Marinho também brilhou na seleção nacional
JOSÉ VANILSON JULIÃO*
O ídolo
botafoguense, o potiguar Francisco das Chagas Marinho (Natal, 08/02/1952 – João
Pessoa, 01/06/2014). ainda hoje suscita informações exclusivas, inéditas e
ainda não exploradas, até agora.
O Real Madrid natalense como primeiro time amador, as temporadas no Riachuelo, e os dois únicos jogos pelo licenciado tricolor Ferroviário/RN, são revelações inéditas escondidas nas páginas dos jornais da época.
Nesta reportagem exclusiva apresenta-se na sequência a relação
de todos os jogos e gols pelo RAC, Ferroviário, ABC e Náutico, antes de brilhar
n’O GLORIOSO.
O Real Madrid
do Baldo (fronteira Alecrim – Cidade Alta) tomou o nome emprestado do famoso
clube da capital espanhola, conhecido como time 'Merengue' pela cor branca do
uniforme, quando equipe madrilena colecionou um pentacampeonato europeu
(1955/1960) e mais um (1965). Além do título intercontinental (1960) e oito
nacionais (1953/1960).
Durante a
presidência do ex-jogador Santiago Bernabéu Yest (1943/78) o Real tinha um
elenco de estrelas: Francisco Gento (espanhol), Alfredo Di Stéfano (argentino),
José Santamaria (uruguaio), Ferenk Púskas (húngaro) e Valdir Pereira (“Didi”)
do Madureira, Fluminense, Botafogo e São Paulo).
O Real de Natal
começou a excursionar por Monte Alegre (1961), com o selecionado local
devolvendo a visita, Macaíba (1962) e Goianinha (1963). Marinho apareceu pela
primeira vez na imprensa pelo "Diário de Natal" (terça-feira,
12/01/1965). Dois dias antes “Real Madrid” 2x1 Seleção/Currais Novos, com gols
de Lula (dois) e Fernando.
O time da
capital alinhou com Edson, Marinho (Golinha), Galego, Metelinho (o Maeterlinck
Rego do Santa Cruz/RN e médico do América), Miguel, Capiba, Lula, Carlinhos
(Bebeco), Marques, Bazinho e Babá. Arbitragem de Francisco das Chagas de Souza,
que, inclusive, fora um dos treinadores interinos do América na tumultuada
temporada de 1950.
Alguns jogaram
por clubes pequenos e grandes no campeonato potiguar nos anos 60, os casos de
Galego (Valdemiro Barros), Capiba (Tarciso Correia de Azevedo) e Luiz Marques.
O primeiro aventurou-se pelo interior paulista, o segundo no interior
pernambucano, e o terceiro, cria do América, Campinense e ABC, abandonou a
carreira ao cometer assassinato.
Pouco mais de
um ano após a excursão ao interior do Rio Grande do Norte. o garoto louro da
Rua Benjamin Constant – imediações da Igreja São Pedro (Alecrim) – já havia
participado de pelo menos 19 treinamentos pelo Riachuelo até a última semana de
abril.
A partir de
1959 o irmão Clodoaldo Tomaz Marinho havia vestido a camisa azul do RAC. Assim como o irmão José Eduardo Marinho, 'Dedeca', pelo tricolor
Santa Cruz (1958/1959), Alecrim (1960) e Riachuelo (1961). E o também filial: João Bomba.
*Publicado
originalmente no “Mundo Botafogo” (9/2/2022), com a benevolência do editor
lusitano Ruy Moura, e no “Fernando Amaral Futebol Clube” (8/2/2022)
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