O haitiano Garrinsha, na certidão de nascimento, em homenagem ao famoso atacante botafoguense |
José Vanilson Julião
Desde 2021
o haitiano Garrinsha Esthinfile – com "s" mesmo e nome de batismo
numa homenagem do pai ao Garrincha com "c" – tem sido personagem da
imprensa brasileira.
O jovem
(21 anos) do país da América Central – na ilha do mar do Caribe que divide o
território com a República Dominicana – praticamente inicia carreira no Rio de
Janeiro.
Depois de
passar pelo Pérolas Negras e Esporte Clube São Bernardo nos últimos três dias
voltou a ser alvo do noticiário na rede pelo empréstimo ao Sampaio Corrêa
(Saquarema/RJ), para disputar a Segunda Divisão carioca, e que pensei ser o
clube de São Luís.
Com isso
me lembrei que a minha cidade natal, Cerro Cora (Região do Seridó), a 190
quilômetros de Natal), também tem o seu Garrincha.
Garrincha e Toinho revivem infância |
O Garrincha seridoense, amigo de infância e das peladas de rua e no campo de terra batida, nem precisa ser esperto no assunto para entender, ganhou o apelido pelas pernas meio tortas, como o célebre ponta-direita botafoguense Manoel Francisco dos Santos.
O
Garrincha do Rio Grande do Norte hoje reside na cidade de Brejinho, no Agreste
potiguar, e continua batendo bola com a turma de veteranos local.
A última
vez que o encontrei para uma conversa informal foi no encontro dos veteranos de
Cerro Cora, em dezembro do ano passado, quando o mote principal foi o futebol
da garotada.
Na ocasião
Luiz Bezerra da Costa Junior, o filho da professora dona Ritinha, apesar de um
exímio meia, tanto na direita quanto na esquerda, revelou com exclusiva
espontaneidade que deixou de ser fominha e carregar a bola no ginásio agrícola
de Currais Novos em meados dos anos 70.
Foi nas
peladas do estabelecimento de ensino da vizinha cidade que o professor
Herivaldo Gomes Pereira, o "Veto", o ensinou e deu a paternal dica de
que precisava passar a bola para os companheiros, sempre que necessário e
oportuno, para um melhor desempenho técnico dele mesmo e para o desenvolvimento
positivo do jogo.
Herivaldo Gomes Pereira, o Veto, terceiro em pé; o primeiro agachado é Alberto Quirino Costa |
O professor Veto, oriundo do Ceará, inclusive, chegou a treinar o Potyguar de Currais Novos em uma ou duas temporadas (anos 70/80) pelo campeonato estadual.
Dificilmente
se encontra uma imagem de Veto na internet, mas achei uma o ano passado e
guardei.
Chegou a
oportunidade de usá-la para ilustrar este artigo.
Na foto,
do Blog Riacho Doce (Povoado Cruz) ele está entre os alunos. Em pé (o
terceiro). Na ponta direita da fotografia, de 1970, se encontra outro
cerro-coraense, Alberto Quirino Costa, filho do falecido vereador Germínio e de
dona Amália.
O professor de Educacao Fisica "Veto", já falecido,
nascido em 13 de agosto de 1940, para quem não sabe antes de baixar em Currais
Novos, foi jogador de futebol rodado, de posição lateral-direito.
No currículo:
América de Fortaleza (1958/59 e 70), Ferroviário cearense (61/62 e 66/68),
Nacional cearense (63/66), Quixadá (68), Calouros do Ar (69) e River de
Teresina (69).
Finalmente
o Garrincha potiguar é o sétimo, na fila de baixo, no veteranos do Grêmio
Presidente Kennedy, o famoso GPK de Cerro Corá, que era alvinegro e jogou com
uniforme igual ao gaúcho Grêmio.
A foto
registra derrota de 2 x 3 para o master do ABC de Natal. No Estádio Othon
Osório. Sábado, 27 de junho de 2019.
Quase que não cabe no flagrante os 20 atletas do Grêmio, o famoso GPK, com a novidade "tricolor" |
FONTES/FOTOS
Cerro Corá
News
Escrete de
Ouro
Globo
Esporte
O Gol
O Tempo
Riacho
Doce
Súmulas
Tchê
Nenhum comentário:
Postar um comentário