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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

O filho do aeronauta metido com o futebol (II)

Mário Severo Albuquerque Maranhão cursou Direito na capital pernambucana

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Presidente Campos Sales

Provavelmente a aventura futebolista de Mário Severo como temporário cartola e soprador de apito tenha se restringindo às férias escolar de fim e começo de ano.

As poucas disponíveis fichas técnicas completas ou incompletas dos jogos, depois de janeiro/fevereiro de 1917 até 1919, não mais conta com ele dentro de campo ou nos bastidores da organização do esporte.

Neste último ano ocorre a conclusão do curso de formação Universitária na Faculdade de Direito do Recife, ponto de convergência da maioria dos bacharéis potiguares desde a Independência.

Quando o pai, o aeronauta macaibense Augusto Severo de Albuquerque Maranhão morre na queda do balão “Pax” em Paris (12 de maio de 1902), Mário Severo, já era órfão pelo lado materno, uma professorinha pernambucana dos primos.

A mãe Maria Amélia Teixeira de Araújo (nome de solteira) falece cinco dias em decorrência de complicações no parto do menino. Trágica situação comprovada pelo excelente artigo do empresário Augusto Maranhão na “Tribuna do Norte” (12/5/2007)

Presidente Artur Bernardes

Os filhos – quatro meninos e a menina – não ficam desamparados. O presidente da República, Manoel Ferraz de Campos Salles, sanciona o Decreto 853 (5/8), publicado no Diário Oficial da União (31/12), concedendo pensão de 200$ até a maioridade.

Com o detalhe de que a pensão não teria sido estendida ao filho do desaparecido deputado federal licenciado, da segunda união conjugal com a ítalo-brasileira Natália de Siqueira Cossini (falecida em 1908), Augusto Natal (falecido em 7/10/1945), já que Otávio Natal foi “morto infante”.

O Decreto 16.479 (13/5/1923), assinado pelo presidente Artur da Silva Bernardes, dá conta que o Ministério da Justiça e Negócios Interiores abre crédito de 3:200$, ouro para pagamento do prêmio de viagem a quem tem direito o bacharel Mário Severo de Albuquerque Maranhão (15/10/1896 – 37/3/1975).

O antigo acadêmico Mário Severo casa com a paulista Lúcia Oliveira Paes de Barros (9/9/1893 – 23/10/1992).

Em outubro/dezembro de 1932 é décimo presidente do Instituto dos Advogados do Estado de São Paulo. Como sucessor de Plínio Barreto e antecessor de Henrique Smith Bayma.

Em 23/2/1937 está entres os juízes nomeados para o Tribunal de Justiça Militar, ao lado de Romão Gomes e comandante geral da Força Pública paulista, o coronel Arlindo de Oliveira.

Escreve o artigo “Os Albuquerque Maranhão” (Revista de História da Universidade de São Paulo, volume 39, número 79, 1969).

FONTES/IMAGENS

Tribuna do Norte

Folha de Macaíba

Blog Coisas que vou pensando (Carlos Duarte)

Câmara dos Deputados

Genealogy On Line

Ministério Público do Estado do Paraná

Potiguarte

Recife de antigamente

Revista do Instituto Histórico e Geográfico/RN (1954)

Senado Federal

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