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segunda-feira, 29 de maio de 2023

Jogador do ABC participa da fundação do Treze (XXI)

O depois funcionário  público estadual Rodolfo e companheiros do bicampeonato 1928/29

VANILSON JULIÃO

Na reportagem do semanário “O Poti” e não “Diário de Natal”, com foi dito anteriormente, após arrazoado do repórter Everaldo Lopes Cardoso sobre os variados estilos de camisas do alvinegro (assunto interessante a ser abortado posteriormente), no quarto parágrafo aparece o que interessa de momento.

São os nomes ou apelidos dos jogadores do ABC que se tornaram bicampeões pela primeira vez depois do América conquistar também dois bicampeonatos (19/20 e 26/27), conforme atesta o famoso e antigo Almanaque Laemmert, sequência repetida (30/31, 48/49, 51/52, 56/57 e 74/75), só quebrada com o tetra de 1979/82.

Até então o ABC havia conquistado a Taça Campeonato (1917) frente ao Humaitá (vice) e América (lanterna), competição oficiosa promovida pelo jornal “A Imprensa”. Vitórias de 8 a 1 e 3 a 0 respectivamente. Em 1932 abre o caminho para o deca-campeonato.

Pela ordem da desfocada fotografia que ilustra a reportagem do jornal da cadeia midiática dos “Diários e Emissoras Associados” reproduzida pelo site “Histórias do Futebol”, do jornalista Sérgio Melo (“O Fliminense”, “Jornal dos Sports” e benemérito do Bonsucesso):

- Ubá, veio transferido do Rio Grande do Sul. Boa estatura, vigoroso, fraturou depois o nariz; Augusto Crise (dos três jogadores irmãos); Júlio Maciel, mossoroense, atacante de qualidade, vinha as vésperas dos jogos (residia no Recife na época da reportagem), trazido pelo treinador Vicente Farache Neto;

Arhur Martins, centroavante, oficial reformado, residente em Natal (forma trio com Maciel e Cabo João); Mário Crise, ponta-esquerda, o melhor da família, fez parte da “Seleção Fantasma do Nordeste” semifinalista do Campeonato Brasileiro/1934; nosso herói Zé Rodolfo (funcionário do IPASE), tinha ótimo chute e corria bastante;

Jonatas, goleiro, major da ativa, mora no Rio de Janeiro; Poti Crise (o menos brilhante dos manos), , não teve carreira longa, mecânico em Campina Grande; Dorcelino, zagueiro-direito, defendeu o ABC por anos, entrando pelo “deca” (companheiro de Manoel Francisco da Silva, o Nezinho I), morreu na explosão de uma caldeira; Manoel Joaquim, médio-esquerdo, arrojado e abnegado.

A formação real: Jonatas, Dorcelino, Poti, Ubá, Mário, Manoel, Rodolfo, Cabo João, Arthur, Maciel e Augusto.

O Cabo (João Accioli), atacante ou meia-esquerda, torcedor do América, esteve no segundo bicampeonato americano. Depois foi conselheiro e árbitro. Era do selecionado semifinalista do Brasileiro de Seleções eliminado pela Bahia fora de casa.

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