Desde o começo do segundo semestre de 2016 e mais efetivamente a partir
de janeiro do ano seguinte tenho dedicado quase todo o tempo que disponho a
pesquisar sobre futebol com o objetivo de publicar, em um primeiro momento,
três livros sobre o assunto.
Pelo menos duas pesquisas alternadas, e praticamente finalizadas, têm
como alvos uma personalidade do esporte e um clube, recorrentes nas reportagens
e notas que o jornalista Everaldo Lopes Cardoso publicou nos jornais Diário
de Natal e Tribuna do Norte.
Devo explicar com justiça que ele dá o mote e procurei aprofundar
detalhes, contingências e contextos dos dois assuntos, inclusive com dados e
informações não esmiuçadas pelo experiente repórter e comentarista de longa
carreira, testemunha presencial de uma época.
O incrível é que encontrei nas pesquisas o nome de um famoso, para época,
xará do desaparecido pernambucano de nascimento e potiguar por adoção. Trata-se
do jornalista e radialista carioca Everaldo Lopes – ou ‘Everardo’ em fonte
diversa.
A primeira vez que li sobre o nome do profissional do Rio de Janeiro foi
no jornal católico potiguar A Ordem, quando da passagem do Vasco da Gama
pelo Aeroporto Internacional Augusto Severo, do então distrito de Parnamirim,
que fazia parte do território da capital do RN.
Corria o ano de 47 e o elenco vascaíno dirigia-se para excursão no exterior e
o repórter esportivo do jornal natalense procurou saber dos profissionais de
imprensa que seguiam com a delegação pormenores da estadia de dois jogadores
ainda amadores norte-rio-grandenses recentemente transferidos para a então
capital federal.
Entre os representantes dos jornais e emissoras cariocas estavam Antonio
Cordeiro (Nacional), Mário Provenzano (Tamoio) e Everaldo Lopes, sendo que este
participara da delegação do selecionado nacional que participa da primeira Copa
da França (1938).
Lopes entrara para o Jornal dos Sports como subsecretário de
redação em 11 de outubro de 1931 e logo assume a secretaria com o deslocamento
do superior para o quadro de redatores (“O Jornal dos Sports do Meu Tempo”, Waldemar
Costa, Introdução, 3/5/2016).
O Lopes do Sudeste esteve como comentarista da extinta Rádio Mayrink
Veiga, a PRA-9 de prefixo, com Oduvaldo Cozzi narrando, na trágica final do
Mundial de 50. Falece em 13/10/65.
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