Consulta

domingo, 7 de abril de 2024

A rara fotografia do presidente americano (VII)


Hugo Manso assessora reitoria da UFRN em inquérito que acaba indiciando sem indicar “subversivos”

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Nos primeiros 15 dias de fevereiro o major Hugo Manso Maciel tem residência, na Rua Potengi (Petrópolis), visitada por um amigo do alheio, e a polícia apreende com um preposto do larápio, em Ponta Negra, um saco contendo um aparelho telefônico (prefixo 2890), dois cortes de tropical inglês e uma máquina fotográfica.

E logo depois, após o golpe militar "antirrevolucionário" na virada de março para abril de 1964, o futuro presidente do América, o major da Aeronáutica Hugo Manso Maciel, aparece como assessor militar da reitoria da Universidade Federal do Rio Grande do Norte na apuração de “possíveis atividades subversivas de estudantes latino-americanos matriculados nas diversas unidades” da instituição.

A comissão constituída em 4 de junho é composta por Genário Alves da Fonseca (presidente), Antônio Pípolo e José Ildefonso Emerenciano (membros), a partir de portarias baixadas (65, de 29 de maio e 70, de 3 de junho), como recomendação do telegrama 149 (27 de maio) do Ministério da Educação.

Segue o noticiário na imprensa (“Diário de Natal”, segunda-feira, 27/7) sobre o assunto sem muitas novidades, com prorrogação do inquérito, até a conclusão sem apurar culpabilidade de ninguém, mas indiciando como “suspeitos” 32 alunos, 12 professores e dois funcionários.

De novo o nome do agora tenente-coronel Hugo Manso Maciel some das páginas dos jornais e reaparece, novamente, em mais uma nota social, desta feita pelo jornalista Paulo Macedo (terça-feira, 24/10/1968).

No segundo dia de dezembro de 1968 faz parte em documento da comissão de representantes do Condomínio Edifício Canaçu, ao lado de Felipe Neri da Trindade e Walter Araújo. Trata-se edital de convocação para uma assembleia geral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário