Consulta

terça-feira, 27 de abril de 2021

Bececê – o ‘canhão’ mossoroense (II)

O mossoroense Bececê atuou na ponta-esquerda do Fortaleza entre 1958 e 1960

 

Campeão interiorano cearense pelo selecionado de Limoeiro do Norte

José Vanilson Julião

A fama do goleador potiguar chega à região do Vale do Jaguaribe e ele acaba campeão invicto do sexto campeonato municipal (Copa do Sertão) pela seleção do município de Limoeiro do Norte na temporada 1957, mas a final acontece no ano seguinte contra Caucaia (2 x 0 – 5/1), gols de Chico Limoeiro e BCC.

Parsival Barroso
Com o resultado a Limoeiro leva a Taça Senador José Parsifal Barroso (Fortaleza, 5/7/1913 – 21/4/1986) – advogado eleito depois governador (1959/63) – e ganha em definitivo por Maranguape ao vencer a competição pela terceira vez (1993).

Após a conquista perde amistoso para o Ceará no (3 x 0 – 28/1/1958). Com campanha pelo selecionado do interior chama a atenção do Tricolor do Pici. Em 9/4 já está no Fortaleza pelo Cearense contra o alvinegro Usina Ceará (3 x 1).

60 anos depois da promoção da quilométrica Associação dos Cronistas Profissionais do Estado do Ceará (APCDEP) o comentarista Paulo Noronha organiza homenagem aos campeões (18/1/2008), quando comparecem 14 atletas, sendo lembrados em memória outros cinco. Os homenageados foram agraciados com a Comenda Irapuan Feitosa.

Em 18/7/1959 marca no amistoso Fortaleza 2 x 2 Santos, na estreia do atacante santista Angelo Benedito Sormani. No final do ano é campeão e artilheiro do Cearense (21 gols) pelo Fortaleza, com o último no primeiro jogo da final (1 x 0 – 22/11) e passa em branco nos demais (1 x 1 e 0 x 0).

Em amistoso contra o Madureira (2 x 1 – 3/7/1960) faz um gol.  Na Taça Brasil marca contra ABC no Estádio Presidente Vargas (3 x 0 – 11/9), Moto (2 x 0 – 22/9 e 1 x 1 – 25/9), Bahia (2 x 1 – 16/10), dois na semifinal contra o Santa Cruz (2 x 2 – 16/11) e mais um contra o tricolor pernambucano 2 x 1 (23/11).

É vice-campeão na final contra o Palmeiras (3 x 1 – 22/12 e 8 x 2 – 28/12) e também artilheiro (sete gols) da segunda edição da competição, que indica o representante nacional na Taça Libertadores da América.

A campanha o leva ao elenco do Palmeiras (18 jogos e marca três gols em duas temporadas: 61 e 64. Em seguida a camisa grená do Juventus da capital (1961), Noroeste/Bauru (62), Esportiva/Guaratinguetá (63), Prudentina/Presidente Prudente (64), Ferroviária/Araraquara (65), Bahia (1968) e Paysandu/Belém (1969) e encerrar a carreira no venezuelano Valencia (1970).

A CBF equipara Taça Brasil (1959/68) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967/70) ao campeonato nacional. Palmeiras e Santos foram alçados ao posto de maiores campeões. O que pouca gente sabe - ou valoriza - junto com os títulos os números entra para as estatísticas.

Situação que coloca outros nordestinos no grupo de artilheiros nacionais. Na maioria aparecem com artilheiros o Santa Cruz, Bahia e Sport. Com a unificação entram Fortaleza, Confiança, Náutico e Treze.

 

Bececê também figurou na ponta-esquerda do Limoeiro do Norte, município vizinho a Mossoró

Artilheiros

Taça Brasil

1959 – Léo (Bahia) 8

1960 – Bececê (Fortaleza) 7

1963 – Ruiter (Confiança) 9

1966 – Bita (Náutico) 10

1967 – Chicletes (Treze) 9

Série A

1973 – Ramón (Santa Cruz) 21

1990 – Charles (Bahia) 11

2016 – Diego Souza (Sport) 14

 

Fontes

Acervo do Santos

Almanaque do Palmeiras - Celso Unzette e Mário Sérgio Venditti

O Povo

Tribuna do Ceará

Globo Esporte

Blog do Marcão

Blog do Roberto

Jogadores do Palmeiras

Jornal Pequeno/MA

Limoeiro do Norte

Botões para sempre

Futebol 80

O Gol

Terceiro Tempo

Ultrajano

Verdazzo

Vovôpedia

Nenhum comentário:

Postar um comentário