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quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

As duas faces de um estadinho do interior

Primeiro o "Othon Osório" ganhou o contorno dos muros e o primeiro lance de arquibancada

Jos
é Vanilson Julião*


Não pude ir à inauguração do gramado sintético do tradicional Estádio Othon Osório, em Cerro-Cora (Região do Seridó), a 190 quilômetros de Natal.

Mas posso dizer que a população, aqueles que gostam de esporte, em especial, o futebol, preencheu quase que totalmente a arquibancada central.

Além do "verde" do piso do quadrilátero, as atrações ficaram por conta dos jogos de abertura do remodelado estádio dos anos 60/70.

Em campo duas equipes de veteranos e antigos amigos da infância e adolescência, os quais não tive condição de vislumbrar em vídeo que vi na rede (serviço do comunicador e radialista Maninho).

E no jogo principal uma representação local contra um time "abecedista" com enxertos de atletas aposentados.

Mas, notei as presenças em outro setor da assistência, logo após a entrada do estádio, por trás do gol que dá pra a frente da Maternidade Clotilde Santina, as presenças do empresário Francisco Menezes Bezerra (Chico de dona Ritinha: professora aposentada), desde os anos 70 residente em Jucurutu, e do jornalista José Valdir Julião, de férias na cidade natal.

Dito isso, não tem como não lembrar das antigas. Pois joguei pelada no barro duro do "Othon Osório" com os coleguinhas, pela manhã ou tarde, quando os jogadores do Grêmio Presidente Kennedy, o famoso GPK (fundado em 1967), abriam uma brecha nos treinamentos entre os jogos amistosos ou "Matutão" do "Diário de Natal" (1972) contra o Potiguar e Benfica (ambos de Currais Novos),  Vasco (Acari), Potengi (São Tomé), Fluminense (Bodó) e Palmeiras (Lagoa Nova).

Neste campo, ladeado por uma barreira de um lado (onde hoje é a arquibancada), e cerca de avelós  (dedinho) e plantas de agave (sisal)  por trás do outro gol, o difícil era se livrar dos espinhos para buscar a bola fora de jogo.

Até de bandeirinha servi, com a camisa do Botafogo encobrindo o peito magro e as costelas, convocado pelo meu pai, José Julião Neto, o coringa como distribuidor de camisas, insuspeito árbitro e dirigente maior do GPK.

A configuração do gramado sintético em arte da Prefeitura divulgada pelo blog "Terra da Xelita"


*Transcrito do blog "Cerro Corá News" (quinta-feira, 19/12/2024)

 

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