Um lance de "sorte" do repórter fotográfico registra um pulo do goleiro americano "Pompéia"
JOSÉ VANILSON JULIÃO
Pelas defesas arrojadas e acrobáticas – que começam a chamar a
atenção a partir da contratação pelo América carioca – o mineiro José Valentim
da Silva, o "Pompéia", logo ganha referências com frases de efeito e
adjetivação.
A imprensa abusava. Era o costumeiro "ponte-aérea" num
momento (lembrando a rota da aviação doméstica Rio de Janeiro-São Paulo);
"goleiro voador" em outro; ou o mais usado até a exaustão: o arqueiro
"Super Constellation".
O "Constellation" em evidência pela modernidade
tecnológica da Aeronáutica existia há mais de dez anos, desde 1943 (para transporte
de tropa na II Guerra), quando o jovem de Itajubá começa a ser notada pelas
defesas no gol americano, entre um poste e outro, debaixo da trave de sete
metros e 16 centímetros.
O terreno gramado, o latifúndio da grande e o minifúndio da pequena
área, não era problema de vastidão para o ágil goleiro alvirrubro, fruto da ligeireza
e saltos aprendidos no circo.
A aeronave de 35 metros e quatro motores (alcançava 600
quilômetros por hora), fabricado pela empresa norte-americana Lockheed, teve
856 aparelhos saídos da unidade fabril de Burbank entre 1943 e 1958.
Um deles fez a primeira viagem intercontinental do Rio de Janeiro-Nova Iorque em 1946 com operação da Panair do Brasil (subsidiária da Pan American). Entrou em operação pela Viação Aérea Rio-grandense em junho de 1955.
A aeronave inspira o locutor goiano radicado no Rio, Waldir Amaral, a dar o apelido "Constellation" |
FONTES
Aviação Comercial
Cultura Aeronáutica
Varig
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