Surto de saudosismo evoca clubes extintos no Sul/Sudeste

COLUNA DO “BATATINHA”

Ricardo Nelson Lima da Fonseca

Doublé de preparador físico, treinador e comentarista

A partir da chegada de Charles Miller em São Paulo, com uma bola debaixo de braço no já finito século XIX, o esporte no país adentrava ao mundo do "nobre esporte bretão", o chamado "Football" (pé na bola).

É obrigatório citarmos o clube mais antigo em atividade, o "Vovô",

Esporte Clube Rio Grande, da cidade de mesmo, também importante porto marítimo do Rio Grande do Sul. Seguido da Ponte Preta (1900).

Equipes são extintas o tempo todo. Na "Pauliceia Desvairada" o Paulistano, com 11 títulos, veio à óbito em 1929.

Em termos da "Terra do Café", estado mais rico da federação, o expoente São Caetano, baixou a bandeira, sucumbiu.

No futebol gaúcho, surge o Americano (1912), campeão e m1928; neste surge o famoso zagueiro Luiz Luz "Fantasma da Área", primeiro gaudério da Seleção Brasileira (1934); outro grande, o  Renner, campeão de 1954, se destacou o futuro treinador Enio Andrade.

Podemos ainda citar 14 de julho (Passo Fundo), Grêmio Santanense e outros. No estado "Barriga Verde", Santa Catarina, existiu o Perdigão e o mais famoso, Metropol, que fez grande figura na Taça Brasil (1968, ano da polêmica decisão com Botafogo), eliminando o Grêmio.

Na terra das Araucárias (Paraná) o Ferroviário; Minas Gerais: Tupy; Rio de Janeiro o Fonseca (Niterói)!

Ao reportármos aos potiguares, obrigatoriamente temos que citar os irmão "P P Pedroza", que, em 1903, vindos de terras Inglesas,  trouxeram a primeira bola.

Nosso primeiro time foi o Sport Clube Natal (12 outubro 1904). Jogos disputados em Terrenos baldios. As regras do jogo ainda não eram devidamente conhecidas.

No período de 10 anos aparecem o PRC (Partido Republicano Consercador), fundado pelo neto do governador Ferreira Chaves.

Culminando pela vinda do estudante universitário da Suíça, Alberto Roselli, que trouxe as regras do jogo, se tornando árbitro para a prática do novíssimo desporto.

Atualmente podemos citar a bandeira enrolada da Emserv, Cosern (hoje Força e Luz), e mais alguns que respiram no estertor de suas existências...

Ao morrer um time de futebol em qualquer lugar no mundo, morre consigo a paixão de um povo, a história e as reflexões como indivíduos logrados em espaço geográfico...!