53

sábado, 31 de maio de 2025

Veterano jornalista faz diagnóstico preciso do futebol atual

José Maria de Aquino em atividade com
logotipo da italiana "Olivetti" na parede

O amigo de rede social e advogado miracemense (Rio de Janeiro) José Souto Tostes, provoca, pede um raio x do futebol brasileiro e o conceituado repórter com passagens pelo “Jornal da Tarde”, revista “Placar”, “TV Globo” e canal “ESPN”, como um atacante veloz entre os zagueiros, faz um gol de placa relâmpago e atende de pronto o internauta.

Figurinha carimbada do blog como testemunha ocular da história e personagem em artigos envolvendo o correspondente potiguar Rosaldo Moreira de Aguiar, o América de Natal e, principalmente, o Pelé, ele sempre atende os pedidos do repórter. E retorna mais uma vez com o tema exposto inicialmente nesta abertura.

E não se espantem com a foto dele, o amigo do Rei do Futebol e do “Gringo” (antigo atacante sergipano do Vitória, Flamengo, Olaria, Sport e Grêmio), pois gosto de usar as antigas em preto e branco com J. M. de A. Moledo em ação. Leiam com atenção!


JOSÉ MARIA DE AQUINO

São vários os motivos: a) Estão saindo cada vez mais cedo (jovens) daqui, para times diferentes lá fora, cada um com seu esquema de jogo, características e nível.

Se acostumam e se desenvolvem nesse futebol e ambiente diferentes do nosso. Passam a falar mais o idioma (com os pés) local que o português.

Um ou dois em cada time de lá fora não desenvolvem um diálogo nacional. São como meus netos americanos: falam português, mas falta a eles vocabulário maior.

b) Chegam aqui num dia, se encontram, treinam, jogam e voltam. Não é por maldade, mas falta a eles a "cobrança física que os torcedores exerciam antigamente, encontrando os jogadores aqui a todo instante.

c) Quando as exportações eram limitadas os jogadores que ficavam – em enorme maioria – conheciam uns aos outros, a forma de jogar, ainda que em times diferentes.

d) Antigamente jogador sentia que a CBD, depois CBF, era uma entidade pobre, que precisava disputar jogos antes de competições, para arcar com as despesas – era a seleção brasileira.

Hoje sabem que rolam fortunas, que os dirigentes estão envolvidos em maracutaias, lavagem de dinheiro, que recebem grana alta para dirigir – na maioria das vezes mal – um time, federação e a entidade.

Sabem que não correm pelo torcedor, mas para que cartolas ganhem muito, sem nada terem feito para tal. Não existe (mais) uma "seleção brasileira". Hoje é um time da CBF, que fatura, declarados, 1,5 bi/ano – sem plantar soja, sem explorar petróleo, sem vender Avon etc. Nada.

Apenas uma sede no Rio, funcionários e funcionárias e cartolas. Nada mais. Se fosse uma seleção brasileira, essa fortuna iria antes para os cofres do Ministério da Cultura, ou Educação ou mesmo do Esporte.

O presidente seria indicado pelo governo e a comissão técnica escolhida... Vai longe.


O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XIV)

Desta equipe da categoria de aspirantes (reservas ou suplentes do ABC) o ponta-esquerda Marcos Jacaré entrou no decorrer da partida contra o Alecrim no torneio amistoso promovido pela ACERN em março de 1958 como abertura da temporada

Substituto imediato de Jocil Mendonça de Oliveira participa de torneio amistoso e nunca mais

JOSÉ VANILSON JULIÃO

A exemplo do ano anterior a temporada começa com o Alecrim enfrentando o ABC.

A diferença: por uma competição amistosa promovida pela Associação dos Cronistas Esportivos do Rio Grande do Norte (ACERN).

O "Torneio Corpo de Fuzileiros Navais" tem a rodada dupla inaugural dominical (16/3/1958). Preliminar Santa Cruz 1 x 0 Riachuelo; principal: ABC 7 x 1 Alecrim.

Com mais uma goleada sofrida em abertura de temporada o clube esmeraldino registra a participação do goleiro Neves pela única vez na história.

Conforme registro da ficha técnica da partida no "Diário de Natal" (segunda-feira, 17/3/1958).

Neves, aquele da "impiedosa" nota na coluna "Dizem por aí...", do jornalista José Alexandre de Amorim Garcia ("O Poti"), ainda é relacionado para a segunda rodada.

E nunca mais é registrado nas páginas esportivas. Pelo menos nos jornais Associados o repórter não encontra indícios...

