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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

"Torcedor alvirrubro" ocupa ausência do "Vermelho de Paixão"

Meia Jobert Silva Santos veio do Vitória baiano

Alvirrubro regulariza quatro jovens valores de uma tacada só na Confederação Brasileira de Futebol

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Na ausência da atualização sistemática das notícias diárias ou semanais do site oficial do América/RN – aliado as desativações dos blogs de torcedores destinados ao alvirrubro – o Blog “Torcedor Alvirrubro Potiguar” ou “Gente Americana” – tem suprido estas ausências permanentes e temporárias.

O mais tradicional blog americano, o “Vermelho de Paixão”, pelo responsável Sérgio Fraiman, já anunciou no começo do primeiro semestre a desativação definitiva.

Ao que parece o “Tribuna Americana”, de Kennedy Diniz, está fora do ar de vez. Agora para valer após uma ligeira aparição.


Com estilo e desenho diferentes o “Torcedor Alvirrubro Potiguar”, de Osmar Ferreira de Souza, tem suprido o torcedor com as notícias mais recentes.

Exemplo disso é que noticia em primeira mão as regularizações na CBF de quatro peças de reposição do elenco americano.

São jovens oriundos das bases do Botafogo carioca, do Vitória de Salvador e do Sport Clube Recife.

São, respectivamente, o goleiro Lucas de Araújo Oliveira Castro, 18; o meia Gustavo Ferreira dos Santos Lima de Albuquerque, 19, e Jobert, 19.

O zagueiro Diogo Fernandes Marezi, 19, o mais rodado, vindo do Volta Redonda, com base no Atlético Mineiro, Ponte Preta e o paranense Azuris.

Vão compor, inicialmente, o elenco que vai participar de mais uma Copa São Paulo de Futebol Júnior, em São Paulo, no próximo janeiro.

Só um lembrete: o “editor” Osmar Ferreira vinha colaborando, até recentemente, com uma coluna esportiva, feita a seis mãos, no semanário “O Potengi”.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Os botafoguenses na obra do cordelista nordestino

O goleiro "Gatito" é o primeiro de camisa cinza no elenco campeão carioca/2018

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Paraguaio no Náutico

Numa análise das pouco mais de 10 estrofes com versos dos jogadores chega-se a constatação de que o maior contingente dos futebolistas citados pertenceu ao Botafogo.

Exemplos primeiros: o goleiro Ailton Correia Arruda ("Manga"), o lateral e quarto-zagueiro Nilton Santos ("A Enciclopédia") e o ponta-direita Manoel Francisco dos Santos "Garrincha".

Um outro botafoguense deixa dúvida sobre a real identidade: Paraguaio. Pode ser o atacante campeão carioca em 1948: o mato-grossense Egídio Landolfi (1928 - 1998).

Mas pela proximidade com os demais acredito ser o avançado gaúcho Clóvis Moreira Rodrigues (3/11/1945 – 29/8/1996).

Com passagens pelo Farroupilha, Pelotas, Cruzeiro de Porto Alegre, Grêmio, Botafogo (1971/72), Clube Náutico Capibaribe e Central (Caruaru).

E ainda "Caju" e "Furacão". São referências aos atacantes Paulo César Lima e Jair Ventura Filho, campeões na Copa do Mundo do México (1970).

E a inclusão de um único atleta da atualidade: o goleiro paraguaio Roberto Júnior Fernandez Torres, o" Gatito", filho do ex-goleiro "Gato Fernandez".

"Gatito" é o estrangeiro com mais participações: 217 (221 conforme fonte diversa). Acima dos argentinos Joel Carli (190) e Fischer (189) e dos uruguaios Herrera (142) e Loco Abreu (106).

Abaixo dos goleiros "Manga" (442), Wagner (410), Jefferson (342) e Oswaldo Baliza (258). Acima de Paulo Sérgio (219).

 

TEMPORADAS

2017: 58 jogos

2018: 18 jogos

2019: 48 jogos

2020: 22 jogos

2022: 44 jogos

2023: 6 jogos

2024: 21 jogos

 

FONTES/IMAGENS

Botafogo FR

Datafogo

FogãoNet

NáuticoNet

Meu Botafogo

Mundo Botafogo

O Gol

Terceiro Tempo

 

Alcunhas dos futebolistas na Literatura de Cordel

O atacante americano Élcio (penúltimo agachado) entra na história do cordelista

Linguagem dos poetas populares ganha espaço e entra na modernidade da internet

JOSÉ VANILSON JULIÃO


Explica a professora Márcia Fernandes: - A Literatura de Cordel é uma manifestação da cultura popular com origem nordestina. É composta por poemas ricos em rimas e na perfeição métrica dos versos. Originalmente eram vendidos em feiras pendurados em cordéis ou barbantes.

