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sábado, 1 de setembro de 2018

Uma análise pinçada da rede sobre o candidato J. M. Bolsonaro

Por Walter Lirola Junior

O pré-candidato Jair Messias Bolsonaro pode ser perfeitamente definido como um fenômeno político extraordinário. Aclamado como mito por milhões de eleitores, o deputado tem sido alvo de críticas de 10 em cada dez veículos de comunicação e formadores de opinião. Jornalistas, artistas e políticos se desdobram para construir narrativas e críticas contra o parlamentar. Diante da dificuldade em apontar defeitos ou ilações, acabam apelando justamente contra suas qualidades.
Neste momento da corrida eleitoral, é perfeitamente cabível afirmar que o candidato, que desponta como favorito para as eleições de 2018, é o único candidato que se fez sozinho e sem contar com a estrutura de grandes partidos ou o apoio de grupos empresariais.
O que deixa seus rivais ainda mais enfurecidos é que Bolsonaro não tem nem marqueteiro, patrocinador ou militância de partido. O deputado é recebido por multidões em praticamente todos as regiões do país e saudado por milhares de pessoas, em manifestações genuínas e espontâneas de apoio à sua candidatura.
Tecnicamente, Bolsonaro reúne mais condições de governar o país que a maioria de seus adversários. Ainda que não fosse este fenômeno de popularidade, o deputado possui experiência na Câmara dos Deputados, está familiarizado com os problemas do país e possui boas relações com a maioria dos colegas. Aos 62 anos, o militar da reserva cumpre seu sexto mandato na Câmara dos Deputados sem ter enfrentado nenhuma denúncia de envolvimento em esquemas de corrupção ou recebimento de vantagens indevidas.
Seu histórico como parlamentar representa uma grande vantagem competitiva frente aos demais adversários. Bolsonaro é um bicho do Congresso e fala a mesma língua de seus pares, ao contrário dos alienígenas fabricados pela imprensa e por grupos econômicos que costuma descer de pára-quedas a cada eleição presidencial. Para governar um país como o Brasil, é mais recomendável que o candidato tenha experiência política do que popularidade. Bolsonaro reúne estas duas qualidades.
O pré-candidato costuma ser desafiado por jornalistas sobre seus conhecimentos sobre economia, como se os demais concorrentes fossem verdadeiros especialistas na área. Bolsonaro devolve e pergunta se ele precisa ser também o senhor da saúde, da educação e agricultura. Na verdade, um candidato precisa conhecer os problemas do país em linhas gerais e saber escolher os ministros responsáveis por cada área. É assim que funciona com os demais pré-candidatos, mas quando se trata de Bolsonaro, a imprensa sempre tenta exigir um pouco mais. Todos sabem que o "mito" pode convocar não apenas um ministro para cada pasta, como também uma equipe inteira de especialistas familiarizados com as questões mais urgentes para o país. Cabe ao presidente e sua equipe apontar as diretrizes, com base nas circunstâncias e desafios de cada área.
Sob o ponto de vista político, Bolsonaro é muito melhor qualificado que a maioria de seus adversários. Praticamente todos eles estão distantes de Brasília fazendo campanhas, enquanto Bolsonaro está lá há mais de 20 anos fazendo política e convivendo intensamente com os problemas reais do país. Sabe quem é quem no Congresso.
Esta peculiaridade é pouco observada pela população na hora de escolher seu candidato. A experiência com o presidente Michel Temer é um bom exemplo da importância da vivência política intensa como requisito fundamental para um bom governo. Apesar de suas baixos índices de popularidade, Temer conhece cada parlamentar pelo nome, sobrenome e histórico de vida. Esta característica o tem ajudado a aprovar medidas importantes para o país. Alienígenas como Collor, FHC, Lula e Dilma não tiveram a mesma facilidade de se comunicar com os bichos do Congresso. Os três últimos precisaram justamente de Temer para aprovar seus projetos de maior visibilidade.
Bolsonaro anda pelas ruas sem segurança, é saudado por muitos e raramente é desafiado por detratores, que temem sua língua afiada e capacidade de responder com extrema rapidez e eficácia as críticas de que é alvo. Mesmo que vez por outra crie polêmicas, costuma ser fiel às suas convicções.
Assim como os demais pré-candidatos, Jair Bolsonaro é um brasileiro apto a disputar a Presidência dentro das regras democráticas em vigor no país. Em um ambiente de civilidade, maturidade e responsabilidade, Bolsonaro merece o respeito de cada brasileiro, sobretudo dos meios de comunicação.
Seria mais proveitoso para todos deixar de enxergá-lo com os olhos do fígado. Como político, Bolsonaro é mais digno de ser candidato que a maioria de seus eventuais adversários. O papel da imprensa neste caso seria prestar mais atenção em suas propostas e permitir que os brasileiros possam tirar suas próprias conclusões. Bolsonaro não é um criminoso condenado.
Por mais que isso não agrade aos políticos, ao sistema viciado e os grupos dominantes que sempre tiveram grande influência no processo sucessório do país, Bolsonaro conseguiu sozinho um feito inédito ao se projetar como um dos favoritos para vencer as eleições de 2018. É um mérito ter conseguido captar o sentimento de boa parte de uma nação. Não se trata de um feito singelo. Bolsonaro teve sensibilidade de perceber que podia representar os anseios de milhões de brasileiros. Sem marqueteiro, sem dinheiro e sem partido. Fez jus ao apelido de "Mito"

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