José Vanilson Julião
Em pé: José Marcos Barbosa (técnico), Feitiço, Nilson Ribeiro Guedes (auxiliar técnico), Aécio, Carlinhos, não identificado, André Brancacci, Robson Rosa e Miguel Masi (diretor); agachados: Serginho, Adílson, Nelson, Gugu, Pinga-Fogo, Sorage e Pipa
Nem os exemplos do já ganhou do Brasil (1950) e do favoritismo exagerado da Hungria (1954) na Copa do Mundo foram levados em conta.
Tampouco a máxima “o jogo só termina quando acaba”, atribuída ao presidente corinthiano Vicente Matheus, havia aparecido.
A Sociedade Esportiva Palmeiras havia sido vice-campeão da primeira edição (1968), em Lages/SC, com o Carioca do Rio de Janeiro campeão alegando irregularidade na inscrição do pivô Aécio.
A SEP chega a Taça Brasil (1970) e confima o favoritismo com o título. A competição é realizada entre 11 e 18 fevereiro no Palácio dos Esportes (inaugurado em 1963 pelo prefeito Djalma Maranhão).
São dez clubes no turno classificatório em três chaves (A, B e C). E turno final (quando entra o América de Natal). Os resultados dos respectivos grupos:
Itapagipe/BA 6 x 4 Náutico/PE, Náutico 3 x Drible/MA e Itapagipe 5 x 2 Drible; Cacique/PR 4 x 2 Cabo Branco/PB, Associação Atlética/SE 4 x 1 Cabo Branco e Associação 1 x 1 Cacique; Palmeiras 8 x 1 Banespa/PI, Universidade/DF 2 x 1 Banespa e Palmeiras 4 x 2 Universidade.
Turno final: Associação 4 x 2 Universidade, Palmeiras 4 x 2 Náutico, América 3 x 1 Itapagipe, Palmeiras 2 x 2 Itapagipe, América 3 x 0 Universidade, Náutico 5 x 2 Associação, Universidade 4 x 2 Itapagipe, Palmeiras 3 x 2 Associação, América 3 x 3 Náutico, Náutico 8 x 2 Itapagipe, Palmeiras 3 x 1 Universidade, América 5 x 3 Associação, Itapagipe 2 x 1 Associação, Náutico 2 x 0 Universidade e América 1 x 4 Palmeiras.
A confusão começa após o encerramento. O presidente da Confederação Brasileira de Desportos, João Havelange, declara o América vice-campeão. Mas o representante pernambucano alega melhor saldo no "gol average" (previsto no regulamento).
Em todo o caso até hoje o RN se diz o segundo colocado na competição. E o hilário: não se sabe se foi antes ou durante a competição que os organizadores mandaram fazer faixa de campeão com o escudo americano bordado.
E foi com ela que os palmeirenses festejaram o "caneco", como atesta e prova a fotografia que ilustra esta reportagem, surgida casualmente na pesquisa para compor a série do antigo goleiro Diógenes Ferreira Prado.
Serginho, o melhor ala do torneio |
O Palmeiras contou com o artilheiro, Edilson (11), e o craque eleito, o ala Serginho (irmão daquele).
Sobre a gafe na cerimônia de premiação disse Serginho nos 50 anos do título: “A pressão era grande. Imaginavam que o título ficaria em Natal, mas tínhamos um timaço. Não nos intimidamos com o ginásio lotado.”
FONTES
Diário de Natal
Diário de Pernambuco
Arquivos de Futebol do Brasil
Palmeiras.com
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