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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Riachuelo contrata atacante revelação do "Melo Matos" (V)

Hélio Cardoso Cruz, o terceiro, no Barcelona de Quayaquil (Equador) na temporada 1965

Colega de farda de Zé Maria marca contra o Botafogo e vira personagem de crônica esportiva

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Entre os companheiros do potiguar Zé Maria (contratado pelo Riachuelo) na seleção dos Fuzileiros Navais, vencedor do campeonato da Marinha (1960), o baiano Hélio Cardoso Cruz, é um caso à parte.

Sendo o mais conhecido, o meia-direita Hélio Cruz já em 1957 participa do campeonato carioca pelo São Cristóvão.

E numa vitória de virada (2 x 1) sobre o Botafogo (com quatro campeões do mundo) faz dois gols e se transforma no personagem da semana na crônica do renomado jornalista Mário Rodrigues Filho.

O colunista da revista “Manchete Esportiva” (edição 141) diz que o vira jogar algumas vezes, mas acha incrível um jogador ser chamado pelo nome próprio quase por completo, numa época em que imperavam os apelidos. E são gastos cinco longos parágrafos sobre o interessante “causo”.

O espetacular desempenho do atacante “alvo” não é esquecido e a revista de Adolfo Bloch volta ao tema (número 142) nestes termos na reportagem de página dupla: “TOSTÃO TEM SEU DIA DE MILHÃO – A bola é redonda e são onze de cada lado, por isso, ganham ricos e pobres”.

E faz um comparativo com os salários dos jogadores do “Glorioso” e do São Cristóvão. Só para citar dois exemplos: Garrincha ganha em um mês o que Hélio Cruz recebe em sete meses. Ou que ganha 6 mil cruzeiros, enquanto Valdir Pereira, o “Didi”, recebe Cr$ 70 mil.

Na temporada de 1959 o fuzileiro naval é assunto de reportagem para a “Revista do Esporte”. Quando diz que por um bom contrato larga a farda. Outra curiosidade: enfrentou o Pelé quando o Rei do Futebol era o recruta mais famoso do Exército.

Em 1961/62 está no América carioca. Na temporada de 1963 segue para o Barcelona de Guayaquil (Equador), como indicação do treinador brasileiro Gradim (Francisco de Souza Ferreira), e Alianza (Peru). De volta ao Brasil veste a camisa do Campo Grande (Rio de Janeiro) e Paysandu (1968).

FONTES

Manchete Esportiva

Revista do Esporte

O Gol

Súmulas Tchê

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