Consulta

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Marinho Chagas vestiu a camisa tricolor do Ferroviário/RN (I)

Marinho também brilhou na seleção nacional

JOSÉ VANILSON JULIÃO*

O ídolo botafoguense, o potiguar Francisco das Chagas Marinho (Natal, 08/02/1952 – João Pessoa, 01/06/2014). ainda hoje suscita informações exclusivas, inéditas e ainda não exploradas, até agora.

O Real Madrid natalense como primeiro time amador, as temporadas no Riachuelo, e os dois únicos jogos pelo licenciado tricolor Ferroviário/RN, são revelações inéditas escondidas nas páginas dos jornais da época.

Nesta reportagem exclusiva apresenta-se na sequência a relação de todos os jogos e gols pelo RAC, Ferroviário, ABC e Náutico, antes de brilhar n’O GLORIOSO.

O Real Madrid do Baldo (fronteira Alecrim – Cidade Alta) tomou o nome emprestado do famoso clube da capital espanhola, conhecido como time 'Merengue' pela cor branca do uniforme, quando equipe madrilena colecionou um pentacampeonato europeu (1955/1960) e mais um (1965). Além do título intercontinental (1960) e oito nacionais (1953/1960).

Durante a presidência do ex-jogador Santiago Bernabéu Yest (1943/78) o Real tinha um elenco de estrelas: Francisco Gento (espanhol), Alfredo Di Stéfano (argentino), José Santamaria (uruguaio), Ferenk Púskas (húngaro) e Valdir Pereira (“Didi”) do Madureira, Fluminense, Botafogo e São Paulo).

O Real de Natal começou a excursionar por Monte Alegre (1961), com o selecionado local devolvendo a visita, Macaíba (1962) e Goianinha (1963). Marinho apareceu pela primeira vez na imprensa pelo "Diário de Natal" (terça-feira, 12/01/1965). Dois dias antes “Real Madrid” 2x1 Seleção/Currais Novos, com gols de Lula (dois) e Fernando.

O time da capital alinhou com Edson, Marinho (Golinha), Galego, Metelinho (o Maeterlinck Rego do Santa Cruz/RN e médico do América), Miguel, Capiba, Lula, Carlinhos (Bebeco), Marques, Bazinho e Babá. Arbitragem de Francisco das Chagas de Souza, que, inclusive, fora um dos treinadores interinos do América na tumultuada temporada de 1950.

Alguns jogaram por clubes pequenos e grandes no campeonato potiguar nos anos 60, os casos de Galego (Valdemiro Barros), Capiba (Tarciso Correia de Azevedo) e Luiz Marques. O primeiro aventurou-se pelo interior paulista, o segundo no interior pernambucano, e o terceiro, cria do América, Campinense e ABC, abandonou a carreira ao cometer assassinato.

Pouco mais de um ano após a excursão ao interior do Rio Grande do Norte. o garoto louro da Rua Benjamin Constant – imediações da Igreja São Pedro (Alecrim) – já havia participado de pelo menos 19 treinamentos pelo Riachuelo até a última semana de abril.

A partir de 1959 o irmão Clodoaldo Tomaz Marinho havia vestido a camisa azul do RAC. Assim como o irmão José Eduardo Marinho, 'Dedeca', pelo tricolor Santa Cruz (1958/1959), Alecrim (1960) e Riachuelo (1961). E o também filial: João Bomba.

*Publicado originalmente no “Mundo Botafogo” (9/2/2022), com a benevolência do editor lusitano Ruy Moura, e no “Fernando Amaral Futebol Clube” (8/2/2022)

Nenhum comentário:

Postar um comentário