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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Um judeu fundou o primeiro Globo potiguar? (II)

Segundo escudo e uniforme  estilizados e modernos

José Vanilson Julião

A indústria de móveis “Globo” já anunciava no rádio. Como na apresentação na sede do América do programa “Domingo Alegre” (Rádio Poti), apresentação do “cacique” Genar Wanderley, com as presenças de Maves Gama e Mara Silveira. (11/4/1955).

O Globo surge como amador numa iniciativa dos operários da fábrica de móveis homônima e com apoio do industrial Imre Fried. O endereço, não poderia ser outro: é o mesmo da empresa.

A segunda sede aparece como ponto de referência em anúncio da venda de uma casa vizinha, na Rua Manoel Miranda, 1704. (1/9/59).

Com um campo de terra batida à disposição em março do ano seguinte participa pela primeira vez do campeonato promovido pela Liga das Quintas (Zona Oeste).

Fundada quatro anos antes (15/11/56) e na ocasião presidida por Luís Rios Bacurau, aquele mesmo que dá nome ao estádio do distrito de Santo Antônio do Potengi (Barreiros), em São Gonçalo do Amarante (Grande Natal).

O primeiro Globo não caiu de paraquedas no campeonato de 1960. Foi consequência do licenciamento do América. Após a decisão do “super campeonato” em triangular com o ABC e o licenciado eterno, o antigo tricolor Santa Cruz.

O América havia vencido o turno, o Santa Cruz o returno e o ABC o terceiro turno. Provocando uma quarta fase com turno e returno. Referentes a temporada de 1959.

Ao perder a final para o alvinegro alega, segundo a imprensa, problemas com a arbitragem, e passa a se dedicar a construção da nova sede.

E talvez este tenha sido o objeto principal da saída repentina, pois desde meados dos anos 50 era o sonho de um novo prédio no lugar da antigo, inaugurado em 1948 com o amistoso América 6 x 2 ABC.

O Globo abandona o campeonato de bairro, aproveita o vácuo para se profissionalizar e para isto bastou agrupar algumas sobras de atletas do alvirrubro mais famoso.

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