Pesquisadora e escritora Maria Leide Câmara fez "Dicionário" que podem tirar as dúvidas do repórter |
Pelo exposto na série e mesmo diante das informações controversas, principalmente datas, colhidas pela pesquisa, a conclusão é de que o recém falecido cantor Agnaldo Coniglio Rayol foi realmente parceiro do antigo atacante potiguar Geraldo José da Silva Júnior (“”Pageú”), ao lado do também norte-rio-grandense Percy Aires de Amorim e Silva, no “Trio Puracy”, nome indígena que significa “barulho”, uma concessão do escritor natalense Luís da Câmara Cascudo, assim como fez com o mais famoso destes tipo de grupo musical, o “Irakitan”.
O
redator ouviu um fonograma ou áudio da canção popular “Vou de reboque”, letra
do compositor do RN Dozinho, gravada pelo selo pernambucano “Mocambo” (fábrica
Rozenblit), em 1955 ou 1956, mas não conseguiu identificar a voz do famoso
artista nascido no Rio de Janeiro (ou Niterói).
Porém
ele pode até mesmo não ter participação, pois no segundo semestre de 1956 se
encontra gravando comerciais e participando de programas na TV Tupi, aquela
fundada em 1950 pelo jornalista paraibano Assis Chateaubriand.
Por
esta época (1955) “Pageú”, nas horas vagas da atividade artística, encontra tempo
até para ser escalado em um jogo suburbano no bairro do Alecrim, por um dos
dois representantes de times amadores com nomes de clubes cariocas, o suburbano
Bonsucesso e um dos grandes da Zona Sul, Botafogo.
As
dúvidas surgidas poderiam ser esclarecidas pela minha leitura dos 600 verbetes
do excelente e fantástico livro lançado em 2001 pela escritora natural do Patu,
Maria Leide Câmara de Oliveira, o “Dicionário da Música do Rio Grande do Norte”.
Mas é impossível reter as informações exatas de tão grandiosa obra, devolvida a
quem me emprestou.
O
“Dicionário” é fruto de trabalho iniciado em 1996 e que resultou na mais
completa catalogação da música potiguar. Foram catalogados cerca de 160 CDs e
500 LPs, além de compactos e outros objetos, como fotos, revistas e partituras.
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