 

FICHA TÉCNICA

ABC 7 x 1 Alecrim

Data: domingo, 16/3/1958

Árbitro: Gevanir de Freitas

Renda: Cr$ 25.650

Gols: Edmilson Piromba (2), Nei Andrade (2), Sileno (2), Gilvan e Miltinho

ABC: Edson, Biró, Petita, Edmilson, Gonzaga, Jaminho (Cadinha), Gilvan, Jorginho (Marieta), Cileno, Nei e Paulo Isidro (Marcos Jacaré)

Alecrim: Neves, Bililiu, Tageba (Joca), Monteiro, Miltinho (Bazinho), Índio (Severino), Mota, Ivan (Miltinho), Chiquinho, Joãozinho e Canindé) (Índio)

 

 

Prefeito de Cerro-Corá com cinco meses de gestão apagada

Raimundo Marcelino Borges se defende: insinuações do desarticulado Maciel Freire

Maciel: perdidinho

O blog "Cerro Corá News", de responsabilidade do jornalista José Valdir Julião, publicou a versão do ex-prefeito do município seridoense que dá nome ao referido espaço midiático eletrônico, e esta mídia também repercute a resposta contundente do político com três mandatos anteriores no Poder Executivo.

"Novinho" diz que prefeito precisa desarmar palanque político

O ex-prefeito Raimundo Marcelino Borges respondeu, publicamente,  aos ataques feitos à sua gestão (2021-2024) pelo prefeito Maciel Freire dos Santos (MDB), quase no fim da noite desta sexta-feira (30): "Quero dizer à gestão atual que pare de tanto nos acusar. Está na hora de desarmar os palanques e começar realmente a cumprir o seu compromisso com o povo".

"Novinho", como é chamado o ex-prefeito, soube das críticas à sua administração na noite de quinta-feira (29), após regressar de viagem a Recife (PE), onde tratava de assuntos privados relacionados à família.

Durante a manhã e tarde da sexta, esteve reunido com aliados políticos discutindo como responder ao chefe do Executivo Municipal.

Por volta das 21h30 publicou vídeo na rede social Instagram rebatendo as acusações de Maciel Freire, que se disse "surpreso" com uma dívida de pelo menos R$ 2 milhões e obrigações de pagar empréstimos contraídos junto à Caixa Econômica Federal, atraso de repasses de contribuições previdenciária e obrigações a pagar de precatórios de servidores públicos.

Na rede social, o ex-prefeito publicou explicações que já circulavam em grupos de WhatsApp, postados por simpatizantes e ex-auxiliares da sua gestão:

- Precatórios: sempre existiu nos Municípios, Distrito Federal Estados e União. Cerro Corá não é diferente. Esses R$ 65 mil por por mês é fruto de acordo com o Tribunal de Justiça desde 2024, referente a precatórios vencidos de anos atrás, inclusive do tempo da ex-prefeita e atual vice-prefeita Graça Oliveira (PSD).

- FINISA: durante o período de carência do empréstimo (dois anos), é pago somente os encargos e após isso é que inicia de fato a amortização (abatimento) da dívida. Tudo feito de acordo com a capacidade de pagamento do Município.

Para o tamanho do benefício que esse recurso trouxe para a nossa cidade, a parcela só representa aproximadamente 2% de comprometimento da receita mensal do município.

- Repasse ao INSS: os Municípios e Estados, assim como empresas,  podem realizar pagamentos a maior de seus impostos à Receita Federal e nesse caso existia um contrato vigente com uma empresa de recuperação de créditos previdenciários para essa verificação que, por sua vez, identificou que o município possui créditos de pagamentos realizados a maior de encargos patronais sobre o INSS da folha de servidores dos últimos cinco anos.

Segundo o ex-prefeito, o município utilizou-se desse crédito para realizar a compensação do INSS de cinco meses durante o ano de 2024, tudo dentro da legalidade.

E explicou que o contrato da empresa venceu agora em março de 2025 e certamente não foi mais renovado, impossibilitando a empresa a ter acesso aos autos na esfera administrativa da Receita Federal, pondo a perder todo o trabalho já realizado e que agora iria para a via judicial que é o rito normal desse tipo de processo.

