O diretor do filme "Todos somos irmãos", José Carlos Burle, "descobre" Agnaldo Rayol
DOIS CAMPEONATOS EM UM ANO E A FILMAGEM DE “TODOS SOMOS
IRMÃOS” COM RAYOL
JOSÉ VANILSON JULIÃO
O filme tem roteiro de Alinor Azevedo
Enquanto no primeiro semestre de 1949 o futuro parceiro no
“Trio Puracy” Geraldo José Silva Júnior (“Pageú!) pisa o ralo piso do
tradicional estadinho “Juvenal Lamartine – uma mistura de pouca grama e muita
areia – o garoto Agnaldo Coniglio Rayol é notícia na famosa publicação mensal
“Revista do Rádio”, do editor carioca Anselmo Domingos.
O campeonato potiguar havia sido iniciado com o rompimento
de dois grupos de clubes. O América, Riachuelo, Atlético e Alecrim participam
da competição oficial (que acaba anulado e reiniciado no segundo semestre com
todos os filiados com a nomeação do interventor Nestor dos Santos Lima na
Federação).
O ABC, Santa Cruz, Potiguar (Parnamirim) e Juventus estão
envolvidos em um torneio tapa-buraco paralelo. É nesta competição caça-níquel
para preencher as datas dos dissidentes que “Pageú” entra em campo pelo
alvinegro numa rodada dupla (19 de junho). Nesta mesma data o América goleia o
Alecrim (7 x 0) oficialmente.
Na edição de maio (saía para as bancas na primeira semana
do mês) a “Revista do Rádio”, surgida no ano anterior, publica no número 14 entrevista
concedida nos estúdios da companhia cinematográfica “Atlântida” com o diretor
da empresa e o diretor de cinema José Carlos Burle, que anuncia a filmagem de
“Todos somos irmãos”.
Burle anuncia a descoberta do ator mirim e na edição
seguinte a revista especializada publica uma foto do menino prodígio. Nesta
altura do campeonato o cineasta tinha no currículo as produções “Moleque Tião”
e “Falta Alguém no Manicômio”. Mais dois números sobre o andamento e
finalização do filme com argumento de Alinor Azevedo (Rio de Janeiro, 1914 –
1974).
FONTES/IMAGENS
A Ordem
Diário de Natal
Revista do Rádio
Elenco Brasileiro
O Explorador
Revista de Cinema
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