Este original tipo de linguagem oral e impressa é tema de artigos na academia, na imprensa e especialmente na rede, inclusive com um excelente estudo sobre o assunto “O futebol na Literatura de Cordel” (Ludopédio, 14/6/2021). Quando são destacados os seguintes trabalhos:

Futebol no inferno (1974), de José Soares; Futebol dos peixes – grande sensação (1978), de Flávio Fernandes Moreira; Brasil rumo ao Hexa – África do Sul 2010 (2010), de José Berto da Silva Filho; Racismo no futebol (2005), de Abdias Campos.

Saindo do geral o que interessa para a pesquisa é o trabalho escrito especificamente abordando as alcunhas e encontrado no “Recanto das Letras”. Observo que o poema não é trabalhado em quadras ou sextilhas, mas com estrofes de cinco versos (abaixo).


O interessante é que o autor faz um passeio com os apelidos dos jogadores que atuaram praticamente desde a década de 30/80 até a atualidade. Pode-se notar, na pesquisa do cordelista, personagens bastante conhecidos na história do futebol brasileiro:

O Garrincha, Nilton “Enciclopédia” Santos, o goleiro Manga (Botafogo), o zagueiro Luís “Chevrolet” Pereira (Palmeiras), o zagueiro Coronel (Vasco da Gama) e até os conhecidos dos potiguares Hélcio “Jacaré” Batista Xavier (América/RN), Valdir Papel e “Caça-rato”.

 

“Jogadores com apelidos estranhos”

 

Henrique César Pinheiro

Fortaleza, outubro/2024

 

Brasil teve muitos craques

Todo time com seus cobras

Que nas tardes de domingo

Nos campos mostravam sua obra

Eram tantos jogadores

 

Craque aqui tinha de sobra

Quando muitos jogadores

Tinham uns nomes bem comuns

Não precisava sobrenomes

Garricha só tinha um

 

Tiago, Diego, Gabriel

Não se conhecia nenhum

Havia muitos jogadores

Que tinham nome de fruta

Ou qualquer outra comida

 

Sempre enfrentando a luta

Tinha até César Maluco

Mas pode dizer biruta

Tinha Manga e Tangerina

Pitanga, Rossi Coquinho

 

Banana, Márcio Mixirica

Onça, Jaburu e Ratinho

Roberto Cavalo e Abelha

Militar era Cabinho

Mosca, Élcio Jacaré

 

Coelho, Tenente, Leão

Até nome de automóveis

Luís Chevrolet, Beto Fuscão

Ferrari, Júnior Brasília

Ademir Sopa, Pirão

 

Aranha, Feijão, Arroz

Pimentinha e Animal

Capitão, Major e Rato

Figo, Fubá, Bacabal

Mexicano, Português

 

Alemão e Bacurau

Paraguaio e Japonês,

Pardalzinho, Coronel,

Ruben Vinagre, Maisena,

Japonês, Valdir Papel

 

Guabiru e Caça-Rato

E o grande São Taffarel

Ganso, Urso, Piton, Mamute

Aranha, Pantera, Gatito,

Galaxe, Puma, Maclaren

 

Nílton Batata e Mosquito

Fábio, Coentrão, Aranha

Minhoca, e o grande Zito

Furacão, Cruel, Pirata,

Reizinho e Ceifador,

 

Fabuloso e Pé de Anjo,

Peixe Frito, Gladiador,

Caju, Lelé, Capacete,

Mentira e Brocador

Tombo e Enciclopédia,

 

Satanás e Cambalhota

Galinho, Bruxo, Gerente,

Ibracadabra e Meiota

Papai Joel, Mané, Viola,

Zé Bosta, Sem Dó, Ventola

 

Birungueta, Buceteiro

Calango, Buiú, Arrupiado

Buliçoso, Bacurau

Caboquim, Amarrado,

Filé de Jia, Cabacinha

 

Fedorento, Derramado

Esmagado, Cu de Rã

Cuspida, Enfraquecido

Agoniado, Beiçola

Saracura, Sabido,

 

Surucucu, Jararaca,

Cachacinha, Enxerido

Cabecinha, Caboré

Canivete, Horroroso

Invocado, Imoral

Já Morreu e Tenebroso

 

Garrancho, Garapa, Goiaba

Valmir da Gata, Folgoso

Hoje nosso futebol

Só tem nome parecido

Diego, Gabriel e Rafael

 

E um bando de Rodrigo

São tantos Tiagos no jogo

Que são logo esquecidos

 

FONTES/IMAGENS

Acervo José Ribamar Cavalcante

Blog No Ataque

Brasil Escola

Câmara Brasileira de Jovens Escritores

Cordel Paraíba

Globo Esporte

Museu do Futebol

História do Esporte

Ludopédio

Portal Lagartense

Projeto Cordel

Recanto das Letras

Toda Matéria

Voz do Cordel

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Os apelidos dos jogadores na Música Popular Brasileira

São Paulo (1945): Polim, Virgílio, Rui, José Carlos Bauer, Noronha, Gijo, Barrios, Sastre, Leônidas da Silva, Remo Januzzi e Teixeirinha

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Alvarenga e Ranchinho

Como não sou especialista em MPB não vou me esticar muito no assunto. Por isso trato superficialmente de apenas de dois exemplos.

