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sexta-feira, 9 de junho de 2023

Uma viagem fantástica! (Sexta Parte)

Distrito de Regomoleiro, no município de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal

José Vanilson Julião

Com a expansão da Vila Lustosa – com mais telegramas retidos em nome de Jaci Fonseca e Felipe Francisco (1948) – não existem somente as amenidades, como a audiência radiofônica da “Página Infantil” do boletim católico, tampouco os pequenos negócios.

Os ‘problemas’ também começam a aparecer. Exemplo disto é uma reclamação divulgada em “A Ordem” (sexta-feira, 19/3). Tão explicita não poderia ser. Uma nota com título e subtítulo em uma coluna encabeçam um textinho de nove linhas: “Queixas do povo – Animais soltos na Vila Lustosa.”

- Pessoas residentes na Vila Lustosa, nesta capital, pedem, por nosso intermédio, providências a quem de direito contra a criação de animais naquela artéria, que ultimamente está infestada de cachorros, os quais ameaçam os transeuntes.

Quase dois meses depois, na edição de outra sexta-feira (7/5), nova notinha com o mesmo título, mas com advertência diferente e em maiúsculas: “COM VISTAS À PREFEITURA”.

- ... As autoridades competentes, as necessárias providências para o desvios das águas que descem das ruas Apodi, José de Alencar e Avenida Deodoro, que ao passarem pelas ruas daquela vila deixam sulcos extraordinários, ameaçando os alicerces das residências daquela artéria. Aqui fica o nosso apelo e a confiança na Prefeitura de Natal.

Ao que parece as reclamações surtem efeito e os problemas relatados foram solucionados. De repente desaparecem das folhas impressas.

Enquanto chega setembro e surge a venda ou troca por uma casa de um pequeno sítio na comunidade Regomoleiro (São Gonçalo do Amarante), com entendimento no número quatro da vila famosa.

O topônimo veio de Rodrigo Moleiro, proprietário de um antigo moinho de cereais por volta de 1706. Em 1910 sugere-se a mudança para Alberto Maranhão, por sugestão da intendência municipal, contudo a mudança não acontece.

No povoado situa-se a capela de Rego Moleiro, uma das edificações mais antigas da cidade, cuja data de construção é desconhecida.

Ou o caso de dona Claudina Azevedo, que, de viagem para o Rio de Janeiro, vende os móveis da casa número três: dois grupos de agave seminovos, uma mesa seminova, sistema moderno, camiseiro, cama de casal. “Tudo por um bom preço.” E objetos outros: louças e relógios. E também a casa, frisa o anúncio (novembro).

E mais uma. Número 47. Com negociação no número 51. Aquele mesmo da criançada premiada no programa de rádio e pelo jornal e do caso do primo da vítima de assaltos. Entra janeiro de 1949 e até os dois primeiros dias da segunda semana de julho o anúncio continua na página do impresso católico.

No mesmo mês aparece a venda de lotes de terrenos na Deodoro com a Vila Lustosa para negociação na Coronel Estevam 1116.


FONTES/FOTO

A Ordem

Prefeitura/São Gonçalo

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