O treinador uruguaio Graciano Acosta Torres (último em pé à direita) no Goiás em 1951 |
A saga pelos clubes grandes da capital e interior de Goiás
José Vanilson Julião
Após 13 anos no futebol nordestino, como um autentico
bandeirante, Graciano Acosta Torres desbrava o Centro-Oeste. A primeira
façanha: o título que não valeu pelo Goiás (1951).
O cronista Hélio Rocha (Jornal Opção, 13/9/2020) revela
que a véspera da decisão pela primeira vez o treinador Acosta sugere a
concentração na Fazenda Capivara, imediações, hoje, do Campus II (Universidade
Federal)
Empata e vence o Goiânia (13/1/52), que protesta pela melhor de três
partidas e não de três pontos. O alvinegro perde na justiça desportiva, mas
ganha recurso em instancia superior. Com a insistência do dirigente alvinegro,
Joaquim da Veiga Jardim, em 1957, seis anos após, 2 x 3 Goiânia, de virada.
O Goiânia recorre a CBD dia 28/1/52. Dia seguinte Acosta treina o elenco
goiano pela primeira vez visando o campeonato de Seleções. Em 12 de fevereiro
envia carta ao presidente da Federação pedindo perdão para os jogadores Foca e
Palhaço.
Dia 21 cogita deixar o cargo para cuidar de um comércio no bairro
Campinas (capital). O presidente interino da Federação, José França, a
continuar.
Pelo selecionado: 2 x 0 Mato
Grosso (23/3/52) e MT 2 – 1 (30/3). Na prorrogação o selecionado do estado
pantaneiro abandona o campo.
Chega ao fim o casamento com o alviverde (15/4) e o dirigente Luiz
Gonzaga Contart o acusa de não devolver 21 mil cruzeiros emprestados. Depois
envia carta aos jogadores manifestando interesse em voltar ao clube (18/7).
Em 24/9 o treinador Pão Duro deixa o Goiás. Cogitados Teodorico e
Acosta. O gringo está no clube amador Najar, em Araxá/MG (31/1/53). Está
próximo de selar o retorno (10/2). Estréia na vitória sobre a União (25/4).
O depois vice-presidente da Associação Goiana de Imprensa,
de Ituverava/SP, Luiz Gonzaga Contart, foi fundador da Associação Brasiliense
de Cronistas, sendo escolhido primeiro presidente na assembléia geral
(25/8/1960).
Também funda um dos primeiros clubes brasiliense: o Planalto
(1961). Foi diretor das rádios Alvorada e Independencia e diretor do Diário
Carioca (Distrito Federal). Publicou livros. Faleceu em Goiania aos 76
(4/9/2001).
Depois de dois
treinadores o presidente rubro-negro, Antonio Acioly, contrata Acosta, mas este
abandona o barco. Contudo o Atlético termina campeão invicto (1957). Com o
treinador Ziza (veio do mineiro Poços de Caldas). E o professor Nascimento
(veio do Goiás). A entrega
de faixa em amistoso contra o Botafogo (Buriti Alegre) no Estádio Antonio
Acyolli (domingo, 26/1/1958).
Em 16/1/1958
se encontra no Ipiranga (Anapólis). Depois é contratado pelo América
(Morrinhos).
Em
13/7/1958 o periódico publica enquete com 11 cronistas esportivos sobre a
indicação do treinador para o selecionado goiano.
Entre
os votantes profissionais das rádios, Anhanguera, Brasil Central, Clube (a
pioneira Associada fundada em 1947) e Difusora, além dos diários O Popular e
JORNAL DE NOTÍCIAS:
Baltasar
de Castro, Luís Rótoli, Luiz Augusto, Luiz de Oliveira Machado, Cunha Júnior,
G. P. Vasconcelos, Ovídio Inácio Ferreira, José Natal, Francisco Negrão de
Faria, Hélio de Oliveira e Lisita Júnior.
Resultado:
Carlos Ribeiro do Nascimento (seis votos), Graciano Acosta Torres (três) e
Fidêncio Lobo (dois).
Apontados
para auxiliar técnico: Chico Negrão (quatro), Nascimento (três), Fidêncio
(dois) e Acosta (um).
5/12/1958
está no Goiás. Em agosto no Campineira da capital. O ex-treinador do Vila Nova
deixa o clube em 8/10 e o diretor Antonio Rocha assume no lugar do
"temperamental" Acosta.
FONTES
Jornal de Notícias
Jornal Opção
TV Candangão
O período de Graciano Acosta está ausente no America FC de outubro de 1954 a janeiro de 1955.
ResponderExcluirAinda vou chegar lá. Primeiro vai ter os sucessores entre 50/54. Depois o retorno para a terceira e última passagem.
ExcluirAinda vou chegar lá. Primeiro vai ter os sucessores entre 50/54. Depois o retorno para a terceira e última passagem.
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