JOSÉ VANILSON JULIÃO
Foi totalmente
inesperado e diferente das quatro décadas e meia anteriores (1915/50) o
panorama do futebol potiguar, em especial na capital, os cinco primeiros meses
dos anos 1960.
Em
novembro/dezembro de 1959 e em janeiro a seleção do Rio Grande do Norte passa
pelos nordestinos e decide uma semifinal do Campeonato Brasileiro de Seleções
em duas partidas, no Estádio Juvenal Lamartine, contra o selecionado carioca.
Em seguida os
campeões dos três turnos do campeonato estadual, América, Santa
Cruz e ABC (o campeão), decidem em fevereiro, no triangular final ida e volta, a competição apelidada pela imprensa de "super super",
semelhante a decisão de 1958 do campeonato carioca, entre Vasco da Gama,
Flamengo e Botafogo.
Na mesma
virada de ano o América também é campeão de um "super super" na
categoria juvenil (merece artigo a parte) e o ABC é hexacampeão no aspirantes, outra série inédita no currículo do alvinegro, mencionada em
reportagem neste espaço e esquecida pela mídia tradicional.
Além disso tudo dentro das quatro linhas, fora do gramado a grande novidade do ano foi a oficialização do licenciamento de seis anos (1960/66) do América/RN.
Que
resultou no empresário estrangeiro Inre Fried profissionalizar e filiar o time da movelaria Globo, fundado pelos funcionários, para ocupar o
espaço cedido pelo alvirrubro.
E para
comemorar a inauguração de Brasília, a nova capital federal, a Federação
promove um torneio com o nome da cidade do Planalto Central, com o ABC campeão em decisão com o Santa Cruz
Esporte e Cultura, licenciado em 1967 para nunca mais voltar.
É neste clima que o goleiro Severino Alves, o "Biro", começa a primeira
das três temporadas (1960/61) pelo Atlético, tendo
que disputar a titularidade com "Bodinho" (veterano dos anos 50) e o novato Jarian.
Nenhum comentário:
Postar um comentário