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sexta-feira, 3 de março de 2023

Mudança no Brasão de Cerro-Corá é cópia quase fiel do similar de João Câmara

José Vanilson Julião

Uma rápida consulta pela internet foi o bastante para verificar que o projeto de lei que acabou aprovado com a queda do veto do Poder Executivo provavelmente trata-se de uma imitação barata com ausência de originalidade.

Os vereadores, no mínimo, foram levados pela emoção, ou antes resolveram averiguar o desenrolar da mudança do Brasão do município de João Câmara (Região do Mato Grande), onde foram instaladas, definitivamente, em 2014, um dos primeiros parques eólicos no Rio Grande do Norte.

Outro pormenor interessante para comprovar a grande besteira dos cinco vereadores. Desde o final dos 60 que a França instalou eólicas no litoral da Normandia (Canal da Mancha) e nem por isso se tem notícia ou qualquer mudança nos símbolos normandos ou francos.

Se os vereadores da antiga Baixa Verde, que depois mudou de nome em homenagem ao industrial e senador responsável pelo desenvolvimento do lugar, cometeram uma besteira histórica, os cerro-forenses fizeram pior: copiaram com quase exatidão a mudança. 

Apenas acrescentaram uma máquina de costura. Coisa que nunca aconteceu na cidade paraibana de Rio Tinto, ai sim, sede de um surto de industrialização, onde existiu uma fábrica de tecidos da família Lundgreen, de origem sueca.

Ainda assim, nem Cerro-Corá, nem João Câmara, são pioneiros neste setor, para que merecessem tamanha aberração, a mudança nos desenhos dos símbolos municipais.

Os 24 primeiros geradores da empresa espanhola Neoenergia foram instalados em Rio do Fogo (litoral Norte) e em Serra do Mel (Central), os quais já geraram mais de 1,5 milhão de megawatts/hora nestes dez anos de funcionamento, completados na primeira semana de março.



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