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sábado, 22 de novembro de 2025

A controversa participação do presidente no Alecrim (I)

Reunião social e esportiva do "Sportivo", fruto do desaparecimento temporário do Alecrim Futebol Clube/Imagem: O Poti

A IMPRENSA NÃO CONTOU...?

Arthur Pierre dos Santos Medeiros

(colunista semanal)

 

O caso do quarteto Alecrim, Flamengo, Humaitá e Centro (I)

 

- É comum ouvir que o Alecrim seria o único clube fundado e jogado por um futuro presidente da República.

Segundo essa versão Café Filho teria sido, em 1915, um dos fundadores e que, entre 1918 e 1919, teria atuado como goleiro.

No entanto, essa afirmativa é incorreta. No período o Alecrim não mantinha atividades no futebol.

Além disso não há registros que confirmem que tenha sido fundador e jogador do clube que foi tricolor e depois alviverde.

A origem dessa confusão provavelmente está ligada com a sua relação com o Centro Sportivo Natalense.

Em 1918 havia a necessidade de mais um clube para a organização da Liga de Desportos Terrestres e para a programação do primeiro campeonato.

O comandante da Capitania dos Portos, tenente Monteiro Chaves, então sugeriu que se fundasse o Centro Sportivo Natalense.

Participam da reunião com Henrique Castriciano (membro da comissão provisória), José Potyguar Fernandes, J. C. de Brito Guerra, Kerginaldo Cavalcanti, Boanerges Leitão de Almeida, Noel Miranda, João Carvalho Fernandes, o estudante Café Filho e o médico Alfredo Lira (eleito presidente na primeira diretória provisória).

Para isso foi realizada a fusão entre o Alecrim e Flamengo, e posteriormente o Humaytá (existente desde o ano anterior). Logo nos primeiros dias o Centro já contava com cerca de 60 sócios.

A primeira diretoria efetiva: Barôncio de Brito Guerra (presidente), Cícero Fortunato Aranha (vice-presidente), Silvino Dantas (primeiro-secretário), Adauto Câmara (orador), Miguel Medeiros (tesoureiro), João Café Filho (diretor de esportes) e Joaquim Lustosa Filho (vice-diretor de esportes).

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