JOSÉ VANILSON JULIÃO
Pelo exposto na reportagem inaugural da série o garoto Edson Arantes do Nascimento, o familiar "Dico", completa dez anos em outubro do ano anterior, e nove meses e dias depois um jovem norte-rio-grandense corre atrás da bola em campo de terra batida com a alcunha de "Pelé".
O histórico
biográfico do Rei do Futebol indica que o apelido com o qual veio a ficar
mundialmente famoso já havia lhe sido concedido pelos coleguinhas de Três
Corações, cidade do interior das Minas Gerais, onde nasce, portanto antes de ir
morar com os pais em Bauru.
Não é preciso ser
matemático tarimbado para fazer as contas e verificar que o "Pelé"
potiguar também adquire este mesmo apelido por pura coincidência em algum
momento entre os anos 30 e 40.
A diferença é que
não se sabe a origem do “Pelé” nordestino, enquanto o “Pelé” mineiro ganha a
alcunha por confundir o nome do goleiro do Vasco da Gama de São Lourenço da
Mata (Minas Gerais), o conhecido "Bilé", o mote para a corruptela na
pronúncia palatal do futuro camisa dez do Santos Futebol Clube.
O nome de batismo
do “Pelé” do Norte ninguém sabe. Pois há apenas o registro do inusitado apelido
na página esportiva do "Diário de Natal" (começo da primeira quinzena
de agosto de 1951).
Enquanto o Pelé
muito mais conhecido tem a chancela do preto no branco, no papel, pela primeira
vez, quase cinco anos depois no afamado jornal paulistano "A Gazeta
Esportiva" (março de 1956), por ocasião da cobertura da premiação aos
garotos do Radium de Bauru, campeão invicto no primeiro campeonato de futebol
salonista na cidade.
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