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quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Um "Tuta" vestiu a camisa vermelha do América (VIII)

Dois atacantes americanos enfrentam o antigo clube no interior baiano

José Vanilson Julião

Adilson Ribeiro da Silva, o "Santa Cruz", é o centroavante do Itabuna/BA em 1971/72

Itabuna 0 x 0 América acontece 21 dias antes da estreia americana na primeira fase do Campeonato Brasileiro, no Estádio Castelo Branco (inaugurado no ano anterior), também sem abertura de contagem contra o Rio Negro de Manaus (sábado, 25/8).

Com mais um amistoso meia boca no meio contra o Força e Luz, na época também chamado de Cosern, por força do apoio logístico e financeiro da então companhia de economia mista concessionária dos serviços elétricos no Rio Grande do Norte.

O lateral Perivaldo é o terceiro em pé depois da miss Itabuna no elenco alvo e azul de 1973

Além da curiosidade do atacante pernambucano José Walter, o “Tuta”, jogar contra o alvirrubro após sair do elenco em torno de 1 ano e 8 meses atrás, há o inusitado dos atacantes Adilson Ribeiro da Silva, o “Santa Cruz”, e Hélcio Batista Xavier protagonizarem o contrário.

Outro personagem paralelo desta história é o falecido lateral baiano Perivaldo Lúcio Dantas (Itabuna, 1953 – Rio de Janeiro, 2017), o “Peri da Pituba”, que saiu do Itabuna para o Botafogo de Futebol e Regatas e ser convocado para a seleção brasileira.

Santa Cruz e Hélcio, posteriormente, jogaram no Itabuna (vice-campeão baiano em polêmica decisão), respectivamente em 1972 e 1969, antes de fazerem sucesso, respectivamente, no América de Natal e Ceará.

Outra coincidência interessante e singular: começaram a carreira juntos e no mesmo clube: o carioca alvirrubro Bangu. De onde alçaram voo primeiro para o futebol paulista. Interior. O primeiro no Comercial/Ribeirão Preto. O segundo com passagens no Corinthians e Portuguesa de Desportos.

O Santa Cruz havia chegado no começo da temporada por indicação do treinador Maurílio José da Silva, o “Velha”, que ganhou a Taça Cidade de Natal (a terceira edição e a segunda conquista americana na competição), mas foi demitido com o insucesso no Estadual.

Hélcio é contratado para o Nacional e no final é uma das peças chaves na conquista da Taça Almir Albuquerque – paralela a competição da Confederação –, instituída pela revista semanal PLACAR em homenagem ao antigo atacante do Vasco da Gama e Santos assassinado em Copacabana.

Do jogo – excetos os personagens citados – é importante mencionar a participação de Antônio Gomes da Silva, Canxinguelê, que esteve nos jogos finais contra o Tricolor da capital em dezembro de 1970, e que, ao pendurar as chuteiras, passou a usar as mãos como massagista do clube.

Antonio Gomes da Silva, o "Canxiguelê", vice-campeão baiano em 1970, virou massagista do clube


FONTES

Diário de Natal

Placar

Revista do Esporte

Tribuna do Norte

Arquivo do Futebol Brasileiro

BANGU.NET

Blog do Marcão

Charles Henri

Giro em Piau

História do Futebol

Memória do Futebol

O Gol

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