O ex-prefeito destaca que todas as informações foram repassadas no processo da transição de governo,  que podem ser verificadas nas atas das reuniões, inclusive a relação de obras concluídas ou em andamento, como asfaltamento de ruas, iluminação pública de LED e instalação de energia solar em prédios públicos e gramado sintético do estádio Othon Osório.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XIII)

Na primeira semana de maio a imprensa potiguar e a família comemoraram o centenário do cronista José Alexandre de Amorim Garcia (1925 - 1997), que escreveu por quase uma década polêmica coluna diária em "O Poti" a partir de agosto/1954

Torcida esmeraldina sente saudade do excelente arqueiro e faz comparação com outro

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Após os dois amistosos de dezembro e a saída em janeiro no acerto com o agora presidente alecrinense José Bastos de Santana, ao que parece a torcida ainda sente falta da importante participação no campeonato do campeonato estadual (terceira colocação) do arqueiro Josil Mendonça de Oliveira.

É o que transparece pela imprensa com a publicação de uma nota bem grandinha na conceituada, picante e esperada coluna “Dizem por aí...”, assinada pelo jornalista esportivo José Alexandre de Amorim Garcia, o “Alex”, no então semanário matutino “O Poti” (terça-feira, 18/3/1958).

– Numa roda em que se lamentava a péssima performance do goleiro esmeraldino, fazendo-se comparação do Josil do ano passado, que era uma verdadeira fortaleza, a este Neves que não quer nada com a bola, Aldo Viana insinuou haver um frangueiro mais do que ele. – Quem? Interessou-se o círculo. – O reserva dele...

Aldo Viana era o então filho do comerciante do ramo de panificação, Abel R. Viana, antigo goleiro dos anos 20 do América Futebol Clube. Aldo, por sinal, também foi metido a arqueiro no “Juventus”, o time de estudantes que chegou a participar de competições oficiais entre 1947/49, sendo protagonista da zebra que tirou o título invicto americano, o segundo da sequência da década.

Enquanto isso as notas esparsas na imprensa indicam que Josil se entrosava com as atividades culturais locais. Principalmente com o pessoal da radiofonia potiguar (conforme depoimento exclusivo do radialista e jornalista aposentado Edvaldo Pereira dos Santos). E ainda se envolve com o teatro amador na cidade...

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XII)

Aspecto do Estádio José Jorge Maciel com o Cruzeiro de Macaíba e a faixa de campeão de uma competição amadora intermunicipal na temporada de 1954. Em pé, o goleiro mais alto (ao lado do arqueiro de camisa escura), é o paraibano de Guarabira, Miguel Ferreira de Lima, que passou pelo antigo Santa Cruz Esporte e Cultura da capital (licenciado em 1967), Alecrim e foi "super-super" campeão carioca pelo Clube de Regatas Vasco da Gama (1958)

O “Esmeraldino” é campeão do quadrangular de Macaíba com arqueiro Josil Mendonça de Oliveira em campo

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Parte da imprensa na época considerou que a estreia do arqueiro Josil Mendonça de Oliveira acontece no amistoso Alecrim 0 x 4 ABC (domingo, 19/5/1957).

O desenvolvimento da pesquisa sobre o curioso personagem – militar, jogador de futebol e cantor –, apura que ele entrou em campo antes.

Ao participar do torneio quadrangular intermunicipal, com o nome de “Taça Cruzeiro Esporte Clube”, promoção da agremiação alvo-azulina da Grande Natal.

A competição amistosa contou com as presenças do Alecrim, Clube Atlético Potiguar e Riachuelo Atlético Clube (trio natalense).

Os jogos acontecem no campo do Cruzeiro com três rodadas duplas (preliminar e principal). A primeira na quarta-feira (1/5) e as demais em dois domingos (5 e 12).

Primeira: Alecrim 1 x 0 Grêmio e Cruzeiro 0 x 2 Atlético; Segunda: Cruzeiro 1 x 2 Alecrim e Grêmio 2 x 0 Atlético; Terceira: Cruzeiro 2 x 0 Grêmio e Alecrim 0 x 0 Atlético.

Na rodada final o Alecrim entra em campo precisando apenas empatar com o rubro-negro da capital, que dividia a segunda colocação com outro concorrente.

O diário matutino “Tribuna do Norte” fez a cobertura da decisão com reportagem de Edilcio Barbosa (TN, quinta-feira, 16).

Além destes quatro amistosos e os 18 jogos oficiais de campeonato, Josiel Mendonça vestiu a camisa número um mais duas vezes em amistosos no final da temporada 

Primeiro na cidade da Região Seridó: Alecrim 1 x 3 Currais Novos Futebol Clube (domingo, 22/12) e uma semana depois: Alecrim 1 x 5 ABC (domingo, 29/12).

