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sábado, 20 de janeiro de 2024

Atacante pernambucano foge do América para o Moto

José Vanilson Julião

Ênio, primeiro da última fila

Rezam os alfarrábios da imprensa que o título de reportagem mais curto e sucinto da história, de um jornal carioca, seria este: "Podre pé do Papa!".

Mas achei um muito mais curtíssimo. "Ênio fugiu!". Da página esportiva do jornal Associado "Diário de Natal" (11 de setembro de 1950).

O personagem de tão inusitada manchete foi o centroavante Ênio Augusto da Silva (Recife, 13/12/1928), oriundo do Sport no final do primeiro semestre como reforço americano.

O alvirrubro começa a temporada vencendo o ABC em torneio amistoso, mas começa irregular o campeonato em busca do tri.

Empata o primeiro jogo (Alecrim), perde o segundo (RAC), vence o terceiro (Atlético) e perde o quarto (Santa Cruz/RN).

O atacante pernambucano estreia em amistoso contra o próprio RAC (para quem perde no turno) e participa de apenas um jogo oficial.

Acumula quatro gols, dois em cada jogo.

A fuga do jogador recifense, que havia embolsado "luvas", provoca o alerta na urgência do profissionalismo no futebol potiguar.

Mas que somente viria a ser implantado em 1954, mesmo assim com "sistema misto", no qual também era aceito o atleta amador.

A imprensa da época relata que ele se manda para o rubro-negro Moto Club de São Luís, a capital maranhense.

Começa no Estudantes do Recife (1947), Sport (1950, 54 e 1957), Flamengo, Ferroviário/CE (1958) e Asas do Recife (participante do Torneio Coronel Alberto Murad em 1959).

Pelo rubro-negro carioca são dois empates, em dois gols, contra o XV de Novembro de Jaú (8 de março), interior paulista, e América carioca (1/3/1953).

 


FONTES

Almanaque do Ferroviário

A Ordem

Diário de Natal

Diário de Pernambuco

Tribuna do Norte

Fla Estatísticas

Súmulas Tchê

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