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quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

O avião que empresta nome ao goleiro "Pompéia"

Um lance de "sorte" do repórter fotográfico registra um pulo do goleiro americano "Pompéia"

JOSÉ VANILSON JULIÃO

Pelas defesas arrojadas e acrobáticas – que começam a chamar a atenção a partir da contratação pelo América carioca – o mineiro José Valentim da Silva, o "Pompéia", logo ganha referências com frases de efeito e adjetivação.

A imprensa abusava. Era o costumeiro "ponte-aérea" num momento (lembrando a rota da aviação doméstica Rio de Janeiro-São Paulo); "goleiro voador" em outro; ou o mais usado até a exaustão: o arqueiro "Super Constellation".

O "Constellation" em evidência pela modernidade tecnológica da Aeronáutica existia há mais de dez anos, desde 1943 (para transporte de tropa na II Guerra), quando o jovem de Itajubá começa a ser notada pelas defesas no gol americano, entre um poste e outro, debaixo da trave de sete metros e 16 centímetros.

O terreno gramado, o latifúndio da grande e o minifúndio da pequena área, não era problema de vastidão para o ágil goleiro alvirrubro, fruto da ligeireza e saltos aprendidos no circo.

A aeronave de 35 metros e quatro motores (alcançava 600 quilômetros por hora), fabricado pela empresa norte-americana Lockheed, teve 856 aparelhos saídos da unidade fabril de Burbank entre 1943 e 1958.

Um deles fez a primeira viagem intercontinental do Rio de Janeiro-Nova Iorque em 1946 com operação da Panair do Brasil (subsidiária da Pan American). Entrou em operação pela Viação Aérea Rio-grandense em junho de 1955.

A aeronave inspira o locutor goiano radicado no Rio, Waldir Amaral, a dar o apelido "Constellation"


FONTES

Aviação Comercial

Cultura Aeronáutica

Varig

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