 

FONTES

O Poti

Diário de Natal

Tribuna do Norte

quinta-feira, 29 de maio de 2025

O goleiro paraibano do Alecrim que virou cantor (XI)

Equipe base do Ferroviário de Fortaleza, de 1955, que enfrentou o Botafogo paraibano

Exclusivo: exemplos de fichas técnicas com o arqueiro Josil Mendonça de Oliveira em ação na segunda metade dos anos 50.

Primeiro pelo Botafogo de João Pessoa na segunda excursão no segundo semestre de 1955 (a primeira no ano anterior) a Fortaleza. Ainda enfrentou o Usina Ceará e Ceará Sporting.

Segundo uma partida pelo selecionado paraibano no tradicional e extinto Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais.

Na relação ainda um amistoso, antes de ser contratado pelo Esmeraldino de Natal, contra o Tricolor do Arruda na inauguração dos refletores do Estádio José do Rego Maciel no Recife

 

SÚMULAS

Botafogo 1 x 2 Fortaleza

Data: 13/11/1955

Árbitro: Raimundo da Cunha Rola (Rolinha)

Gols: Moésio, Mozarzinho e Élcio

Fortaleza: Aloísio II, Zé Mário, Sanatiel, Jaime, Vareta, Gêra, Moésio, Aloísio I (Charuto), Pedro Faúna, Salvador e Mozarzinho. Treinador: Oséias Firmeza

Botafogo: Josil (Zé Raimundo), Betinho (Galeguinho), Kléber, Genivaldo, Berto, Gil, Teixeirinha (Pedro Negrinho), Bola Sete (Chaves), Delgado (Milton) e Élcio. Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Botafogo 5 x 1 Ferroviário

Data: 15/11/1955

Árbitro: Raimundo Tavares

Gols: Zé de Melo, Delgado (2), Pedro Negrinho, Élcio e Chaves

Ferroviário: Maciel (Dadá), Nozinho, Antônio Limoeiro, Rui Leite, Macaúba, Manoelzinho (Lolô), Geraldinho (Macaúba II), Aldo, Zé de Melo, Macaco e Fernando. Treinador: João Damasceno

Botafogo: Josil, Betinho, Kléber, Genivaldo (Tita), Berto, Gil, Pedro Negrinho (Milton), Chaves, Delgado, Bola Sete e Élcio. Treinador Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Botafogo 1 x 5 Ferroviário

Data: 19//11/1955

Árbitro: Raimundo da Cunha Rola (Rolinha)

Gols: Zé de Melo (2), Macaco (2), Aldo e Pedro Negrinho

Ferroviário: Maciel (Dadá), Nozinho, Antônio Limoeiro, Rui Leite (Lolô), Macaúba, Manoelzinho, Geraldinho, Aldo, Zé de Melo, Macaco e Fernando (Macaúba II). Treinador: João Damasceno

Botafogo: Josil, Betinho, Kléber (Galeguinho), Vavá, Genivaldo, Berto, Gil, Pedro Negrinho, Chaves, Delgado (Milton), Bola Sete (Teixeirinha) e Élcio. Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra (Vavá)

 

Paraíba 0 x 0 Espírito Santo

Data: domingo, 1/12/1956

Competição: Brasileiro de Seleções Estaduais

Estádio: Cabo Branco (João Pessoa)

Árbitro: Vicente Lobão/PE

Renda: Cr$ 75.970

PB: Josil, Teófilo, Nelson, Marajó, Arrupiado, Galeguinho, China, Mário, Bola Sete, Josias e Natanael: Treinador: Eurivaldo Venâncio Guerra

ES: Adjalma, Pereira, Monte, Fontana, Atílio, Dodoca, Celinho, Carlinhos, Geli, Paulinho e Gatinho. Treinador: Mossoró

 

Botafogo 2 x 1 Santa Cruz

Data: quinta-feira, 14/2/1957

Árbitro: Vanildo Bezerra

Renda: Cr$ 62.260

Gols: Jorginho 25, Milton 35 e Galeguinho (2T)

Santa Cruz: Mauro, Carcá, Lucas, Joab, Gonzaga, Edinho, Jorge de Castro, Paulo (Jarbas), Hidelbrando, Mituca (Amaury) e Jorginho

Botafogo: Josil, Borracha, Nelson, Marajó, Escurinho, Tite, Galeguinho, Pedro Negrinho, Milton (Zinho), Bola Sete (Nuca) e Joãozinho

 

FONTES

A União

O Norte

Diário de Pernambuco

Almanaque do Ferroviário

Almanaque do Fortaleza

Futebol 80