Um encontrado muito antes, mas esperando o momento propício, situação ou contexto adequado. Outro é muito mais conhecido atualmente e foi só puxar pela memória.

O primeiro refere-se aos autores ou compositores da canção "Apelidos dos jogadores", interpretada por uma dupla caipira ou sertaneja.

Os letristas são o paulista Diego Muleiro (Agudos, 1918 – São Paulo, 1967), o “Palmeira”, e Raul Montes Torres (Botucatu, 1906 – São Paulo, 1970).

Intérpretes Murilo Alvarenga (Itaúna, 1912 – 1978) e Diésis dos Anjos Gaia (Jacareí, 1912 – 1991), o “Ranchinho”.

O segundo é a composição do cantor e compositor carioca Jorge “Ben” Duílio Lima Meneses (22/3/1939), 85.

Raul M. Torres: parceiro de "Palmeira"

Na qual homenageia o atacante flamenguista João Batista de Sales (Conselho Pena/MG, 19/1/1945), o “Fio”, inicialmente, incorporado o “Maravilha” com o sucesso da canção.

Irmão de outro futebolista, José Germano de Sales (Conselheiro Pena, 1942 – 1997), conhecido pelo casamento com uma condessa italiana.

Para o conhecimento do leitor são transcritas as duas letras sequencialmente: a primeira e a segunda. Na primeira são citados alguns jogadores conhecidos nos anos 40:

Remo Januzzi, o “Diamante” (Leônidas da Silva), ambos do São Paulo, os palmeirenses Valdemar Carabina e o carioca João Batista Siqueira de Lima (“Carreiro”) e o argentino Carlos Volante.

 

Letrista "Palmeira"

“Apelidos dos jogadores”

Neste futebór moderno
Uma coisa não combina
É o nome dos jogador
Que muito me desatina
Pois correndo atrás da bola
Eu vi Bala e Carabina

Já tem jogador Sapólio
Que largô de lavá prato
Vestiu farda e foi pro campo
Disputar o campeonato
Eu vi Cavaco e Marmita
E um Cabo verde mulato

Vi um Peixe de carção
Um Machado na bequeira
Um Pardal jogar na extrema
Passarinho de chuteira
Eu vi Rato e Sabiá
Jogando de caneleira

Na classe de jogador
Tem legume com fartura
Tem Caju, Lima e Pepino
Espinafre que é verdura
Tem um que se chama Vela
Esse joga nas escura

"Fio Maravilha" no CEUB/DF

Tem center-arfo volante
Volante sem direção
Um Carreiro sem boiada
Veja só que confusão
Um Doutor pegando a bola
Sem fazer operação

Um Jesus que não é santo
Joga muito quando qué
Tem um tár de Diamante
Que é preto que nem café
Tem o Lola que eu não sei
Se ele é home ou muié

Tem um Remo sem canoa
Jogador muito feliz
Um Pipi fazendo força
E o povo pedindo bis
Um Charuto sem fumaça
Tijolo feito juiz

 

“Fio Maravilha”

E novamente ele chegou com inspiração
Com muito amor, com emoção, com explosão em gol
Sacudindo a torcida aos 33 minutos do segundo tempo
Depois de fazer uma jogada celestial em gol

João Sales, o "Fio"

Tabelou, driblou dois zagueiros
Deu um toque, driblou o goleiro
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade em gol

Foi um gol de classe, onde ele mostrou sua malícia e sua raça

Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a galera, agradecida, se encantava
Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa
Que a galera, agradecida, se encantava

Filho Maravilha, nós gostamos de você
Ih-ih-ih-ih-ih-ih-ih
Filho Maravilha, faz mais um pra gente ver
Ih-ih-ih-ih-ih-ih-ih

Jorge Ben, o compositor, letrista, músico e cantor carioca autor da canção "Fio Maravilha"


FONTES/IMAGENS

Cifras

Discografia Brasileira

Discos do Brasil

Letras

MPB Publicações

O Gol

Recanto Caipira

Recanto das Letras

Súmulas Tchê

União Brasileira de Compositores

Terceiro Tempo

Tricolor na WEB

Vagalume