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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

José Maria de Aquino guarda "placa" do América/RN (VII)

José Maria de Aquino, o terceiro em pé (camisa escura), na cobertura das Olímpiadas de 1980

JOSÉ VANILSON JULIÃO

“A FESTA DO AMÉRICA”

“A Taça Almir é o segundo título que o futebol do Rio Grande do Norte do Norte ganha em toda a vida”

Foram o título e subtítulo da reportagem de duas páginas ilustrada com quatro imagens da conquista do torneio paralelo entre clubes das regiões Norte/Nordeste.

Tirando os rapapés do texto assinado pelo correspondente Rosaldo Moreira de Aguiar, da revista semanal PLACAR (193 – 23 de novembro de 1973), há destacar uma legenda geral das fotos de Aderson França:

- O governador Cortez Pereira, torcedor do ABC, fez questão de ir ao campo, e foi mais longe: em vez de dar a taça a Scala, foi ele mesmo montrá-la ao público. Só então o capitão do América pôde repetir o já consagrado gesto das grandes conquistas. Era dia de festa.

Logo abaixo a relação sequencial dos jogos embutidos na primeira participação americana no campeonato nacional: 0 x 0 Rio Negro, 2 x 0 Ceará, 2 x 0 Sergipe, 2 x 2 Santa Cruz, 2 x 0 Náutico, 2 x 1 Remo e 1 x 1 Vitória (a maioria no Estádio Castelo Branco).

A lembrança mais uma vez da façanha alvirrubra é causa suscitada pela declaração ao repórter, do veterano jornalista e enviado especial da PLACAR, José Maria de Aquino, de que guarda a placa da homenagem recebida pela diretoria do clube natalense.

“SAUDOSISMO” – Foi o que também revelou o corrrespondente, recordando o feito potiguar no Campeonato Brasileiro de Seleções (1934), quando eliminou os selecionados cearense e pernambucano para ir a semifinal da competição nacional contra a Bahia.

Na ocasião a imprensa de Salvador  apelida a Seleção do Rio Grande do Norte (apesar da derrota): “Fantasmas do Nordeste”. Pois o elenco foi considerado campeão regional, pois na época o Estado da Bahia, na divisão geográfica e territorial da nação, pertencia ao Sudeste.

Rosaldo Aguiar até relaciona alguns jogadores daquela conquista: João Acioli da Silva (Cabo João), americano; o atacante cearense Francisco Rodrigues dos Santos, o “Xixico”, ABC; e Antônio Acácio do Nascimento, pai do futuro zagueiro e treinador Hélio Lopes.

Erroneamente cita como do elenco norte-rio-grandense o atacante Demóstenes César da Silva, que depois do América e ABC, segue para o Botafogo do Rio de Janeiro e ao futebol colombiano. Não poderia: só começou a aparecer em 1936/37.

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